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Another me

Capítulos 6

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Another me CAPÍTULO 4

Dois dias depois...
 
A noite está fria, com uma lua pálida brilhando por entre nuvens que se movem devagar. No entorno do edifício onde vai ocorrer o leilão, a equipe de Arllow está posicionada, cada membro ocupando seu ponto estratégico. Com comunicadores nos ouvidos, armas nas mãos e olhares atentos, os atiradores aguardam o sinal, mas o alvo ainda não apareceu.
 
Dentro do leilão, o ambiente contrasta com o silêncio e escuridão do lado de fora. O saguão principal é um espetáculo de ostentação. Lustres de cristal pendem do teto abobadado, lançando luz suave sobre tapetes persas, móveis de madeira maciça e estátuas de mármore que adornam o salão. As paredes pintadas com afrescos renascentistas evocam um senso de grandiosidade. A música ao fundo, um jazz suave, confere um ar sofisticado ao ambiente.
 
Os convidados estão à altura do evento: homens de terno impecável, alguns usando abotoaduras de ouro e relógios que valem o preço de uma casa e mulheres envoltas em vestidos de seda e joias cintilantes, movendo-se com elegância pelo local.
 
Garrafas de champagne são servidas, e conversas discretas preenchem o ar com promessas de negócios, alianças e segredos.
 
Entre esses vultos da elite, uma figura se move com fluidez... Genesis. Ela está vestida com o uniforme simples de uma garçonete e é quase invisível no meio de tanto luxo. A roupa preta e o avental impecavelmente alinhado, um par de salto alto preto e uma máscara de tecido negro que cobre sua boca e nariz, exatamente como a dos demais garçons. O disfarce é eficaz: não havia olhares curiosos, ninguém esperava que fosse uma policial de renome servindo drinks e canapés.
 
Genesis mantém uma bandeja equilibrada em uma das mãos, enquanto seus olhos cor de avelã examinam o ambiente por trás de um par de óculos. Ela observa com atenção cada expressão e gesto dos convidados, sabendo que o tempo está contra ela.
 
Ela encostou-se brevemente a uma pilastra, perto de uma escada, tocou o microfone e sussurrou:
— Sem sinal do alvo ainda. Vocês têm algo aí fora?
 
— Nenhum sinal. Mantenha a calma, estamos de olho em todas as entradas. — A resposta veio quase instantaneamente pela voz baixa e calculista de Arllow Blake.
 
Genesis conteve o suspiro. A missão é: capturar viva ou morta, uma das maiores assassinas e ladras dos Estados Unidos... Sua irmã.
 
Enquanto espera a próxima instrução, ela nota uma figura peculiar subindo a escada em espiral. Genesis  teve  um  mau  pressentimento  e,  sem hesitar, seguiu com discrição na mesma direção, mantendo a bandeja como um álibi.
 
Do lado de fora do edifício, dentro de uma van estacionada a alguns quarteirões do edifício de cinco andares onde decorre o leilão, Amin ajusta seu laptop e verifica os múltiplos monitores exibindo o sistema de câmeras de segurança do prédio. O ar frio do ar-condicionado circula suavemente, enquanto o som dos teclados preenche o espaço.
 
Amin conecta-se à rede interna do prédio com alguns cliques precisos, ajustando o áudio de todos os dispositivos de escuta instalados pelos membros da equipe.
 
— Equipe, conseguem me ouvir? Verifiquem a transmissão, por favor. É importante que a nossa comunicação esteja em linha, para evitar erros e surpresas — ela diz.
 
Uma série de confirmações rápidas vem pelo canal: "Positivo", "aqui tudo claro", "tudo certo até agora."
 
Amin sorri satisfeita. Ela desliza o dedo por uma tela, trocando entre as câmeras dos diferentes andares e do saguão. Imagens claras aparecem em alta definição, revelando o movimento calmo dos funcionários no prédio.
 
Ela passa a transmissão das imagens da câmera para a central onde se encontram Arllow Blake, Christian Meyer, Amber Cross e outros policiais.
 
— Por enquanto, está tudo normal. Câmeras estão ativas nos dez andares, embora o leilão vá decorrer no quinto e todo resto está vazio — ela informa.
 
