Aquaman: Herança Perdida Capítulo 2: Jogos de Superfície
As grandes câmaras do palácio real de Atlântida estavam repletas de sussurros e olhares desconfiados. Conselheiros, generais e nobres se entreolhavam, como se esperassem que a próxima palavra do rei confirmasse suas suspeitas. Arthur, sentado no trono de coral esculpido, sustentava um meio sorriso enquanto tamborilava os dedos na lateral do assento.
— Jogos? — questionou o general Skayos, franzindo o cenho. — Com todo o respeito, Vossa Majestade, não vejo como isso contribuiria para a estabilidade de Atlântida.
— Isso porque você nunca viu um jogo de verdade — respondeu Arthur, inclinando-se para a frente. — Na superfície, competições esportivas fazem mais do que entreter. Elas unem as pessoas, acalmam tensões, criam laços entre os que torcem pelo mesmo lado. E se Atlântida precisa de algo agora, é de unidade.
Murmúrios atravessaram a sala como uma corrente subaquática. A ideia de um rei propondo algo tão, na falta de uma palavra melhor, trivial, era quase inconcebível para a maioria dos presentes.
Vulko, sempre o conselheiro prático, suspirou e ajeitou os pergaminhos à sua frente.
— Imagino que Vossa Majestade já tenha algo em mente.
Arthur sorriu.
— Algo baseado em um dos esportes mais icônicos da superfície: polo aquático. Mas, claro, com um toque atlante.
A grandiosa arena submarina fervilhava de expectativa. Atlantes de todas as camadas sociais haviam se reunido ao redor do colossal estádio de coral vivo, iluminado por lanternas bioluminescentes. O murmúrio era de curiosidade, intriga e um certo grau de ceticismo.
Arthur se mantinha no centro da arena, um meio-sorriso no rosto. Sua armadura dourada refletia a luz azulada do fundo do oceano enquanto ele erguia o tridente para acalmar a multidão.
— Hoje, Atlântida conhecerá um novo jogo — anunciou ele, projetando sua voz por meio de conchas amplificadoras. — Uma competição de habilidade, trabalho em equipe e, claro, um pouco de diversão.
As grandes portas subaquáticas se abriram, e criaturas marinhas gigantes entraram na arena. Raias colossais, tubarões-domadores e serpentes marinhas treinadas cortavam a água com agilidade impressionante. O jogo era simples: duas equipes montadas nessas criaturas deviam levar uma orbe luminosa até o círculo de cristal do adversário.
Mera cruzou os braços e sussurrou ao lado de Vulko:
— Ele realmente acha que transformar Atlântida em um circo vai ajudar?
Vulko soltou um suspiro, mas um sorrisinho surgiu no canto dos lábios.
— A multidão parece gostar.
De fato, no momento em que o jogo começou, a tensão inicial foi substituída por gritos de empolgação. O povo vibrava conforme os competidores cavalgavam as criaturas em alta velocidade, desviavam de investidas ferozes e realizavam jogadas arriscadas para marcar pontos. Arthur, ele mesmo um dos jogadores, montava uma raia colossal e usava sua força para criar jogadas inacreditáveis.
Mas nem todos compartilhavam do entusiasmo. Alguns nobres observavam de longe com expressões fechadas, murmurando sobre a infantilidade do rei. O Conselho Atlante, posicionado nas tribunas elevadas, exibia olhares neutros ou claramente descontentes. Para eles, um rei deveria se preocupar com tratados e estratégias, não com jogos.
O jogo terminou com uma vitória acirrada, e Arthur nadou até o centro da arena para saudar os competidores. O público aplaudia, ainda que dividido entre a diversão e a perplexidade.
Quando tudo parecia se encaminhar para um desfecho leve, um grupo de sentinelas atravessou a multidão e se ajoelhou diante do rei.
— Majestade — um dos guardas anunciou, com urgência na voz. — Recebemos relatos de ataques misteriosos nas fronteiras da Fossa. Criaturas surgindo em hordas, organizadas de um modo nunca visto antes.
A empolgação na arena se dissipou num instante. Arthur trocou um olhar rápido com Mera. A festa havia acabado. E o real peso da coroa voltava a se manifestar.
A grandiosa arena submarina fervilhava de expectativa. Atlantes de todas as camadas sociais haviam se reunido ao redor do colossal estádio de coral vivo, iluminado por lanternas bioluminescentes. O murmúrio era de curiosidade, intriga e um certo grau de ceticismo.
Arthur se mantinha no centro da arena, um meio-sorriso no rosto. Sua armadura dourada refletia a luz azulada do fundo do oceano enquanto ele erguia o tridente para acalmar a multidão.
— Hoje, Atlântida conhecerá um novo jogo — anunciou ele, projetando sua voz por meio de conchas amplificadoras. — Uma competição de habilidade, trabalho em equipe e, claro, um pouco de diversão.
As grandes portas subaquáticas se abriram, e criaturas marinhas gigantes entraram na arena. Raias colossais, tubarões-domadores e serpentes marinhas treinadas cortavam a água com agilidade impressionante. O jogo era simples: duas equipes montadas nessas criaturas deviam levar uma orbe luminosa até o círculo de cristal do adversário.
Mera cruzou os braços e sussurrou ao lado de Vulko:
— Ele realmente acha que transformar Atlântida em um circo vai ajudar?
Vulko soltou um suspiro, mas um sorrisinho surgiu no canto dos lábios.
— A multidão parece gostar.
De fato, no momento em que o jogo começou, a tensão inicial foi substituída por gritos de empolgação. O povo vibrava conforme os competidores cavalgavam as criaturas em alta velocidade, desviavam de investidas ferozes e realizavam jogadas arriscadas para marcar pontos. Arthur, ele mesmo um dos jogadores, montava uma raia colossal e usava sua força para criar jogadas inacreditáveis.
Mas nem todos compartilhavam do entusiasmo. Alguns nobres observavam de longe com expressões fechadas, murmurando sobre a infantilidade do rei. O Conselho Atlante, posicionado nas tribunas elevadas, exibia olhares neutros ou claramente descontentes. Para eles, um rei deveria se preocupar com tratados e estratégias, não com jogos.
O jogo terminou com uma vitória acirrada, e Arthur nadou até o centro da arena para saudar os competidores. O público aplaudia, ainda que dividido entre a diversão e a perplexidade.
Quando tudo parecia se encaminhar para um desfecho leve, um grupo de sentinelas atravessou a multidão e se ajoelhou diante do rei.
— Majestade — um dos guardas anunciou, com urgência na voz. — Recebemos relatos de ataques misteriosos nas fronteiras da Fossa. Criaturas surgindo em hordas, organizadas de um modo nunca visto antes.
A empolgação na arena se dissipou num instante. Arthur trocou um olhar rápido com Mera. A festa havia acabado. E o real peso da coroa voltava a se manifestar.
-
Na Literaz, a leitura gratuita é possível graças à exibição de anúncios.
-
Ao continuar lendo, você apoia os autores e a literatura independente.
-
Obrigado por fazer parte dessa jornada!