Crossverse: Os Lordes Implacáveis CAPÍTULO TRÊS
JÚLIA “LIGHTING” YAMATSU
Dia 25 de julho de 1986, Brasílius, Spiriktworld.
Cidade de Campinus, interior de Saint Paul, região de Lord Gerald, próximo à Mansão Holyblessed e ao instituto luminoso de espadachins EECAMP. (Por volta das cinco horas da tarde, daquele mesmo dia).
O senhor Jiung Fah Feng havia fechado o restaurante mais cedo, naquela sexta-feira fatídica. Ele estava um pouco preocupado com o seu filho mais velho, Lee Marcos Feng, um jovem de quase trinta anos de idade, que era professor de artes marciais cristãs e ungidas, e que amava ensinar o que sabia para um grupo de adolescentes da família rica do bairro, os Holyblesseds. Jiung não queria que ele se atrasasse para o jantar, ainda naquele dia tão especial para a família Feng em
Brasílius. De repente, Lee Marcos chegou e estacionou o seu carro, próximo ao restaurante de seu pai, trazendo consigo a sua irmã mais nova, de dezenove anos de idade, Liu Chan Feng. Parece que o atraso nem foi por conta dos filhos do casal Holyblessed, que haviam pedido carona para o seu professor de kung fu cristão, mas sim por conta de algum problema com Liu Chan. Parecia que ela e seu irmão haviam brigado pelo caminho, de volta para casa. Jiung viu aquilo e os reprovou, chamando-os para dentro do restaurante e fechando as portas logo atrás dele. Em seguida, disse:
— O que foi dessa vez? Porque vocês estão brigando? E porque você demorou tanto, Lee? O que aqueles arruaceiros te pediram dessa vez? Vou falar para o Sr. Paul te dar um aumento por tanto trabalho que os filhos dele te dão! – o sotaque dele era bem carregado.
Lee Marcos meneou a cabeça e respondeu, com uma calma sobrenatural:
— Não foi culpa deles dessa vez pai e eles realmente estavam encrencados desta vez, com coisa séria! Só Jesus na causa. O problema foi quando eu tava voltando e vi a Liu de conversinha com um “cara”, na saída da ULICAMP. (Universidade Luminosa de Campinus).
— Não foi nada demais! – disse ela, irada e consternada. – Eu estava brigando com o meu namorado... Ex-namorado, só isso! O Lee não tinha nada que se intrometer!
— Tinha sim! Ele iria te dar um tapa! Isso não se faz com uma mulher, ainda com uma moça decente! – disse Lee Marcos, mais irritado ainda.
— Tudo bem! Por Yesu! Tudo bem! Chega de briga, pelo amor de Yesu! – disse senhor Jiung. – Marcos tem razão minha filha, e você deveria tomar cuidado com que tipo de homem você busca se relacionar. Eu sei que você se sente “poderosa”, apenas por que domina vento, água e jade luminosa ungida. Mas, isso não te torna imortal, ou invencível! E você é uma serva de Yesu Cristo! não deveria andar, por ai, com namoricos contra a vontade de Deus!
Liu Chan estava cansada e irritada e levantou as duas mãos ao alto, em sinal de derrota, dizendo:
— Tudo bem! Tá bom! Vocês dois venceram! Graças a Deus que eu nunca trouxe ele aqui, pra vocês conhecerem ele... Misericórdia! Ah eu vou tomar banho e me trocar pro jantar, com licença. – e foi exatamente isso que ela fez.
Depois daquela pequena discussão, Lee e senhor Jiung soltaram um longo suspiro e se abraçaram. Lee ainda pediu perdão ao seu pai, por ter se atrasado, mas Jiung sentiu-se orgulhoso de seu filho, por ser um homem de verdade. Portanto, Lee Marcos foi para seu quarto, pois precisava tomar um banho e trocar de roupas,
assim como a sua irmã mais nova. Com isso, senhor Jiung ergueu os olhos ao céu e disse:
— Ah minha Laura, como eu sinto sua falta! Yesu sabe que eu tento.
Passados alguns minutos, um carro estacionou, mais uma vez, próximo do restaurante da família Feng. Desta vez, saíram duas pessoas, um senhor e uma senhora, que pareciam também ser orientais. Assim que eles cruzaram as portas do restaurante de Jiung, o dono trocou a placa de ABERTO para FECHADO. Logo após, deu um forte abraço no senhor japonês que veio lhe fazer uma visita, dizendo:
— A Paz do Senhor Yesu meu irmão Mateus Marcos Yamatsu! Seja muito bem vindo, meu velho amigo.
— A Paz do Senhor Yesu, irmão Jiung, como você está indo? Há! Está mais jovem do que eu, aposto! Olha só esses cabelos pretos. – disse ele, Mestre Mateus Marcos Yamatsu.
— A Paz do Senhor irmão Jiung, que saudades! – saudou dona Susana Martins, esposa de Mestre Mateus, apertando a destra de senhor Jiung, que ainda fez sinal de reverência.
