O Príncipe Liderança e Exércitos
- Capítulo 10: Como medir a força de um principado.
- Capítulo 11: Sobre os principados eclesiásticos.
- Capítulo 12: Sobre diferentes tipos de exércitos.
💡 Resumo: O papel dos exércitos e da força na preservação de um principado, incluindo aqueles ligados à Igreja.
CAPÍTULO X
COMO SE DEVEM MEDIR AS FORÇAS DE TODOS OS PRINCIPADOS
(QUOMODO OMNIUM PRINCIPATUUM VIRES PERPENDI DEBEANT)
Ao examinar as qualidades destes Estados, convém fazer uma outra consideração, isto é, se um príncipe tem Estado tão grande e forte que possa, precisando, manter-se por si mesmo, ou então se tem sempre necessidade da defesa de outrem. Para esclarecer melhor esta parte, digo julgar como podendo manter-se por si mesmos aqueles que podem, por abundância de homens e de dinheiro, organizar um exército à altura do perigo a enfrentar e fazer face a uma batalha contra quem venha assaltá-lo, assim como julgo necessitados da defesa de outrem os que não podem defrontar o inimigo em campo aberto, mas são obrigados a refugiar-se atrás dos muros da cidade, guarnecendo-os. Quanto ao primeiro caso já foi falado e, futuramente, diremos o que for necessário; relativamente ao segundo, não se pode aduzir algo mais do que exortar tais príncipes a fortificarem e a proverem sua cidade, não se preocupando com o território que a contorna. E quem tiver bem fortificada sua cidade e, acerca dos outros assuntos, se tenha conduzido para com os súditos como acima foi dito e abaixo se esclarecerá, será sempre assaltado com grande temor, porque os homens são sempre inimigos dos empreendimentos onde vejam dificuldades, e não se pode encontrar facilidade para atacar quem tenha sua cidade forte e não seja odiado pelo povo.
As cidades da Alemanha gozam de grande liberdade, têm pouco território e obedecem ao imperador quando assim querem, não temendo nem a este nem a outro poderoso que lhes esteja ao derredor porque são de tal forma fortificadas que todos pensam dever ser enfadonha e difícil sua expugnação. Na verdade, todas têm fossos e muros adequados, possuem artilharia suficiente, conservam sempre nos armazéns públicos o necessário para beber, comer e arder por um ano; além disso, para manter a plebe alimentada sem prejuízo do povo, têm sempre, em comum, por um ano, meios para lhe dar trabalho naquelas atividades que sejam o nervo e a vida daquelas cidades e das indústrias das quais a plebe se alimente. Têm em grande conceito os exercícios militares, a respeito dos quais têm muitas leis de regulamentação.
Um príncipe, pois, que tenha uma cidade forte e não se faça odiar, não pode ser atacado e, existindo alguém que o assaltasse, retirar-se-ia com vergonha, eis que as coisas do mundo são assim tão variadas que é quase impossível alguém pudesse ficar com os exércitos ociosos por um ano, a assediá-lo. A quem replicasse que, tendo as suas propriedades fora da cidade e vendo-as a arder, o povo não terá paciência e o longo assédio e a piedade de si mesmo o farão esquecer o príncipe, eu responderia que um príncipe poderoso e afoito superará sempre aquelas dificuldades, ora dando aos súditos esperança de que o mal não será longo, ora incutindo temor da crueldade do inimigo, ora assegurando-se com destreza daqueles que lhe pareçam muito temerários. Além disso, é razoável que o inimigo deva queimar o país apenas chegado, nos tempos em que o ânimo dos homens está ainda ardente e voluntarioso na defesa; por isso, o príncipe deve ter pouca dúvida porque, depois de alguns dias, quando os ânimos estão mais frios, os danos já foram causados, os males já foram sofridos e não há mais remédio; então, os súditos vêm se unir ainda mais ao semi príncipe, parecendo-lhes que este lhes deva obrigação, uma vez que suas casas foram incendiadas e suas propriedades arruinadas para a defesa do mesmo. E a natureza dos homens é aquela de obrigar-se tanto pelos benefícios que são feitos como por aqueles que se recebem. Donde, em se considerando tudo bem, não será difícil a um príncipe prudente conservar firmes, antes e depois do cerco, os ânimos de seus cidadãos, desde que não faltem víveres nem meios de defesa.