— Perfeito. Mantenham-se atentos. Se algo mudar, quero saber na mesma hora — Arllow afirma com um tom de liderança.
 
Amin se reclina um pouco no banco da van, mas mantém os olhos atentos nas telas.
 
— Entendido, Arllow. Estou de olho.
 
A conexão entre a equipe está sólida. Embora tudo pareça tranquilo, todos sabem que o momento mais perigoso é quando nada acontece, porque o inesperado pode estar à espreita.
 
Christian, que se mantém ao lado de Arllow, diz:
— Até agora está correndo tudo como planejado, mas eu tenho a estranha sensação de que isso é o que Nemesis quer que a gente pense.
 
— Eu deveria ter trazido pipocas se soubesse que iria ficar o tempo todo assistindo — Amber reclama.
 
— Deveria fazer alguma coisa útil ao invés de simplesmente reclamar — Christian rebateu.
 
— O que eu poderia fazer? Meu trabalho é feito com evidências de crimes e enquanto não tiver nenhum crime, eu não tenho nada para fazer, ao contrário de ti que, fora o interrogatório, ainda pode ajudar com a estratégia e monitorização — Christian revirou os olhos e deu as costas, ignorando por completo o comentário de Amber.
 
Do outro lado do edifício, Matteo está encostado contra o carro, mantendo-se fora do campo de visão das câmeras externas. A missão está em andamento e ele tem um papel crucial na cobertura externa da operação.
 
De repente, seu telefone vibra e ele verifica rapidamente a tela. Vendo que é o médico que o examinou recentemente. Relutante, ele atende.
 
— Matteo, aqui é o Dr. Vasquez. Espero não estar incomodando, mas eu já tenho os resultados dos seus exames.
 
— Tudo certo, doutor? Pode falar — ele responde, checando o relógio impacientemente. Embora esteja tudo tranquilo até o momento, ele sabe que a qualquer momento a situação pode mudar e Genesis, por estar dentro do prédio, está exposta ao perigo.
 
O médico fala brevemente sobre os resultados, e Matteo sente uma tensão gelada correr por seu corpo. Ele franze a testa e recordações lhe surgem na mente.
 
O coração dele acelera. Matteo respira fundo, processando a notícia com dificuldade. Ele sabe que não pode falhar na missão, mas também entende que precisa lidar com essa situação.
 
Sem perder tempo, ele encerra a ligação e já começa a discar o número de um dos colegas de equipe.
 
— É o Matteo. Preciso que você me cubra. Algo urgente surgiu.
 
— Você está deixando o posto? Cara, estamos no meio da missão! — a voz do outro lado da linha grita, fazendo Matteo afastar o celular da orelha por um momento.
 
— Eu sei, mas não tenho escolha. Estarei de volta o mais cedo possível — depois de dizer essas palavras, ele desliga o celular.
 
Matteo ajusta rapidamente sua jaqueta, lança um último olhar para o prédio e sai discretamente pela lateral, se misturando na multidão da cidade.
 
*****
 
Duas horas se passaram quando Amin percebe um leve atraso nas câmeras do edifício. Ela franze a testa, ajusta os parâmetros, mas algo não parece certo. De repente, uma das imagens se apaga.
 
— Equipe, temos um problema. A câmera do oitavo andar está fora... Espera. Outra câmera caiu no sexto. Isso não é normal.
 
— O que você quer dizer? Aqui a imagem continua sendo transmitida normalmente — responde Arllow Blake.
 
— Sério? Então eu vou ajustar isso.
 
Amin digita freneticamente, tentando restabelecer a conexão, mas sem sucesso. Ela então deduz que deve ser algum problema na antena e decide sair para verificar.
 
Quando ela desce da van, o ar gélido da noite a envolve, fazendo seus pelos se arrepiarem. Uma estranha sensação toma conta dela, mas então ela abana a cabeça para manter seus pensamentos em ordem. Carregando uma arma consigo, ela começa a andar em torno do carro até que o som do metal indo contra o chão a faz tomar um susto. Ela se apressa em virar na direção do som, apontando a arma, e vê que é um gato próximo ao caixote de lixo.
 