– Eu me sinto muito honrado por ter vocês aqui, em meu restaurante, para comemorarmos esse dia tão importante para nós! Glória a Deus.
— Amém! – disse Mestre Mateus, um senhor de uns sessenta anos, mas com muita força espiritual.
— Uma pena que nossa filha não quis vir... – disse senhora Susana. – Nem mesmo a Laiting!
— Ah isso é coisa de gente velha, comemorar o dia em que fizemos uma amizade duradoura e verdadeira! O dia em que ganhei uma alma para Yesu Kirizutu. – disse Mestre Mateus. – Faz quanto tempo? Uns trinta anos?
— Exatamente! Eu havia acabado de vir para Brasílius, e precisava de um lugar para ficar, até me restabelecer. Uma terrível guerra entre luminosos cristãos e servos de Satan havia começado na China, e eu não queria participar do conflito, naquele tempo, porque era “neutro”, acreditava em umas filosofias tolas e pobres! Foi quando conheci você e seu dojô, Escola de Espadachins de Campinus, do Mestre Mateus Yamatsu. – dizia Jiung Fah Feng e começou a chorar, por causa das fortes lembranças. – Eu notava toda aquela situação, naquela época, mas estava destruído por dentro e precisava de um lugar para recomeçar, para me reconstruir.
— Nós tínhamos tantos preconceitos tolos naquela época, não é verdade? – disse Mestre Mateus, também chorando. – Deus nos fez todos iguais por dentro, na
alma e no espírito, e nos órgãos internos! Deus não faz acepção de pessoas! Tanto faz se você é chinês, japonês, coreano, brasileiro, europeu, americano, africano, não importa! Yesu te ama do mesmo jeito e quer te salvar, do mesmo jeito!
— Então, você me acolheu, em seu dojô, e me ajudou a construir esse restaurante. E ainda me mostrou o Caminho da Salvação em Yesu! Foi onde eu conheci a minha Laura e tivemos esses dois lindos filhos juntos, Lee e Liu! Até que Deus a levou, para o seu Paraíso eterno! – disse senhor Jiung e abraçou novamente seu velho amigo.
— Ah que saudades da Laura! Ela fazia um cuscuz realmente maravilhoso! – disse dona Susana.
De repente, Lee Marcos apareceu de volta no restaurante e avistou seu antigo mestre de artes marciais ungidas, Mateus Yamatsu. De longe, ele acenou e disse “A Paz do Senhor, Mestre Mateus!” e continuou a acenar, mostrando uma das mesas, que já estava preparada para o jantar daquela noite. Yamatsu e Feng enxugaram as lágrimas e se dirigiram às cadeiras demarcadas, enquanto Lee Marcos abraçava seu antigo instrutor. Depois foi a vez de Liu Chan chegar no recinto, emocionada, ao ver senhora Susana e Mestre Yamatsu, os abraçando e chorando copiosamente. Todos estavam muito emocionados e, ao mesmo tempo, felizes, por aquela data tão especial para ambas as famílias. E todos sentiam a falta, principalmente, de dona Laura Ramos, mãe de Lee Marcos e Liu Chan, que faleceu há doze anos atrás, por conta de um terrível acidente. Logo, senhor Jiung e seus filhos foram até a cozinha e trouxeram o jantar, comidas típicas da China e do Japão, e algumas coisas brasileiras também. Todos deram glórias a Deus e se alegraram com as histórias do passado, de forma sadia e santa. Todavia, Liu Chan notou que estava faltando alguém naquele local.
— Onde está a Júlia “Lighting” Yamatsu? Aquela abençoada por Deus! Tá fugindo de mim, será? – disse ela, um pouco surpresa.
— Depois que a Júlia se tornou uma Defensora de Almas, nunca mais a vi por aqui. Saudades da minha “prima-neta”. – disse Mestre Mateus.
— Nosso Deus! Como vocês duas cresceram, Liu e Júlia! – disse senhora Susana. – Eu ainda me lembro que vocês duas ficavam brigando na escola luminosa Joanne Fernandez, deixando a pobre diretora Hulda uma fera ungida. Aiai que saudades daquele tempo!
— Vocês duas viviam brigando por cada besteira! Meu Deus! – disse Lee Marcos.
— Eu me lembro uma vez que vocês duas começaram a dizer que “Não, a China é melhor!” e a outra “Não, o Japão é melhor” e daí Lee disse “Suas bobas,
Brasílius é melhor”. Há há há! Ai meu Yesu! – disse senhor Jiung, rindo como a um menino.
— Eu precisei fazer uma reunião na EECAMP por conta disso, você se lembra Jiung! O negócio ficou sério entre as duas... Soltando rajadas de jade ungida de um lado e metais sagrados do outro! Meu Deus, foi difícil mostrar pra essas duas que, para Yesu e o Seirei, o Espírito Santo, nacionalidades não tem a menor importância! – disse Mestre Yamatsu.