CAPÍTULO XI
DOS PRINCIPADOS ECLESIÁSTICOS
(DE PRINCIPATIBUS ECLESIASTICIS)
Resta-nos somente, agora, falar dos principados eclesiásticos, nos quais todas as dificuldades existem antes que se os possuam, eis que são adquiridos ou pela virtude ou pela fortuna, e sem uma e outra se conservam, porque são sustentados pelas ordens de há muito estabelecidas na religião; estas tornam-se tão fortes e de tal natureza que mantêm os seus príncipes sempre no poder, seja qual for o modo por que procedam e vivam. Só estes possuem Estados e não os defendem; súditos, e não os governam; os Estados, por serem indefesos, não lhes são tomados; os súditos, por não serem governados, não se preocupam, não pensam e nem podem separar-se deles. Somente estes principados, pois, são seguros e felizes. Mas, sendo eles dirigidos por razão superior, à qual a mente humana não atinge, deixarei de falar a seu respeito,mesmo porque, sendo engrandecidos e mantidos por Deus, seria obra de homem presunçoso e temerário dissertar a seu respeito. Contudo, se alguém me perguntar donde provém que a Igreja, no poder temporal, tenha chegado a tanta grandeza, pois que antes de Alexandre os potentados italianos, e não apenas aqueles que eram ditos "potentados" mas qualquer barão e senhor, mesmo que sem importância, pouco valor davam ao poder temporal da Igreja, e agora um rei de França treme, ela pode expulsá-lo da Itália e ainda logra arruinar os venezianos, apontarei fatos que, a despeito de conhecidos, não me parece supérfluo reavivar em parte na memória.
Antes que Carlos, rei da França, invadisse a Itália, esta província encontrava-se sob o domínio do Papa, dos venezianos, do rei de Nápoles, do duque de Milão e dos florentinos. Estes potentados tinham de se haver com dois cuidados principais: um, que nenhum estrangeiro entrasse na Itália com tropas; o outro, que nenhum deles ocupasse mais Estado. Aqueles dos quais se tinha mais receio eram o Papa e os venezianos. Para conter os venezianos tornou-se necessária a união de todos os demais, como ocorreu na defesa de Ferrara; para deter o Papa, serviam-se dos barões de Roma, eis que. estando divididos em duas facções, Orsíni e Colonna, sempre existia motivo de discórdia entre eles e, estando de arma em punho sob os olhos do pontífice, mantinham o pontificado fraco e inseguro. Se bem surgisse, vez por outra, um Papa animoso, como foi Xisto, nem a sua fortuna nem o seu saber puderam livrá-lo desses inconvenientes. A brevidade da vida dos pontífices era a causa dessa situação, porque, nos dez anos que, em média, vivia um Papa, somente com muita dificuldade podia ele enfraquecer uma das facções; se, por exemplo, um deles tivesse quase extinguindo os collonessi surgia um outro, inimigo dos Orsíni, que os fazia ressurgir sem que tivesse tempo de liquidar os Orsíni. Isto tornava o poder temporal do Papa pouco considerado na Itália.
