E o destino quis assim... Capítulo 8
Três horas depois...
Alan está prestes a entrar no avião, seu corpo tremia por inteiro. O louco do Benjamin não havia informado que o maldito voo para o Brasil seria em um jatinho particular.
“Quando eu encontrar esse filho de uma boa senhora vou matá-lo nem que seja de tantos beijos que darei nele.” Esse pensamento causa certo desconforto em Alan por estar acompanhado de Jo Ann.
Vocês devem estar se perguntando “Mas ela não é sua melhor amiga?” pelo menos era o que eu estaria me perguntando, eu Destino.
Mesmo se tremendo por inteiro Alan entra no avião, o medo o dominava ele tremia tanto que seu queixo não parava um segundo sequer
Jo Ann já preocupada com o amigo chama a aeromoça que os acompanharam na viajem para pedir um calmante para seu amigo.
– Isso tudo é medo de avião?
Alan só balança a cabeça em concordância.
– Toma esse remédio vai te ajudar a acalmar.
Logo após tomar o calmante Alan conseguiu relaxar e dormir toda a viajem.
No Brasil
Assim que Alan sai do aeroporto um calor descomunal o assola, fazendo-o transpirar mais que o normal, ele odiava transpirar, por isso dera graças a Deus que Besteming era fria durante quase todo o ano.
Um vento quente batera em sua face o lembrando que poderia estar em sua cama, debaixo das cobertas com o ar-condicionado ligado no mínimo. Se amaldiçoou por ter concordado em vir nessa viajem deplorável. Ele nem gostava de praia.
– Pare de fazer essa cara. Jo Ann o repreende.
– Que cara? É a única que tenho
– Cara de quem comeu e não gostou
– E você realmente acha que eu gostei de vir pra cá – Alan diz mostrando o lugar com sua mão direita, a outra segurava sua mala – Além de estar um calor de 40 graus. Isso é normal?
– Aqui é sim.
– Pois eu vou voltar pra casa agora – Alan começa a se virar para ir embora quando Jo Ann agarra seu braço e diz:
– Você não vai a lugar nenhum e me deixar aqui.
– Eu vou – Alan teima feito criança birrenta.
– Ahh pois agora é que você fica.
– Pois não fico.
– Vai mesmo querer voltar e correr o risco de sabe se lá o que pode acontecer com você.
– Nada vai acontecer comigo.
– Tem certeza?
Alan a olha incrédulo, parecia que sua amiga sabia mais sobre Benjamin do que ele (que morou com o mesmo por um mês).
– Eu fico – Jo Ann o interrompe comemorando – Com uma condição.
– Qual? A gente sair pra uma balada e ficar bêbados e esquecer onde fica o hotel?
– Que você me conte o que você sabe do B. que eu não sei.
Jo Ann engole em seco, sabia que uma hora ou outra Alan perceberia que tinha algo que ela não estava contando, e infelizmente, essa hora tinha chegado.
– Eu sei as mesmas coisas que você sabe – Jo se fingiu de besta o que funcionou por agora, mas se conhecia bem seu amigo ele não desistiria tão fácil.
Assim que entraram no carro que já estava a espera deles os dois palhaços começam a rir. A música que tocava no rádio do carro era triste e engraçada assim gerando mais gargalhadas.
– Que merda de música é essa? – Alan perguntou não se aguentando de tanto rir
– Não sei – Jo Ann disse entre risadas.
– Triste e engraçada. Nunca tinha ouvido algo assim.
– Muito menos eu
***
Alan estava sentado em uma banqueta de um quiosque em uma praia qualquer, ele não se lembrava qual o nome da praia.
O professor estava ali obrigado, o atendente lhe entrega a água de coco que ele havia pedido anteriormente, a pegou de cima do balcão e bebeu um gole.
Ele observava a movimentação das pessoas a sua volta, realmente ele não entendia o que as pessoas viam em um pedaço de areia com mar a seu encontro. Quem iria querer ficar no sol, queimando, e o mais absurdo, entrar em uma água salgada e ainda por cima cheia de areia. Ele realmente sente gastura de praia, e não entendia o fascínio das pessoas de modo geral com praias.
– Você está bem? – O atendente, que nem fez caso de saber seu nome, pergunta preocupado.
– Estou bem. Só não queria estar aqui.
– Então por que veio?
– Fui obrigado – Alan não quis dar mais informações sobre. Não queria que um estranho soubesse que fora abandonado mais uma vez. Okay que dá primeira vez ele que expulsou seu ex de casa, se é que dessa vez conta como abandono.
Alan sente uma vontade descomunal de chorar, mas não queria demonstrar fraqueza para esse homem, e que homem. Tinha ombros largos, cabelos pretos como o universo, seus olhos de um tom âmbar nunca havia visto um olhar tão intenso como estes.
Alan estava literalmente hipnotizado pelo espécime masculino que encontrara ali. Sentiu-se excitado com ele, mas sabia que não passaria de um caso de uma noite, então decidiu prestar atenção a televisão que passava uma reportagem sobre o reaparecimento de um multimilionário de Besteming que havia desaparecido a dois meses e que fora dado como morto por seus tios.
Mas na verdade, foram seus tios, Paulo Carvalho e Cesar Ximenes, que mandaram dar um fim no sobrinho para assim poderem ficar com todo o império da família.
Se não estivesse passando no jornal Alan com toda certeza acharia que não passasse de uma fanfic bem contada. Aquilo o intrigou, a história que estava sendo contada, realmente lhe parecia familiar.
Quando o multimilionário apareceu dando uma entrevista, o professor quase caí da banqueta em que estava sentado, ele queria gritar, xingar e tudo mais que tem direito, contudo sua voz não saia ele se encontrava em choque, não sabia o que fazer, muito menos como agir.
Aquele que estava dando uma entrevista na tv era o Benjamin, o seu Benjamin, o homem que estava perdido em uma praça qualquer, em estado de rua. Não aquilo não estava acontecendo com ele.
Ele se apaixonou por um multimilionário que agora dava uma entrevista para uma emissora de televisão de outro país, realmente ele estava ficando louco.
Naquele momento ele decidiu que não ficaria no Brasil por mais nenhum dia, ele precisava voltar para casa, precisava deitar-se na sua cama e pôr a cabeça no lugar. Se levantou apressado, não ficaria ali por nenhum minuto a mais. Tudo já estava resolvido, sim Alan agia por impulso, mas quem nunca agira assim?
-
Na Literaz, a leitura gratuita é possível graças à exibição de anúncios.
-
Ao continuar lendo, você apoia os autores e a literatura independente.
-
Obrigado por fazer parte dessa jornada!