A Mulher da Capa Preta Prólogo
Há algo que os moradores de Maceió aprenderam a temer — um aviso transmitido de geração em geração: nunca caminhe sozinho à meia-noite perto do cemitério no bairro Prado. As ruas podem parecer vazias, e o silêncio, inofensivo, mas há uma presença que se esconde nas sombras. Dizem que é uma mulher, bela e melancólica, envolta em uma capa preta que flutua como um véu de trevas.
A lenda conta que ela aparece apenas para aqueles cujos corações carregam um fardo de tristeza. Eles a encontram ao acaso, nos lugares onde a luz se perde e as sombras parecem ganhar vida. O olhar dela é intenso, hipnotizante, e, ao mesmo tempo, cheio de uma tristeza profunda que prende qualquer um que ousar se aproximar. Ela dança, silenciosa, e quem aceita o convite jamais esquece.
Mas, quando a lua desaparece atrás das nuvens e as badaladas da meia-noite soam, a mulher conduz seus parceiros para o cemitério. No dia seguinte, ela desaparece sem deixar rastros, e o que antes parecia um sonho logo se transforma em um pesadelo inesquecível.
A “Mulher da Capa Preta” é apenas uma lenda... Ou será que é mais do que isso?
Os poucos que ousam contar a história nunca revelam tudo. Mas, para aqueles que a encontram, o mistério é apenas o começo de algo muito mais profundo e aterrador.
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