Surgiu depois Alexandre VI que, de todos os pontífices que já existiram, foi o que mostrou o quanto um Papa podia, com o dinheiro e as tropas, para adquirir maior poder; e fez, com o uso do Duque Valentino como instrumento e com a oportunidade da invasão dos franceses, todas aquelas coisas que relatei acima com relação às ações do duque. Se bem seu intento não fosse o de tornar grande a Igreja mas sim o duque, não obstante, tudo o que fez reverteu em favor da grandeza da Igreja, a qual, após a sua morte, extinto o duque, se tornou herdeira de sua obra. Veio depois o Papa Júlio e encontrou a Igreja grande, possuindo toda a Romanha, reduzidos à impotência os barões de Roma e, pelas perseguições de Alexandre, anuladas aquelas facções; encontrou, ainda, o caminho aberto para acumular dinheiro, o que jamais havia sido feito antes de Alexandre.
Júlio não só seguiu tais práticas, como as ampliou; pensou em conquistar Bolonha, extinguir os venezianos e expulsar os franceses da Itália: todos esses empreendimentos lhe saíram bem, e com tanto maior louvor quanto realizou tudo isso para engrandecer a Igreja e não para favorecer algum cidadão particular.
Conservou, ainda, os partidos dos Orsíni e dos Colonna nas mesmas condições em que os encontrara e, se bem entre eles houvesse algum chefe capaz de fazer mudar a situação, duas coisas os mantiveram quietos: uma, a grandeza da Igreja, que os atemorizava; a outra, não terem eles cardeais, os quais são os causadores dos tumultos entre as facções. Nem em tempo algum ficarão quietas essas partes, desde que possuam cardeais, pois estes sustentam os partidos dentro e fora de Roma e os barões são forçados a defendê-los; assim, da ambição dos prelados, nascem as discórdias e os tumultos entre os barões. Sua Santidade, o Papa Leão, encontrou o pontificado potentíssimo e, espera-se, se aqueles que referimos o fizeram grande pelas armas, este o fará ainda maior e mais venerado pela bondade e suas outras infinitas virtudes.
CAPÍTULO XII
DE QUANTAS ESPÉCIES SÃO AS MILÍCIAS, E DOS SOLDADOS MERCENÁRIOS
(QUOT SINT GENERA MILITIAE ET DE MERCENARIIS MILITIBUS)
Tendo falado detalhadamente de todas as espécies de principados, dos quais já no início me propus comentar, e consideradas, em alguns pontos, as causas do bem-estar e do mal-estar dos mesmos, mostrados que foram os modos pelos quais muitos procuraram adquiri-los e conservá-los, resta-me agora falar de forma genérica dos meios ofensivos e defensivos que em cada um dos citados principados possam ocorrer, Dissemos acima como é necessário a um príncipe ter bons fundamentos; do contrário, necessariamente, cairá em ruína. Os principais fundamentos que os Estados têm, tanto os novos como os velhos ou os mistos, são as boas leis e as boas armas. E, como não pode haver boas leis onde não existam boas armas e onde existam boas armas convém que haja boas leis, deixarei de falar das leis e me reportarei apenas às armas.
Digo, pois, que as armas com as quais um príncipe defende o seu Estado, ou são suas próprias ou são mercenárias, ou auxiliares ou mistas. As mercenárias e as auxiliares são inúteis e perigosas e, se alguém tem o seu Estado apoiado nas tropas mercenárias, jamais estará firme e seguro, porque elas são desunidas, ambiciosas, indisciplinadas, infiéis; galhardas entre os amigos, vis entre os inimigos; não têm temor a Deus e não têm fé nos homens, e tanto se adia a ruína, quanto se transfere o assalto; na paz se é espoliado por elas, na guerra, pelos inimigos. A razão disto é que elas não têm outro amor nem outra razão que as mantenha em campo, a não ser um pouco de soldo, o qual não é suficiente para fazer com que queiram morrer por ti. Querem muito ser teus soldados enquanto não estás em guerra, mas, quando esta surge, querem fugir ou ir embora.