— É verdade... – suspirou Liu Chan. – Bons tempos aqueles! Saudades dela! Acabou se tornando a minha melhor amiga, no final! Lutamos juntas para derrotar aquela horda de possessos, que tentavam matar uma criancinha, há três anos atrás! Aquilo mudou as nossas vidas, para sempre. Eu decidi que queria estudar mais, virar uma professora e ensinar outras pessoas, como o Mestre Yamatsu, e ela decidiu que queria ser uma heroína, uma Defensora de Almas. Foi tenso! Mas glória a Deus por aquilo.
— Eu tenho saudades dela também... – disse Lee Marcos. – Ela vivia me dando uma surra nos treinos! Meu Yesu!
— Eu ouvi falar que vocês dois namoraram por um tempo. É verdade? – disse senhora Susana.
Ao escutar aquilo, Lee Marcos ficou mais vermelho do que uma maçã argentina e tentou enfiar o rosto num buraco. Todos começara a rir, até chorar. Liu Chan respondeu por ele, dizendo:
— Eles namoraram sério por quase dois anos! Mas não deu certo... Não era da Vontade de Deus.
— Eu não quero sair de Campinus. – disse Lee. – Eu amo esse lugar! Eu nasci aqui e vou morrer aqui, se Yesu permitir. Ela, a “Lighting”, queria viajar o mundo, o universo, se deixassem. Ela queria “cumprir o destino dela”, como ela costumava dizer. Por isso mesmo não deu certo, mas era da Vontade de Deus, com certeza, que a gente não ficasse junto.
— Com certeza foi intenso e ungido! O Lee foi batizado no Espírito Santo por causa da “Lighting”! – disse Liu, empolgada.
Ao ouvir aquilo tudo, senhor Jiung levantou uma dúvida, dizendo:
— Ah uma questão que tenho há anos: porque vocês a chamam de “Lighting”, com esse sotaque americano, e não de Laiting?
Ao ouvirem aquilo, Lee e Liu se entre olharam e começaram a rir. Logo, Liu Chan respondeu:
— Tá, isso foi culpa minha mesmo. Era um apelido, que eu coloquei nela na época da escola! Hoje virou um apelido carinhoso, mas, naquele tempo, nem tanto.
— Lighting é o nome da mulher do Capitão Thunderholy, um super herói gospel dos Quadrinhos e da televisão. Era uma personagem linda, forte, cheia da unção e que possuía poderes de luz. Daí o nome dela ser “Lighting”. – disse Lee Marcos.
— E como Laiting e Lighting são muito parecidos na hora de se pronunciar, o apelido pegou. – disse Liu e começou a rir, do nada. – O problema foi quando eu comecei a falar que o filho do casal Holyblessed, o Dante Ray, era o Thunderholy e ela era a Lighting, esposa dele! Há! Ai meu Yesu! Ela ficou uma fera ungida, foi uma briga feia naquele dia! Isso faz o que, uns seis anos?
— Por aí. Uns seis, cinco anos. O tempo passa muito rápido! Ai meu Deus... – disse Lee, rindo. – “Capitão Thunderholy e sua esposa Lighting voam juntos, na luta contra o mal”. Há há! Ela odiava quando os meninos falavam isso perto dela e do Ray!
— E eles dois tinham alguma proximidade ou algo assim? – disse senhora Susana.
— Tinham nada! Dante era muito pequeno e muito avoado! Ele amava ser chamado de Capitão Thunderholy, mas porque ele sempre foi meio nerd. Nada romântico, pode ter certeza disso! Ainda mais porque eu passei a dar aula pra ele e o conheço muito bem! – disse Lee Marcos, enxugando as lágrimas de tanto rir.
— A conversa está muito boa mas, está na hora da sobremesa! Vou lá trazer. – disse senhor Jiung, levantando-se.
Todavia, assim que ele estava rumo à cozinha, de repente, a energia elétrica acabou, deixando o restaurante no escuro. Todos levaram um baita susto e senhor Jiung começou a tatear os móveis, em busca de uma lanterna ou vela. Liu Chan, por sua vez, uso seus poderes e criou uma lâmina de jade fosforescente, que ajudou um pouco a enxergar naquele breu. Lee Marcos achou aquilo muito estranho, pois nunca faltava luz elétrica naquele bairro, só quando os dominadores de eletricidade ficavam em greve. Foi quando Liu Chan, graças aos seus demais poderes, ouviu um som estranho e, apavorada, criou uma barreira enorme de jade luminosa, gritando:
— Abaixem-se!
— Mas o que?! – gritaram todos, pasmados.
