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E o destino quis assim...

Capítulos 9

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E o destino quis assim... Capítulo 4

B havia deitado em um banco de praça de um bairro que não fazia ideia em que lugar de Bestemming se localizava, depois de um dia cansativo, que foi à procura de ajuda na polícia que infelizmente para ele, não acreditaram em nada do que B disse, parece que o destino quer caçoar com a cara dele, primeiro acorda em uma casa abandonada com a roupa do corpo não conseguindo de lembrar quem é, seu nome, literalmente não se lembra de nada, só que seu nome começa com a letra B.

Percebeu que um homem está o observando parado na ponta norte da praça.

“Quer um babador baby?” Pensou, gostando da atenção que o rapaz lhe dava, balança a cabeça de um lado a outro tentando clarear seus pensamentos.

“O que diabos deu em mim?” Se pergunta em pensamento, a possibilidade de ser gay vem a sua mente o que o assusta, nunca nesses três dias que havia acordado na casa abandonada passou pela sua cabeça a possibilidade de não ser hetero, não entendia o porquê disso não ter vindo a sua mente, talvez fosse o preconceito enraizado na sociedade mundial, mas não saber nada da sua vida antes desses três dias acabava com ele.

B o encara tentando discernir o que tanto aquele homem o olhava.

“Talvez estivesse interessado em mim” Logo depois de ter pensado desconsidera tudo, era mais possível ele estar o observando por estar com medo de que B faça algo consigo.

Se distrai ao olhar a sua volta, percebendo que era uma praça muito frequentada por famílias, o que o fez concluir que o local em que fora parar era um bairro residencial, ou algo parecido. As crianças brincavam nos brinquedos espalhados no local, faziam festa com o pouco que tinham, isso o fez se lembrar de sua infância, se é que podemos chamar de infância. B não se lembrava, mas eu como narrador desta história.

Seus olhos se encheram de lágrimas, teve a impressão que aquilo era um gatilho para ele. Ao voltar sua atenção para o homem que o admirava, se assim podemos colocar, ele já se encontrava no fim da praça, ficara tão absorto em seus pensamentos que não vira o mesmo passar ao teu lado.

Contudo tinha algo de estranho, ele estava acompanhado, pelo que se lembrava o homem não tinha companhia de ninguém, o que o fez perceber que havia algo que não estava certo.

Decidira por si só que seguiria eles, e ver o que estava ocorrendo.

 


 

O medo de Alan era morrer naquele beco imundo, de que não teria mais a chance de procurar a felicidade que perdera nos anos em que se relacionou com Cauã. Na situação em que se encontrava tinha a certeza de que não sairia vivo.

Alan estava encurralado, com um homem atras de si, com uma arma apontada nas suas costas, ele não sabia o que iria fazer para sair dessa situação, e se sairia, o homem que o estava retendo como refém aparentava certo nervosismo.

–    O que quer de mim?

–    Você tem que voltar com seu marido – O homem sussurra em seu ouvido esquerdo, fazendo-o se arrepiar.

“Era só o que me faltava!” Alan pensou indignado. Não tinha sequer se passado duas semanas que havia expulsado a pontapés seu ex-marido de seu apartamento e o bonito já vem o ameaçar.

“Não Deus! Eu não mereço isso!”

–    Só me faltava essa.

Alan se exaltou indignado com tal situação.

–    Se não... Pera já sei você me mata. – Mesmo se cagando de medo o professor propõe.

O homem não conseguia acreditar na ousadia de Alan demonstrava, com toda certeza coagi-lo seria mais difícil do que pensara.

–    Vamos – Alan afirma esperando o homem atirar nele – Vejo que não tem coragem. Nem pra arrumar um matador Cauã não é capaz.

–    O que está acontecendo aqui? – Ele ouve uma voz desconhecida.
“De quem é está voz?” Alan pensou percebendo o quão foi afetado pela voz desconhecida.

–    Agora só me faltava essa.

O sequestrador sem entender nada do que estava acontecendo sai correndo.

–    Eu ainda não acabei com você.

–    Estarei a sua espera com a polícia e vê se dá próxima vez tem mais coragem.

Finalmente Alan olha para o homem parado na estrada do beco, era o mesmo que ele observava na praça, realmente tinha algo nele que transbordava riqueza, mesmo ele estando sujo, perceptivelmente em estado de rua, não podia se dizer que era um homem feio, era com certeza confundido com uma beldade grega, mas havia uma coisa que dava em Alan uma familiaridade, como se ele já o conhecesse.

–    Oi.

–    Oi. Pensei que precisasse de ajuda.

–    Pelo visto espantei o dito cujo.

–    É eu vi. Ele saiu correndo.

Os dois riram. Alan não ria desse jeito a bastante tempo.

–    Você tem que ir à polícia.

–    Que nada.

–    Você sofreu uma tentativa de sequestro.

–    Não era nada demais.

–    Como assim nada demais?

–    Era só um idiota que o meu ex contratou para me dar um susto.

–    Tá aí mais um motivo pra você ir à polícia.

–    Você Não acha que eu devia desconfiar de você – Alan faz uma pausa continuando − você aparece aqui do nada eu não te conheço e diz que vem me ajudar, não acha isso um pouco suspeito.

–    Mas não foi você que ficou me encarando na praça.

–    E o que isso tem a ver?

–    Que eu que deveria ficar com medo.

–    Olha quem fala. Não acha que deveria ser o contrário?

Alan o olhou de cima a baixo, sabia, no entanto, que aquela colocação era preconceituosa, mas quando viu já havia saído de sua boca.

Os olhos de B se encheram de água, sabia que choraria, não entendia o porquê o estavam tratando daquela forma, aquilo o machucava.

Quando o professor percebeu que o que ele disse havia ferido o homem que estava a sua frente, a culpa tomou conta de seu ser.

–    Me desculpa. Eu não sou assim. Não sei por que eu disse isso.

–    Você está em choque ainda pelo que te aconteceu.

–    Eu sei, mas eu não devia ter dito aquilo.

–    Eu não ligo − Mentiu.

–    Não é verdade. Seus olhos se encheram de lágrimas. Isso machucou você.

–    Sim machucou, mas não foi pelo que você disse.

–    Se não foi pelo que eu disse, então pelo que foi?

–    Pra falar a verdade eu não sei. Não me lembro de nada, nem quem sou, nem quem fui muito menos meus traumas.

–    Se você não se lembra da sua vida...

–    Não, eu também não lembro o que aconteceu para eu ficar em situação de rua.

–    Mas se lembra de alguma coisa?

–    Tenho alguns flashes de memórias, mas são confusas quase todas as vezes.

–    Como assim?

–    Momentos da infância por exemplo.

–    Então você sabe como foi sua infância?

–    Não, como disse esses flashes de memórias são confusos, não consigo entender nada do que está acontecendo neles.

–    Mas você não sabe nada?

Alan insiste, teve a sensação de que o homem já queria bater nele por tantas perguntas feitas.

–    Eu só sei que o meu nome começa com a letra B, e que eu acordei em uma casa abandonada a três dias com um machucado na cabeça que provavelmente foi devido a uma queda ou uma pancada.

–    Você procurou a polícia?

–    De novo você quer dizer.

–    O que eles te disseram?

–    Que eu sou um morador de rua bêbado que só está delirando.

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