Para persuadir de tais coisas não me é necessária muita fadiga, eis que a atual ruína da Itália não foi causada por outro fator senão o de ter, por espaço de muitos anos, repousado sobre as armas mercenárias. Elas já fizeram algo em favor de alguns e pareciam galhardas nas lutas entre si; mas, quando surgiu o estrangeiro, mostraram-lhe o que eram. Por isso foi possível a Carlos, rei de França, tomar a Itália com o giz; e quem disse que a causa disso foram os nossos pecados, dizia a verdade, se bem que esses pecados não fossem aqueles que ele julgava, mas sim esses que eu narrei, e como eram pecados de príncipes, estes sofreram o castigo.
Quero demonstrar melhor a infeliz qualidade destas tropas. Os capitães mercenários ou são homens excelentes, ou não: se o forem, não podes confiar, porque sempre aspirarão à própria grandeza, abatendo a ti que és o seu patrão, ou oprimindo os outros contra a tua vontade; mas se não forem grandes chefes, certamente te levarão à ruína. E, se for respondido que qualquer um que detenha as forças nas mãos fará isso, mercenário ou não, responderei dizendo como as armas devem ser usadas por um príncipe ou por uma República. O príncipe deve ir pessoalmente com as tropas e exercer as atribuições do capitão: a República deve mandar seus cidadãos e, quando enviar um que não se revele valente, deve substitui-lo, quando animoso deve detê-lo com as leis para que não avance além do limite. Por experiência se vêem príncipes sós e repúblicas armadas fazerem grandes progressos, enquanto se vêem tropas mercenárias não causarem mais do que danos. Ainda, uma República armada de tropas próprias se submete ao domínio de um seu cidadão com muito maior dificuldade do que aquela que esteja protegida por tropas mercenárias ou auxiliares.
Roma e Esparta foram durante muitos séculos armadas e livres, Os suíços são armadíssimos e libérrimos, Das armas mercenárias antigas, podemos citar como exemplo os cartagineses, os quais quase foram oprimidos por seus soldados mercenários, ao fim da primeira guerra com os romanos, a despeito de terem por chefes os próprios cidadãos de Cartago. Felipe da Macedônia foi pelos tebanos feito capitão de sua gente, depois da morte de Epaminondas, e após a vitória lhes tolheu a liberdade, Os milaneses, morto o Duque Felipe, assalariaram Francisco Sforza para combater os venezianos e o mesmo, vencidos os inimigos em Caravaggio, a estes se uniu para oprimir os milaneses, seus patrões. Sforza, seu pai, estando a serviço da Rainha Joana de Nápoles, deixou-a repentinamente desarmada; por isso ela, para não perder o reino, foi obrigada a lançar-se aos braços do Rei de Aragão.
E se venezianos e florentinos, ao contrário, tiveram aumentado o seu domínio com essas tropas, e os seus capitães se fizeram príncipes mas os defenderam, esclareço que os florentinos, neste caso, foram favorecidos pela sorte, porque dos capitães de valor, aos quais podiam temer, alguns não venceram ou tiveram de lutar contra antagonistas, outros voltaram sua ambição para paragens diversas.
Quem não venceu foi Giovanni Aucut, por isso mesmo não se podendo conhecer de sua fidelidade, mas todos estarão concordes que, tivesse vencido, os florentinos estariam à sua mercê. Sforza sempre teve os Braccio contra si, vigiando-se uns aos outros. Francisco voltou sua ambição para a Lombardia, Braccio contra a Igreja e o reino de Nápoles. Mas, vejamos o que ocorreu há pouco tempo. Os florentinos fizeram Paulo Vitelli seu capitão, homem de muita prudência e que, de vida privada, havia alcançado mui grande reputação. Se ele conquistasse Pisa, não haveria quem negasse convir aos florentinos estar sob suas ordens, mesmo porque, se ele tivesse ficado como soldado de seus inimigos, não teriam remédio e, tendo-o ao seu lado, deveriam obedecer-lhe.