Repentinamente, os vidros frontais do restaurante foram todos quebrados por lâminas voadoras mortais, como se fossem facas ou kunais. Elas foram em direção
das famílias de Mestre Yamatsu e senhor Jiung, mas foram rebatidas pela barreira de jade feita por Liu Chan. Mas foram tantas lâminas disparadas que até pareciam ser rajadas de pistolas ou outro tipo de arma de fogo. Além disso, as lâminas pareciam estar envenenadas. Contudo, o ataque não veio apenas pela frente, mas pelos lados e por de trás, nos fundos do restaurante. Por conta disso, Liu Chan criou uma redoma em torno de todos, feita de jade ungida, e os direcionou até o interior do restaurante, passando por um corredor largo, entrando na câmara do dojô de artes marciais da família Feng. Com isso, a chuva de facas cessou. Fez-se silêncio e tudo estava muito escuro. Entretanto, quando foram notar, ambos estavam cercados por um grupo de ninjas, shinobis assassinos, vindos do Japão. Eles sacaram suas espadas e começaram a atacar a estrutura de jade, criada por Liu Chan, na tentativa de destruí-la, mas sem sucesso. Até houve um deles que dominava terra, e uma outra que dominava fogo, mas não puderam repelir o domo de jade luminosa. Enfim, Liu Chan usou sua dominação de vento ungido e atirou todos os ninjas ao chão. O plano de Liu Chan era levar o domo para fora e chamar a polícia luminosa, o quanto antes. Todavia, ela foi interrompida por um ataque fulminante, de uma espada obscura diabólica, que foi capaz de destruir seu domo e quase nocautear a todos, ali presentes, tamanho era a sua força sinistra. Jiung, Lee Marcos, Liu Chan, Senhora Susana e Mestre Mateus Yamatsu estavam caídos no chão do dojô, quase desacordados, cercados por um grupo de ninjas assassinos das trevas, indefesos e de forma covarde. Sendo assim, Sr. Jiung colocou-se de pé e disse:
— Quem são vocês e como ousam invadir o meu restaurante, a minha casa, e tentam machucar a minha família e meus amigos?!
CLÃ SHADOUKARASU
Então, um dos ninjas, que parecia ser o líder, que possuía longos cabelos grisalhos, e portador de uma longa espada japonesa de lâmina obscura, que até lembrava uma pena de ave, chegou mais perto de senhor Jiung e, pedindo um pouco mais de luz para uma das dominadoras de fogo de seu grupo, respondeu:
— Eu sou Akatsu Otomo, líder do clã shinobi obscuro Shadoukarasu, “O Corvo das Sombras”. Minha intenção não era invadir seu restaurante, senhor Jiung, mas destruir a EECAMP e matar seu mestre, Mateus Marcos Yamatsu. Minha filha, Nakata Otomo, o Pardal das sombras, deu cabo de alguns de seus seguranças e ateou fogo na sua escola de espadachins, por falar nisso.
— Meu Jesus, não! – disse senhora Susana, apavorada.
— Porque? Porque está fazendo isso? Porque quer me matar e queimou meu instituto?! – disse mestre Mateus, irado. – O que eu fiz para você, homem?! Eu nem sequer te conheço!
— Conhece sim, mas essa máscara dificulta reconhecer, até mesmo, a minha voz. – disse Akatsu e retirou sua sinistra mascara, revelando seu rosto japonês, de um homem de uns sessenta anos, mas muito bem conservado. – lembra-se de mim agora, mestre Yamatsu?
Ao ver aquele rosto, agora mais velho, mestre Mateus pasmou-se muito e pediu a Deus misericórdia. Jiung também o reconheceu e disse:
— Você! Sim, você é aquele homem de uns vinte anos atrás, enviado pela imperatriz do Japão, do clã dos ninjas Kiranoken! Mas você foi derrotado e liberto, num duelo contra meu amigo, Mestre Mateus. Então, é disso que se trata: vingança?
— Sim, e não, meus caros e velhos amigos! – disse Akatsu, dando voltas pelo dojô. – Naquele tempo, eu fui contratado pela minha Kogo Ryoko, minha imperatriz, para matar todos os desertores e todos aqueles que estavam ensinando artes marciais japonesas de forma blasfema! Usando as artes dos antigos Bushi para pregar o Evangelho de Yesu, assim como esse mesuchisu, esse mestiço, estava fazendo e ainda o faz! Mas, naquele tempo, eu era apenas um mercenário e lutava por dinheiro e fama... Por isso fui derrotado e liberto. Aquilo abriu os meus olhos para a real ameaça dos Akarui, luminosos. Foi quando eu conheci minha esposa e me tornei o sucessor do clã de meu sogro, os Shadoukarasu, me tornado, também, portador da Espada do Corvo Sombrio, uma das treze armas profanas de Lorde Lutiférius. Desde então, eu me tornei um devoto fiel de minha imperatriz Ryoko Onokami, que ordenou que meu clã fosse atrás de todos os traidores cristãos, que fugiram do Japão e tentaram imitar o exemplo da ilha Kyushu, tornando-se rebeldes ao seu dever de adorar a Imperatriz e preferiram adorar ao Deus Cristão. Todo aquele que desejar seguir o exemplo de Shiro Amakusa deverá ser aniquilado, em nome de Ryoko Onokami! E vocês, Yamatsu, são os piores de todos os traidores, pois pertenciam ao mais elevado clã de Bushi, de samurais imperiais, com o mais elevado dever de proteger sua imperatriz. Mas, decidiram trocar essa honra eterna por Yesu Kirizutu, e esse pecado nunca, jamais, será perdoado! – terminou ele, brandindo sua espada obscura, decidido a decapitar mestre Mateus. – Então, hoje, nesse dia tão sombrio para todos vocês, decidimos fazer um acordo com a Lady Kagenoken e Lady Catrina, para entrarmos em Brasílius e dar cabo à nossa missão de assassinar todos os Yamatsu traidores! Começando com você, Mateus, depois com seu primo, Nobiro, e todos os demais, escondidos nesse vasto país!
