E o destino quis assim... Capítulo 7
– Enfim em casa – Alan disse se jogando no sofá como se fosse o melhor lugar do mundo.
– Até parece que foi você que foi revirado de ponta cabeça.
– Mas eu te acompanhei – Alan diz injuriado. “Ingrato!” Alan pensou.
Ben havia feito os exames que o Doutor Marcus “enxerido” passara para Ben fazer, (o que na verdade foram quatro exames), praticamente reviraram o homem do avesso e depois do direito. Ao lembrar disso o professor ri desvairadamente.
Alan sentado/deitado no sofá, depois de parar de rir, se deparou com B na sua frente, ali naquela posição ele pode ter uma visão privilegiada de Ben, seus músculos proeminentes na camisa justa que Alan tinha comprado para ele semanas antes. Ben era um homem alto, seus cabelos cacheados tampando parte da testa o deixava sexy e fofo ao mesmo tempo, com a camisa verde, calça preta que fazia com que parecesse mais alto, e deixando com que seus dotes ficassem visíveis, Alan com receio de ser pego apreciando a deliciosa visão desviou o olhar para baixo, assim vendo que ele usava um de seus tênis Vans preto.
B se jogou em cima de Alan fazendo cosquinhas nele.
– Para Ben! – B não parou.
– Você terá que pedir com educação.
– Ben para por favor!
Contudo Ben não sairá de cima de Alan, B sempre quis fazer isso, é a forma que ele encontrou de se aproximar do professor, a verdade é que ao ver Alan ele sentiu um desejo desenfreado de tê-lo para si, o que não entendeu esse sentimento, até porque não se lembrava de sua vida.
Quando sentiu que estava ficando excitado com o corpo de Alan debaixo de si, ele levantou sem graça dando uma desculpa qualquer indo para a cozinha. Alan sem entender nada não soube o que fazer pois também estava excitado.
Ben foi atras de Alan, já na cozinha viu o professor de costas para a porta, ele mexia em algo no balcão que ficava entre a pia e o fogão.
B. vendo que o homem que tomara seu coração estava no mundo da lua, como diziam, o segurou pela cintura, dando-lhe uma fungada no pescoço, fazendo com que Alan se arrepiasse por inteiro.
Alan se virou em meio aos braços de Ben, assim ficando de frente para ele, mirou sua boca vermelha como sangue, ela era carnuda, apetitosa, seus lábios estavam entreabertos pedindo para que sejam beijados.
Sem pensar duas vezes, Alan atacara aquela boca, no começo do beijo, se é que podemos chamar de beijo tal ato tão obsceno, eles estavam praticamente se engolindo.
Contudo o ar ficou escasso fazendo com que o casal tivesse que parar por um segundo, talvez dois, para assim poderem inalar um pouco de ar.
— Te quero — Foi o que saiu da boca de Alan ainda ofegante d magnifico beijo.
— Eu também te quero Al — Devolveu Ben tão ofegante quanto Alan.
E aquilo era só o começo da noite...
***
Semanas haviam se passado e Alan podia ter certeza de que se sentia apaixonado por Ben, realmente não sabia o que fazer, o que tinham não poderia mais ser denominado como amizade, eles estavam em um relacionamento, e isso assustava tanto Ben como Alan.
O médico havia passado um remédio que o ajudaria a se lembrar do que tinha esquecido, que no caso era toda sua vida, Alan rezava todos os dias para que Deus não o tirassem dele, aquele pobre ser estava sendo feliz pela primeira vez em sua vida, enfim teve a coragem para expulsar o filho da puta do Cauã de sua vida.
Nesse momento o professor estava sentado na praça de alimentação do shopping Bestemming House, pensava em todas as possibilidades possíveis que poderiam acontecer e Ben ter de largá-lo, em sua companhia estava Jo Ann.
– Me fala uma coisa que estou morrendo de curiosidade...
– O que?
– Você e o B já ficaram?
– Não. Você é louca. – Ele mente.
– Mas que ele é doido por você ele é.