Aliviada, ela segue até a porta do motorista e bate no vidro escuro. Nenhuma resposta.
 
— Ei, está tudo bem aí? — ela pergunta, batendo de novo.
 
Quando abre a porta, seu coração congela. O corpo do motorista cai aos seus pés, com uma faca cravada no peito e coberto de sangue. Ela dá um grito de desespero que chega aos ouvidos de Blake e seus outros colegas que estão na mesma linha de comunicação.
 
— Como isso aconteceu, como eu não me apercebi? — ela gritou, em pânico.
 
— Amin, seja lá o que tenha acontecido, saia daí agora! Fique em um ponto seguro, estou enviando reforços! — Arllow a advertiu.
 
Logo que ela se vira para correr pra fora do beco, o som agonizante da faca perfurando seu abdômen a faz parar.
 
— Você... Você é... — Ela tenta dizer, mas outra facada em sua garganta faz seus olhos se arregalarem. Uma última lágrima escorre de seus olhos, e então seu corpo cai no chão.
 
— Amin? Amin, você está aí? — Arllow tentou entrar em comunicação.
 
A mulher ao lado do corpo de Amin segura o microfone que ela carregava consigo e pisoteia, deixando-o em pedaços. Logo em seguida, ela pega uma rosa branca do seu buquê de flores e pousa sobre o corpo sem vida de Amin.
 
O silêncio do beco é quebrado pelo som dos saltos batendo contra o chão e a sombra da mulher se mistura com a névoa da noite, fazendo-a desaparecer.
 
Os policiais designados para checar a situação de Amin correm em direção à van, guiados pela localização do último sinal dela. Quando chegam ao beco estreito e mal iluminado, encontram o corpo da colega estirado no chão, pálido e imóvel, com uma rosa branca descansando sobre seu peito.
 
— Não... — um dos agentes sussurra, ajoelhando- se ao lado dela para verificar o pulso, embora já saiba que é tarde demais.
 
— Ela está morta. Facadas profundas... não teve chance — O policial engole seco, tentando manter a compostura.
 
Outro agente rapidamente avisa pelo comunicador:
— Chefe, encontramos a Amin. Ela... está sem vida e com uma rosa branca sobre o peito.
 
Do outro lado da linha, Arllow Blake cerra os punhos, seu maxilar travado em fúria contida. Ele fecha os olhos por um breve momento, mas a dor logo se transforma em concentração fria e calculada.
 
— A rosa branca... foi ela. Nemesis está na área.
 
— O quê? — O homem responde confuso. Eles estavam o tempo todo vigiando, então como ela poderia se mover sem ser vista? Os agentes se endireitam, já em alerta.
 
— Saiam daí e tomem posição no perímetro agora! Não quero mais ninguém exposto — A voz de Arllow é firme e definitiva.
 
Os agentes ao redor do corpo de Amin confirmam a ordem com um aceno curto.
 
A equipe sai rapidamente do beco, tomando posições estratégicas nas ruas ao redor do edifício.
 
Dentro da central, Arllow volta sua atenção para os monitores, tentando entender onde ele falhou. Ele tenta analisar os registros de segurança novamente, mas algo não bate. A transmissão das câmeras parece perfeita demais, sem falhas ou interrupções, até que ele percebe: os relógios no canto da tela não estão avançando.
 
— Maldição. O sistema foi hackeado. Está tudo em looping — Arllow esmurra a mesa com um soco furioso fazendo todos os monitores balançarem. A frustração toma conta dele por um momento, mas logo ele se recompõe, acionando o comunicador.
 
— Atenção, equipe. Nemesis nos passou a perna. Ela está no prédio. Amin foi assassinada e agora estamos operando às cegas — A tensão na linha aumenta, mas Arllow não dá espaço para hesitação.
 
— Dividam-se. Metade de vocês fica no perímetro externo. Se ela tentar sair, abatam sem piedade. Eu e os outros vamos entrar agora — Ele diz as últimas palavras olhando para Christian, que está ao seu lado com uma expressão difícil de decifrar.
 