Os venezianos, se se considerar os seus progressos, ver-se-á terem operado segura e gloriosamente enquanto fizeram a guerra sozinhos (o que foi antes de voltarem suas vistas para a terra) sendo que, com o apoio dos gentis-homens e com a plebe armada, operaram mui galhardamente; mas, como eles começaram a combater em terra, abandonaram essa prudência e seguiram os costumes de guerra da Itália. No princípio de sua expansão terrestre, por não possuírem muito Estado e por usufruírem alta reputação, não precisavam temer muito seus capitães; mas, quando ampliaram suas conquistas, o que ocorreu sob o Carmignola, tiveram a prova desse erro. Por tanto, tendo visto seu valor quando sob seu comando bateram o duque de Milão e sentindo, de outra parte, quanto ele esfriara no conduzir a guerra, julgaram não mais ser possível com ele vencer dada a sua má vontade; e não podendo licenciá-lo para não perder aquilo que tinham adquirido, para se garantirem viram-se na contingência de matá-lo, Tiveram depois por seus capitães Bartolomeu e Bergamo, Roberto de São Severino, Conde de Pitigliano e outros parecidos, com os quais deviam temer as derrotas e não suas conquistas, como ocorreu depois em Vailá, onde, num dia, perderam tudo aquilo que, em oitocentos anos, com tanta fadiga, tinham conquistado. Na verdade, destas tropas resultam apenas lentas, tardias e fracas conquistas, mas rápidas e miraculosas perdas. E, como apresentei estes exemplos da Itália que tem sido por muitos anos dominada por armas mercenárias, quero analisar essas tropas por forma mais genérica, a fim de que, vendo a origem e o desenvolvimento das mesmas, se possa melhor corrigir o erro de seu emprego.
Deveis, pois, saber como, logo que nestes últimos anos o império começou a ser repelido da Itália e o Papa passou a ter reputação no poder temporal, a Itália dividiu-se em vários Estados. Na verdade, muitas das maiores cidades tomaram das armas contra seus nobres, os quais, antes favorecidos pelo imperador, as mantinham oprimidas, e a Igreja, para obter reputação em seu poder temporal, as favorecia em tal; de muitas outras, os seus cidadãos se tornaram príncipes.
Daí resultar que, tendo a Itália quase toda, chegado a cair nas mãos da Igreja e de algumas repúblicas, não estando aqueles padres e aqueles outros cidadãos habituados ao uso das armas, começaram a aliciar mercenários estrangeiros. O primeiro que deu fama a essa milícia foi Alberico da Conio, natural da Romanha, sendo que de sua escola de armas vieram, dentre outros, Braccio e Sforza, nos seus dias os árbitros da Itália. Depois destes vieram todos os outros que até nossos tempos têm chefiado essas tropas, e o fim do valor das mesmas foi que a Itália viu-se percorrida por Carlos, saqueada por Luís, violentada por Fernando e desonrada pelos suíços.
A ordem que eles observaram inicialmente foi, para dar reputação a si próprios, tirar o conceito da infantaria, Fizeram isso porque, sendo eles sem Estado e vivendo da indústria das armas, poucos infantes não lhes dariam fama e, sendo muitos, não poderiam alimentá-los; assim, limitaram-se à cavalaria onde, com número suportável, as tropas podiam ser nutridas e eles honrados. E, afinal, a situação tornou-se tal que, em um exército de vinte mil soldados, não se encontravam dois mil infantes. Tinham, além disso, usado todos os meios para afastar de si e de seus soldados o cansaço e o medo, não se matando nos combates, fazendo-se prisioneiros uns aos outros e libertando-se depois sem resgate. Não atacavam as cidades muradas e os das cidades não assaltavam os acampamentos; não faziam nem estacadas nem fossos, não saíam a campo no inverno. Todas estas coisas eram permitidas nas suas regras militares, por eles encontradas para fugir, como foi dito, à fadiga e aos perigos; foi por isso que arrastaram a Itália à escravidão e à desonra.
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