– Para de fanficar – Alan tenta enganá-la.
– Alan, Alan eu te conheço e não é de hoje.
– Tá bom eu conto a verdade – Ele faz uma pausa, respira fundo, toma um gole de seu refrigerante – ele se deitou em cima de mim no sofá...
– Hmmm, conta mais...
– E ele me abraçou e ficou sarando em mim.
– Só isso? – Jo Ann pergunta decepcionada
– Sim. Só isso.
– Ahhhh, Alan assim você me decepcionou, achei que você era mais pra frente. Mal pergunte quanto tempo tem isso?
– Uma semana – fala baixo quase sussurrado.
– Sim, algumas semanas e nada.
– Ai meu Deus santinho como vocês são lerdos.
Alan se enrubesce com o comentário de Jo Ann, o que faz com que ela tenha certeza de que eles (Alan e B.) Ficaram. Jo Ann explode em felicidade, ela não se aguenta e começa a gritar no meio da praça de alimentação, deixando o professor envergonhado.
– Não acredito – Ela continua gritando para todos ouvirem.
– Se você não parar agora Jo Ann eu vou te deixar aqui e vou embora pra casa – Alan faz uma pausa, umedece os lábios com a ponta de sua língua e continua – Fui Jo, o B deve estar preocupado comigo.
***
Assim que Alan chega em casa me deparo com ela vazia, o silêncio ensurdecedor me assusta, B gosta de música e sempre coloca no último volume possível.
Com medo vai até a cozinha o que acha o faz temer, ele sabia que B. tinha ido embora, ele deixou uma carta nomeada para “Alan seu professor”, com as mãos trêmulas ele a abre e começa a lê-la.
“Alan, meu professor favorito...
Escrevo para você porque nessa manhã me lembrei de tudo, hoje sei quem sou!
E com essa descoberta vieram problemas que não quero te pôr em perigo, por isso estou saindo daqui, da sua casa, mas em breve vou voltar para que a gente viver juntos.
Você deve estar se perguntando qual meu nome, Benjamin, este é o meu nome. Só te peço uma coisa, que me espere. Junto a está carta estou deixando duas passagens para uma praia paradisíaca no Brasil para que você e a Jo Ann apreciem as suas férias enquanto resolvo meus problemas. Sei que ficará triste por não ter te contado pessoalmente, sei que você ficaria feliz com o que aconteceu comigo.
Eu só tenho que lhe agradecer por ter me apoiado em um dos momentos mais difíceis da minha vida. Outra coisa que percebi durante o curto tempo que passei com você, é que é maravilhoso estar em sua companhia, tu és uma pessoa maravilhosa, sei que não falo assim, mas Alan meu professor me faz dizer coisas como essa que acabei de dizer. E quanto ao seu ex, prometo que darei um jeito nele. Não se preocupe, não vou matá-lo.
Ass: Benjamin Seu amor!...”
Com as lágrimas a escorrer por sua face ele termina de ler a carta.
“Ele foi embora” Só isso se passava na cabeça de Alan.
Sem pensar direito liga para Jo Ann que por incrível que pareça ainda estava no shopping.
– Oi flor do dia.
– Oi – Alan diz caindo no choro.
– O que esse filho de uma puta fez?
– Ele foi embora
– Mas ele deixou alguma coisa falando que voltaria?
– Ele deixou uma carta e duas passagens para uma praia no Brasil.
– Mas ele disse que voltaria?
– Ele disse que voltaria depois que resolvesse os problemas de sua vida.
– Então ele vai voltar
– E se ele tiver alguém?
– Pare de show. Faça suas malas que vamos viajar.
– Eu não quero ir
– Ah! Você vai nem que seja amarrado.
– Então terá que me amarrar.
– Pare de graça. Estou indo para aí te ajudar a arrumar uma mala.
– Tem certeza de que será uma só?
– Percebo que você não está tão mal assim. Já está até fazendo piadas...
– Não é bem assim – Alan tenta argumentar, mas acaba desistindo.
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