— Preciso que fiques no comando, Meyer. Eu terei que agir — Christian assentiu e tomou a posição de Arllow.
 
— Quanto a ti, Amber — ele olha de soslaio para a mulher — Vá verificar o corpo de Amin e faça todos os trâmites necessários. Leve uma equipe de cinco homens consigo, não se isole se não quiser ter o mesmo destino que ela.
 
— Sim, senhor — Amber responde, sua voz trêmula pelo pânico.
 
Arllow tentou entrar em comunicação com Genesis, mas não teve êxito, e seu coração acelerou ainda mais com a possibilidade de ela também já estar morta.
 
Nemesis não mataria a própria irmã, mataria? Ele pensou.
 
Ele faz um sinal para que dois dos seus melhores agentes o acompanhem e juntos saíram da central, atravessam a rua em direção ao edifício.
 
Ao chegar no segundo andar, Arllow puxa sua arma e mantém os olhos fixos na entrada, onde ainda ecoam risos e conversas do leilão. Assim que os policiais adentram no prédio, o som suave do jazz é substituído por um silêncio incômodo.
 
Arllow lança um olhar rápido para seus homens, confirmando a comunicação via gestos. Eles avançam, atentos a qualquer movimento suspeito, os convidados olhando para eles receosos.
 
De repente, um estalo mecânico ecoa pelos corredores. As luzes piscam uma, duas vezes... O apagão toma conta do leilão, mergulhando o salão em completa escuridão. Por um momento, houve apenas silêncio e tensão. Em seguida, o caos irrompeu.
 
Os convidados, apavorados, começaram a correr de um lado para o outro, esbarrando nas mesas e cadeiras, gritando sem direção. O pânico se espalhou como um incêndio, dificultando a mobilidade dos policiais.
 
— Que inferno... — um dos agentes murmura, ativando a lanterna acoplada à arma.
 
— Equipe, confirmem posição! — Arllow falou ao rádio, mas só obteve silêncio em resposta. A ligação caiu, e sem comunicação, eles estavam por conta própria.
 
Com a mente focada no último comando dado, Arllow sabe que todos precisam se preparar para o pior. Todos os outros policiais usaram suas lanternas para trazer um pouco de iluminação ao local, acalmando os convidados.
 
— Atenção! Todos vocês escutem! — A voz de Arllow ecoou pelo salão, mais forte que o tumulto. Alguns dos presentes pararam e se viraram em sua direção.
 
— Mantenham a calma! Se todos colaborarem, sairemos daqui em segurança. Quero que vocês fiquem juntos, naquele canto ali — ele aponta para a lateral da sala.
 
O murmúrio de nervosismo foi gradualmente silenciado enquanto os convidados, temerosos, se aglomeram onde Arllow indicou. A tensão pareceu diminuir por um instante, mas então o inesperado aconteceu.
 
Uma névoa branca e densa começou a se infiltrar debaixo da porta e pelo sistema de ventilação, espalhando-se rapidamente pela sala. O cheiro químico do gás encheu o ar, provocando tosses violentas.
 
— GÁS! — gritou um dos policiais.
 
As pessoas começaram a ficar sufocadas, tossindo e levando as mãos desesperadas ao rosto. Em poucos minutos, muitos deles começaram a perder a consciência, seus corpos tombando inertes pelo chão, enquanto a névoa envenena o ar.
 
— Cubram o rosto! — Arllow gritou para os que ainda estavam de pé. Ele puxou um lenço e pressionou-o contra o nariz e a boca.
 
Policiais tentaram reagir, mas o número deles caiu drasticamente à medida que o gás fazia efeito. Arllow sabia que, se não saíssem dali rápido, não sobreviveriam.
 
Com os olhos ardendo e o ar ficando escasso, ele acenou para os poucos que ainda estavam de pé.
— Pela escada! Agora! — Os policiais e civis seguiram-no enquanto subiam apressadamente pela escada em espiral, com a lanterna nas mãos.
 
Ao chegarem no quarto andar, avistaram uma porta de aço parcialmente aberta, por onde escapava uma luz fraca. Arllow ordenou que dois dos policiais acompanhassem os civis ao andar de cima, enquanto ele e os restantes policiais iriam checar a sala.
 
