Macunaíma: o herói sem nenhum caráter contém diversos mitos de tribos indígenas da Região Norte do Brasil. A história relata a busca de Macunaíma, índio da tribo Tapanhumas, da Amazônia, por um amuleto – a muiraquitã – dado a ele por Ci, a Mãe do Mato. Interrompida diversas vezes por episódios secundários inspirados em algumas lendas, essa busca pelo talismã o leva até São Paulo, onde mora o gigante comedor de gente, Piaimã, que para lá levou o amuleto. O protagonista é preguiçoso e sensual, a um só tempo índio, negro e branco. Esse é o nosso herói, Macunaíma, símbolo de um povo em formação. Ele nasce negro, em uma aldeia indígena. Já na infância, manifesta sua principal característica: a preguiça, e desde tenra idade sofre uma pulsão sensual que não conhece limites. Sua trama é surrealista, onde tudo pode acontecer. Com Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, Mário de Andrade dá um mergulho na alma nacional. A intenção era sair do padrão. Sua ideia era provocar, inquietar, chocar. Alcançou magistralmente seu objetivo.

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Macunaíma
O Herói Sem Nenhum Caráter
Sinopse
Trailer Book
https://youtu.be/t0XqoeIOeVs?si=mhAZ4yt_uILKrOdN
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Indíce

Mário de Andrade
Mário Raul de Morais Andrade (São Paulo, 9 de outubro de 1893 – São Paulo, 25 de fevereiro de 1945) foi um poeta, contista, cronista, romancista, musicólogo, historiador de arte, crítico e fotógrafo brasileiro. Um dos fundadores do modernismo no país, ele praticamente criou a poesia brasileira moderna com a publicação de sua Pauliceia Desvairada em 1922. Ele teve uma influência enorme na literatura brasileira moderna e, como estudioso e ensaísta, foi pioneiro no campo da etnomusicologia. Sua influência chegou muito além do Brasil.
Andrade foi a figura central do movimento de vanguarda de São Paulo por vinte anos.Treinado como músico e mais conhecido como poeta e romancista, Andrade se envolveu pessoalmente em praticamente todas as disciplinas relacionadas ao modernismo paulistano e se tornou o polímata nacional do Brasil. Suas fotografias e ensaios sobre uma ampla variedade de assuntos, da história à literatura e à música, foram amplamente publicados.
Ele foi a força motriz por trás da Semana de Arte Moderna, o evento de 1922 que reformulou a literatura e as artes visuais no Brasil, e um membro do vanguardista Grupo dos Cinco. As ideias por trás da semana foram exploradas no prefácio de sua coleção de poesia Pauliceia Desvairada e nos próprios poemas.
Depois de trabalhar como professor de música e colunista de jornal, publicou seu grande romance, Macunaíma, em 1928. Os trabalhos sobre música folclórica brasileira, poesia e outras temáticas foram seguidos de maneira desigual, muitas vezes interrompidos pela mudança na relação de Andrade com o governo brasileiro. No final de sua vida, ele se tornou o diretor fundador do Departamento de Cultura de São Paulo, formalizando um papel que exercia há muito tempo como catalisador da entrada da cidade - e da nação - na modernidade artística.