— Meu Jesus! Não faça isso, por favor! Nós não fizemos nada de errado! – disse senhora Susana.
— Eu sinto muito, josei, mulher, mas agora é tarde demais para lamentar! – disse Akatsu e ordenou que um dos seus shinobi dessem uma espada luminosa, uma katana, para mestre Mateus. – Agora, fique de pé e lute, como um Dansei, um homem!
— Que assim seja, por Yesu! – disse Mestre Mateus Yamatsu e ficou de pé, dando glória a Deus, para verificar se a pesada era, de fato, luminosa. Logo, a lâmina reluziu, pois era feita de tanákhio puro.
Portanto, todos se afastaram dos dois, que ficaram em posição de combate samurai. O momento era extremamente tenso, um olhava para o outro, como se fossem dois leões selvagens. Repentinamente, os dois partiram, um pra cima do outro, começando um veloz duelo de espadas. As lâminas se bateram, se arrastaram, soltando faíscas, bateram no ar vazio, atacaram e rebateram uma a outra, até que Mestre Mateus cometeu um leve deslize, permitindo que a espada do corvo sombrio o atingisse, de leve, em uma de suas costela, o levando ao chão, imediatamente. Mestre Yamatsu estava em agonia, e sua esposa se jogou sobre ele, para tentar impedir que ele fosse executado. Ao ver aquela cena dramática, Lee Marcos sacou um bastão de tanákhio e eletricidade e atacou um dos ninjas, o libertando, permitindo que Akatsu se distraísse. Sem perda de tempo, Liu Chan Feng criou uma Tai Shi Jian de jade luminosa ungida (ou uma espada chinesa de jade ungida) e avançou, para defender seu mestre cristão. Ela lutou contra Akatsu, por alguns segundos, mas sua espada não suportou o poder sombrio do Shadoukarasu e se partiu ao meio, fazendo Liu cair ao chão, ferida no ombro esquerdo. Lee Marcos tentou defender sua irmã, mas levou um golpe de faca, pelas costas, de um dos ninjas. Senhor Jiung tentou socorrer seus filhos, mas quase foi morto. Todos estavam, de novo, caídos, ao chão, e muito feridos e envenenados. Aquele parecia ser o fim de todos, misericórdia Senhor!
— Seus tolos fracos! Sua fé em Yesu é débil! – disse Akatsu, irado. – Agora, vou lhes dar uma última chance de viver: neguem seu Kirizutu, seu Cristo, e adorem a minha Imperatriz, Ryoko. Agora mesmo!
Então, todos os feridos, mesmo fracos, se colocaram de pé e, em uníssono, disseram “Nunca iremos negar a Jesus, nunca!”. Diante daquilo, Akatsu sentiu-se ainda mais furioso e, levantando sua espada sombria, disse:
— Sendo assim, vou mandar todos vocês para Sora No Yesu!
Contudo, quando a lâmina obscura iria matar a todos ali presentes, algo sobrenatural aconteceu: uma ventania descomunal surgiu, do nada, derrubando as janelas e parte das paredes do dojô, jogando todos os ninjas ali presentes contra a parede, até mesmo quebrando algumas delas. A mesma ventania foi capaz de segurar Mestre Yamatsu, senhora Susana, senhor Jiung, Liu Chan e Lee Marcos e os puxou para fora, no meio da rua. Mas não parou por aí, pois simplesmente sem mais nem menos, começou a chover lâminas de tanákhio, sobre o dojô Feng, que libertaram quase todos os ninjas ali presentes. Os demais tiveram que sair a correr e a saltar, para não serem derrotados e libertos. O único que foi atingido mas manteve-se firme foi o líder, Akatsu Otomo, que gritou de ira e deu um salto enorme para fora, em busca de quem o atacou.
— Vamos! Covarde! Revele-se! – gritou ele.
— Ah então é assim, não é? – disse uma voz feminina no horizonte. – Vocês podem atacar minha família e meus amigos assim, do nada, de forma covarde, mas eu não posso? Oras! Seu hipócrita! Pelo menos eu não estou matando vocês, só estou libertando vocês para Yesu!
Liu Chan escutou aquela voz no ar e ficou curiosa, dizendo:
— Espere um instante... Eu conheço essa voz!
— Revele-se! Ou irei matar esses seus “amigos”, agora mesmo! – gritou Akatsu.
— Pois bem! Se é assim que você quer... Glória a Deus! – disse ela e desfez a técnica “corpo de vento”.