— Pode ser uma armadilha. Fiquem alertas — A voz de Arllow está rouca, mas ainda carrega autoridade.
 
Ele foi o primeiro a entrar na sala, e os outros seguiram atrás. Eles avistaram uma mulher em pé ao lado das grandes janelas de vidro que iam do teto ao chão. A fraca iluminação do local vinha de fora, das luzes dos outros prédios.
 
Todos apontaram suas armas para ela.
 
— Nemesis Rothwell, você está detida! — Arllow gritou, mas ela não se moveu um milímetro sequer.
Ele se aproximou ainda mais, posicionando-se à frente, com seus policiais logo atrás. O silêncio na sala foi interrompido por gritos de agonia. Arllow virou-se rapidamente, apenas para ver os corpos de seus homens estendidos no chão com facas cravadas neles. O choque o paralisou por um instante, enquanto tentava entender o que aconteceu.
 
As luzes da sala se acenderam. Arllow voltou a olhar para frente e disparou duas vezes contra a mulher, mas com horror percebeu que não era uma pessoa, e sim um manequim.
 
De uma porta próxima às grandes janelas, surgiu a verdadeira Nemesis.
 
— Arllow Blake — ela fala com uma voz triunfante. — Por tanto tempo você esteve me procurando e finalmente me encontrou.
 
Arllow tentou fazer um movimento, mas o som de um tiro atingindo seu braço o fez soltar a arma. Atônito com a dor, ele olhou em volta tentando entender de onde saiu o disparo.
 
— Não tente dar um passo em falso ou você morre
 
— Nemesis disse com um sorriso perverso nos lábios.
 
A semelhança entre Nemesis e Genesis é inegável, e Arllow não conseguia desviar os olhos dela.
 
— O que você fez com a Genesis? — Ele perguntou, a preocupação transparecendo em sua voz.
Assim que mencionou o nome, o rosto de Nemesis se endureceu. Ela sacou uma arma do coldre e disparou contra a perna de Arllow, fazendo-o cair de joelhos. Ele urrou de dor, sentindo o sangue escorrer pelo seu corpo.
 
— Não ouse mencionar o nome da minha irmã com sua boca suja de novo! — Ela retrucou, o desprezo em seu tom era palpável.
 
— Você realmente acha que foi fácil me encontrar? Eu sabia que de alguma forma, vocês chegariam até mim, então comecei a preparar tudo.
 
Arllow tentou manter a calma, mesmo sentindo a dor pulsar em seus membros feridos.
 
— Foi tudo montado para fazer você pensar que estava no controle — ela continuou falando, gesticulando com a arma enquanto se movia com confiança pelo espaço.
 
Arllow respirou fundo, tentando encontrar um ângulo que o ajudasse a reverter a situação.
 
— Nemesis, isso não precisa acabar assim. Renda- se. Podemos resolver isso sem mais derramamento de sangue.
 
— Render? Resolver? — ela riu, o desprezo claro em sua voz. — Onde estava a polícia para "resolver" os conflitos causados por meu pai? Onde vocês estavam quando eu e minha irmã éramos agredidas vezes sem conta só por existir? E onde vocês estavam quando eu tive que matar meu pai e
 
quase matei minha irmã tentando nos libertar? Me diz: Onde vocês estavam para "resolver"?
 
— Você está apenas se afundando mais, Nemesis. Acha que a violência vai resolver seus problemas?Você não precisa fazer isso — ele tenta convencê- la.
 
— E você acha que eu me importo com a sua opinião? — Em um movimento rápido, ela apontou a arma para a cabeça de Arllow, seus olhos brilhando com um misto de ódio e determinação.
 
— Até nunca mais, Arllow.
 
Arllow sentiu o peso da situação. A conversa se transformou num jogo mortal.
 
As portas se irromperam abruptamente, revelando Matteo e Christian.
 
— Não, Genesis! — berrou Matteo, o desespero transparecendo em sua voz.
 
Nemesis olhou para ele furiosa e confusa.
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