De repente, surgiu um verdadeiro redemoinho e, depois de desfeito, lá estava ela, em forma humana novamente: Júlia Laiting Yamatsu, a Defensora Japonesa.
— Glória a Deus! Lighting! – gritou Liu Chan, alegre.
— Por Yesu! É a Laiting! – disse senhor Jiung.
— Graças a Deus! – disse senhora Susana.
— Lighting! Obrigado Yesu! Obrigado! – disse Lee Marcos.
— Minha prima-neta? Ela está aqui? – disse mestre Mateus, muito ferido e fraco.
— Sou eu sim, meus amados! Perdão pela demora e pela ausência... – disse Júlia, ignorando completamente seu oponente. – Eu estava trabalhando quando recebi uma profecia de que vocês corriam risco de vida! Vim o mais rápido que pude. Oh Yesu! O meu primo está ferido? Vocês parecem que estão passando mal, ou algo assim?!
— Foi esse ninja maluco, filho do capiroto! A espada dele é envenenada! – disse Liu Chan. – Precisamos de um hospital luminoso pra ontem, Lighting.
— Grr! Já falei que meu nome é Laiting, não Lighting! Raios! – disse ela, irada.
Vendo toda aquela cena, Akatsu não acreditou que estava sendo ignorado, e soltou um grito de fúria mortal. Depois disso, ergueu sua espada do corvo profano e avançou, com a intenção de decapitar Laiting. Contudo, para cada golpe, cada ataque, Júlia conseguia se esquivar com perfeição, usando dominação de vento e metal. Laiting era muito mais veloz do que seu oponente. Nenhum dos ataques de
Akatsu sequer arranhavam o sobretudo branco de Júlia, que dava glória a Deus e sorria, sempre que possível. Então, numa tremenda velocidade, Laiting sacou sua katana ungida de tanákhio e atacou, em cheio, seu oponente, o fazendo cair de joelhos ao chão, quase liberto. Ao ver aquilo, a filha de Akatsu, Nakata Otomo, que estava escondida, vendo toda aquela situação ao longe, surgiu do nada, de um salto, tentando matar Laiting por trás. Porém, ela foi impedida pelas lâminas de jade, disparadas por Liu Chan, que quase libertaram a filha do assassino. Ao ver aquilo, Akatsu irou-se, mais uma vez, e tentou ficar de pé, dizendo:
— Vão pagar por terem tocado em minha kodomo! – e levantou a espada obscura, dizendo. – Pelas trevas de Hellman! – Então, uma onda de fumaça e escuridão, fundida com penas de corvos, saíram de dentro da espada e tomaram conta do corpo de Akatsu.
— Misericórdia, por Yesu! – disse Laiting e afastou-se, de prontidão.
— Agora vocês todos vão morrer! – disse Nakata, ainda ao chão. – Hum, Yesu, não!
De dentro da nuvem sombria, Akatsu gargalhava, até que ele surgiu, revestido
por uma tremenda e medonha armadura sombria, realmente obscura, com formatos artísticos complexos, que remetiam aos corvos. E a espada estava maior e mais mortal. Logo, colocando-se em posição de ataque, Akatsu Shadoukarasu disse:
— Agora, sua mesuchisu no Akarui kirisutokyoto, prepare-se para conhecer o seu Kami!
— Pode vir, servo do capiroto! Yesu Kirizutu é o meu Kami! E Seirei está dentro de mim! – disse Júlia Laiting, cheia da unção de Deus.
— GRRRRAAARRGGHHH! – Gritou o monstruoso Akatsu e voou, pra cima de Laiting, com ataques de espada muito mais velozes e mortíferos.
Júlia Laiting, por sua vez, usou todo o poder que Deus lhe deu para ser tão veloz quanto seu adversário, contra-atacando cada espadada desferida contra ela, e desviando-se de um ataque ou outro. O duelo era feroz e frenético, deixando todos os espetadores tensos, em oração. Akatsu havia se tornado um verdadeiro demônio, mas Laiting havia encarnado um tremendo arcanjo, fundindo sua katana com fogo do Espírito. Por quase três minutos a fio, os dois duelaram, sem um conseguir ferir o outro, lâmina contra lâmina. Contudo, em dado momento, Akatsu Shadoukarasu deu um tremendo salto e atacou, com toda a sua força diabólica e conseguiu partir a katana de Laiting ao meio, a fazendo ter de segurar a lâmina sombria com a mão esquerda, para não ser partida ao meio. Ao ver aquilo, todos se desesperaram. Liu Chan gritou “Ah Yesu! Não! Lighting!” e todos gritaram de dor. Akatsu, porém, rindo por dentro daquela máscara profana, disse:
— Você fracassou, filha de Nobiro Yamatsu! Sua espada foi destruída! Agora é só questão de tempo, até eu cortar a sua cabeça! No final, seu Kami te abandonou... Há!
Todavia, cheia de unção e ira santa, Laiting largou a espada partida, que estava em sua destra, e decidiu segurar a lâmina do corvo sombrio, com as duas mãos, usando o poderoso “corpo de tanákhio” ungido. Seus olhos começaram a reluzir, como se o Céu estivesse dentro deles, deixando Akatsu pasmo. A seguir, Laiting levantou-se e ficou de pé, sem largar a lâmina obscura. Então, repleta de uma unção maior a 1000 Michaels de poder luminoso, Júlia Laiting Yamatsu gritou “Por Yesu Kirizutu” e destruiu a espada das trevas, com as suas próprias mãos! Eita Glória!
— NANI!?! – Gritou Akatsu, desesperado.
— Não! Impossível! – gritou Nakata.
Ao destruir a lâmina, Laiting libertou um tremendo poder, que causou uma tremenda explosão, os atirando ao chão, ela e Akatsu, mas em direções opostas. A espada do corvo sombrio foi quase que completamente destruída, sobrando apenas parte da lâmina superior. Por conta disso, a armadura das trevas se desfez e Akatsu ficou caído ao chão, saindo luz de seus olhos e de sua boca. Por fim, Akatsu foi liberto e derrotado, para a glória de Yesu. Ele começou a chorar e a se remexer no chão, pedindo perdão a Deus pelos seus pecados. Laiting, contudo, parecia estar ferida e desmaiada, permitindo que Nakata, a filha do vilão, pegasse o que sobrou da espada das trevas e tentasse matá-la, de forma covarde. Entretanto, ela foi detida por Liu Chan, mais uma vez, que segurava uma Jian de jade, dizendo:
— Em Nome de Yesu, fique longe dela!
Diante daquela derrota, Nakata deu um grito e deu um enorme salto, fugindo, pulando de um telhado para outro. Naquele exato momento, um relâmpago reluziu no céu, como se revelasse que haviam vencido, finalmente, mas que aquela garota viria a dar trabalho, no futuro. Mais alguns minutos depois, mais um relâmpago, que caiu na região da Mansão Holyblessed, fazendo com que Laiting tomasse um baita susto, despertando. Sua amiga a acalmou, dizendo:
— Calma! Calma! Você venceu, Lighting! Graças a Yesu, você venceu!
— Foi Yesu quem venceu, Liu! – disse Laiting, tentando ficar sentada. – Ai meu braço! Hum! Isso dói! Yesu sabe que foi Ele quem venceu.
— Venha! Vou te ajudar a se levantar. – disse Liu Chan. – Dentro de casa tem uns frascos de nitrato de luz, que podemos tomar, para curar nossos ferimentos e os efeitos do veneno. Rápido!
Assim sendo, Liu Chan usou sua dominação de jade e criou plataformas especiais, como macas, levando a todos de volta para dentro de sua casa. Uma vez acomodados, Liu Chan pegou os frascos de nitrato de luz e ministrou algumas gotas para cada um dos feridos. Graças a Deus, em menos de uma hora, todos estavam bem, com os ferimentos curados e o veneno desfeito. Os braços de Laiting, que estavam muito doloridos, também foram completamente restaurados, graças a Jesus. Enfim, todos se abraçaram e choraram muito, dando glória a Deus por estarem vivos, estarem bem.
Então, quando menos esperavam, uma hipernave pairou sobre a casa de senhor Jiung Feng. Quando ele notou, estava cercado por agentes luminosos da ASL.
DESFECHO DO CONFRONTO
Muitos agentes da ASL surgiram, do nada, e pediram licença para senhor Jiung, e prenderam todos os ninjas libertos, incluindo o líder Akatsu. Um dos agentes, que parecia ser o líder daquela equipe, um homem negro, musculoso e sério, usando um traje militar azulado, chamado de Tenente Calebe Jideon disse-lhe:
— A ASL lamenta o ocorrido e irá ressarcir qualquer eventual dano causado a sua residência, senhor Feng. Infelizmente, fomos hackeados! A família Holyblessed também foi atacada e raptada. As cidades de Janeirópolis e Saint Paul estão sendo atacadas pelos lordes sombrios, nesse exato momento. Nosso país corre um sério risco de ser tomado pelos servos de Hellman, e estamos fazendo o possível para impedir, senhor Feng. Outros países também entraram nessa “guerra espiritual no mundo natural”, entre luminosos e sombrios, por conta de um plano mirabolante de uma organização chamada de “Os Blackers & Darkers”. São verdadeiros terroristas e assassinos! Eu louvo a Deus pela vida de todos vocês, e pela vida dessa Defensora de Almas, Júlia “Lighting” Yamatsu, que os protegeu no final, obrigado Jesus por isso!
— É Laiting e não “Lighting”, mas deixa pra lá! – disse ela.
— O senhor está precisando de mais alguma coisa senhor Jiung? Temos nitrato de luz, se precisar. – salientou o agente Calebe.
— Não! Graças a Yesu, nós estamos bem agora, mas muito obrigado por ter vindo e levado esses ninjas pra longe daqui! Que Yesu tenha piedade dele. – disse Jiung Feng. – Ah o senhor toma chá?
— Oh não! Obrigado, mas eu não posso comer em serviço. Mas muito obrigado pela hospitalidade! Estamos ali na Mansão Holyblessed, se precisarem de nós! – disse agente Calebe e retirou-se. Depois virou-se para seus homens e disse. – Vamos agentes luminosos! Levem esses ninjas assassinos para bem longe daqui! Os demais, comigo. Vamos fazer a limpa na mansão, em busca de sobreviventes ou reféns.
— Sim, senhor, Tenente Calebe! – disseram os agentes e obedeceram.
Depois daquele susto terrível e daquela luta mortal, tudo o que Laiting e seus amigos queriam era uma boa noite de sono. Mas, todos ainda estavam muito abalados, com aquilo tudo. Mestre Mateus aproximou-se de sua prima-neta e disse-lhe:
— Que Yesu te abençoe, minha querida! Muito obrigado, por ter salvado nossas vidas! Ah como você evoluiu em seu treinamento! Lutou como a um arcanjo.
— Que Yesu te abençoe, mestre Mateus! Ah que Yesu te abençoe! Hum... Como eu gosto desse nome, Mateus! – disse Laiting e o abraçou.
— Ah ai! Eu preciso de férias! – disse Lee Marcos.
— Então, Lighting, qual é o nome do rapaz, hein? – disse Liu Chan, do nada. Júlia irada, virou-se para ela e disse:
— Ah fala sério, vai Liu! Eu quase morri, e você ainda fica me chamando de “Lighting”, e quer saber o nome do meu namorado?! Ah conta outra! Vê se eu tô na esquina.
Todos caíram na gargalhada santa, louvando a Deus por estarem vivos.
Contudo, conforme senhor Jiung ficou curioso com as últimas notícias, decidiu ligar a televisão, em um canal luminoso cristão, de notícias, para saber se aquilo que Calebe era verdade. E, quando ele o fez, ficou horrorizado com o tamanho da destruição causada pelos sombrios, na Base dos Defensores de Almas, em Saint Paul City. Todos que viram aquelas imagens, aquela notícia ao vivo, ficaram chocados e com medo. Era um cenário de guerra. Mas, o que fez com que Laiting ficasse de pé, pasmada, foi quando as câmeras flagraram uma hipernave sobrevoando o local do combate, usando o logo dos DESP, disparando poderosos raios de luz contra os tanques inimigos, libertando-os. Ela também conseguiu avistar Alberto Montanha usando sua dominação de terra para virar os tanques de ponta cabeça. Ela viu todos lutando, tentando ganhar tempo, para os demais Defensores de almas escaparem com vida, no subterrâneo. Contudo, ela não viu seu amado Mateus DiCristh. De repente, Laiting sentiu um aperto em seu coração e disse:
— Eu preciso ir! Preciso voltar e ajudar meus amigos! Eles precisam de mim!
Ele precisa de mim!
— Mas, você acabou de chegar, Júlia. – disse mestre Mateus.
— Você quase morreu, minha filha! – disse dona Susana.
— Ao menos coma alguma coisa! – disse seu Jiung.
— Tome um gole de água, descanse, depois você vai, Lighting. – disse Liu Chan.
— Não! Eu preciso ir! Eu sinto muito! Mas, eu volto, assim que tudo isso acabar, em Nome de Yesu. – disse Laiting, decidida.
— Já sei qual é o nome dele! – disse Lee Marcos, do nada. – É Mateus. Acertei?
Júlia Laiting pasmou-se, escutando aquilo dos lábios de Lee Marcos, seu ex-namorado. Ela apenas acenou com a cabeça, em sinal de confirmação.
— Mas, como você sabia? – disse Liu Chan.
— Ela acabou de dizer isso pro mestre Mateus Yamatsu. Ela tem esse “problema”, namorar servos de Cristo com nomes de apóstolos! Lembra do pastor de jovens, o Tiago? – disse Lee Marcos. – Eu sei como você se sente, Laiting. Quando você ama alguém, como Yesu ama a Igreja, é difícil e doloroso. Então, vá! Ajude seus amigos e resgate seu amado Mateus. Mas, vê se volta, pra gente continuar te chamando de “Lighting’, viu!
— Em Nome de Yesu! Amém! – disse Júlia, em prantos, e o abraçou, e depois abraçou a todos.
Por último, ela abraçou sua melhor amiga, Liu Chan, que disse-lhe, por fim:
— Nós vamos orar por você, Lighting! Vá com Seirei!
— Amém! Amém! E muito obrigado por tudo! E perdão pela demora! Eu vou voltar, em Nome de Yesu! – disse Laiting.
Assim, Júlia Laiting olhou para o céu estrelado, daquela noite sinistra, deu glória a Deus e voou, mais uma vez, usando dominação de metal e vento. Ela voou, de volta para Saint Paul City, para resgatar seus amigos e seu amado DiCristh.
— Júlia “Lighting” Yamatsu... Até que soa bem! Tenho que admitir. – disse ela, enquanto voava.
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