Crossverse: Os Lordes Implacáveis CAPÍTULO NOVE
UM ANO DEPOIS
Julho de 1987, Brasílius – Spiriktworld.
Roberta Anna Espiritual conversava com sua amiga, Mariane Sintra, dentro da nova base dos Lordes Implacáveis, no centro da cidade de Saint Paul. Billy e José estavam organizando algumas caixas e alguns móveis, mais ao fundo do local, que era uma espécie de prédio abandonado. José Super Crente havia reformado o edifício, de quatro andares, reforçando as bases, levantando um muro melhor e mais alto, além de rebocar e pintar, com maestria. Roberta instalou sistemas de ar condicionado e melhorou os banheiros, além de trazer alguns móveis e eletrodomésticos. Mateus DiCristh havia instalado o sistema de defesa e campo de força e Júlia Lighting organizou o andar dos treinos, com tatame e tudo mais. A intenção era montar uma base, um refúgio, um local de reuniões e cultos a Deus. Na verdade, aquele lugar seria um marco zero para os Lordes Implacáveis, que é como as pessoas passaram a chamá-los. “Eu falei que o nome iria pegar”, dizia Mariane, que já planejava seu casamento com José, mas com bem menos pompa. Billy comentava com José como quase virou comida de bicho, enfrentando um lorde sombrio romeno, e o super crente falava como foi difícil derrotar aquele cara medonho, que tinha um exoesqueleto invulnerável, chamado pelas pessoas de Skullrock. Espiritual escutou aquela conversa e meneou a cabeça, dizendo:
— Era só você jogar ele na água e pedir para os dominadores de água libertarem ele, oh José!
— E foi o que eu fiz, depois de quase meia hora de porradaria intensa! – disse
José.
— Ele é meio lento, às vezes, mas tem um bom coração! – disse Mariane. – Da próxima vez, pede a minha ajuda, oh grandão!
— Amém! – disse José.
— E quando vocês dois vão casar, falando nisso? – perguntou Billy. Mariane e José se entre olharam e responderam, juntos:
— Muito em breve!
Naquele exato momento, Mateus e Laiting chegaram ao local, trazendo mais algumas coisas, para eles comerem durante aquela semana. Júlia abraçou as amigas e Mateus seus amigos, dando glória a Deus. DiCristh estava impressionado com a destreza de José, que ficou feliz pela observação, creditando aquele talento a Deus e ao seu pai. Billy perguntou se estava tudo bem com os DESP, e Mateus perguntou se ele tinha notícias de seu primo louco, o Príncipe de Ferro, que reinou em Paradaisópolis por anos, mas que agora estava num CRL.
— Ah, eu vou visitar ele de vez em quando só. Ele me odeia! – disse Billy, meio triste.
— Fácil não! Sei como é ter um primo que se desviou, se tornando seu pior inimigo! – disse Mateus.
— Graças a Yesu que ele se converteu, né Mateus. O primo do Antônio, infelizmente, ainda não. – disse Júlia Laiting.
Billy escutou aquele comentário de Laiting e ficou pasmado, não pelo tema delicado, mas por conta de um nome: Antônio. Por conseguinte, ele virou-se para Roberta e disse:
— Ah Anna! É sério isso?! Você falou pra todo mundo que meu nome, de verdade, é Antônio? Qual é?!
Mariane caiu na gargalhada, mas tentou se conter. Roberta, por outro lado, respondeu:
— Qual é o problema, Antônio? Esse não é seu nome de verdade? Deveria estar orgulhoso, e não com vergonha! Não é Lighting?
— Eu não digo nada! – disse Laiting.
— Ah tá bom! Só Jesus na causa! – disse Antônio. Digo, digo, Billy. – Ah, fala sério, oh narrador! Até você? Tão vendo o que eu tenho que aturar, leitores? Só pela misericórdia mesmo! Tô ficando com saudade dos meus irmãos, os Holyblesseds.
— Ah se tá achando ruim, a porta de saída é por ali, olha. – disse Roberta. E todos riram.
— Ah, querem saber? Eu senti falta disso! – disse Mateus. – É uma pena que você não tava com a gente, na primeira vez, oh Billy. Foi tenso, mas foi épico!
— Tenho que admitir, mas foi mesmo! – disse Lighting. – Quando teremos mais uma batalha tensa, como aquela de um ano atrás, oh profetisas?
— Em breve, Lighting, em breve! Fica em oração e jejum, que o negócio vai ser brabo! – disse Mariane, empolgada.
— Amém! – disse José.
— Bem, pessoal, vamos voltar ao trabalho? Ainda tem muita pra gente arrumar aqui ainda. Oh Mateus, você poderia dar uma olhadinha na parte elétrica do prédio? Tem umas luzes piscando e umas tomadas que não funcionam. – disse Lady Espiritual.
— Sim senhora! – disse Mateus.
— José, ajude a Mariane com a decoração e os móveis mais pesados. Ah sim, mude aquela geladeira de lugar, por favor, para entrar mais luz por aquela janela. – salientou Roberta Espiritual.
— Eu vou dar uma limpada na garagem, lá embaixo. – disse Laiting.
— E eu, faço o que agora? – disse Billy.
— Você vai vir comigo, para o andar de cima, dar uma verificada nos sistemas de comunicação que eu adquiri do seu primo Jackssom. Venha logo, e nada de confusão! – disse Espiritual.
— Opa! Só se for agora! – disse Billy e a seguiu, feliz da vida.
E, assim, o dia se seguiu, com mais coisas para organizar, na mais nova base dos Lordes Implacáveis. Uma equipe de heróis novinha em folha, pronta para desafiar o Abismo, se fosse preciso, para ganhar uma alma para Jesus Cristo. e, os novos agentes sombrios da cidade sabiam disso, e estava fazendo de tudo para passar bem longe deles.
Enquanto eles trabalhavam, os noticiários locais avisavam que Lorde Valentino estava de volta à cidade, depois de ter sido “inocentado” de todas a acusações de genocídio que haviam recaído sobre ele, há um ano atrás. Eles também citaram que alguns astrônomos avistaram corpos celestes estranhos, próximo à atmosfera do planeta Terra (Spiriktworld). Alguns falavam que poderiam ser óvnis, mas os céticos diziam que eram apenas meteoritos. Também citaram que a Europa ainda estava se recuperando do ataque dos darkcroulers, e que a ASL estava caçando os Blackers e Darkers feito gato e rato. A última notícia citou a situação pacífica da cidade de Janeirópolis e do Morro, e como a Justiceira Santa havia mudado, para sempre, o destino da cidade maravilhosa, para a glória de Cristo. Então, quando ninguém estava olhando, a televisão começou a fazer uns sons estranhos, uns chiados, até que surgiu um rosto verde, de uma mulher, como se fosse feita de dados de computador, dizendo:
— Alô? Lordes Implacáveis? Alô? Tem alguém aí? Meu Yahweh! Eu preciso avisar vocês, todos vocês! Estão todos correndo grave perigo de vida! Todos em Brasílius, em Spiriktworld, nas Sete Terras! Por favor, alguém aí me escute?! Ela está chegando... Os heróis de Janeirópolis não vão dar conta de enfrentá-la! Eu não posso derrotar minha irmã Vermelha sozinha! Preciso de vocês, em Nome de Jesus! Me ESCUTEM! – e parou, do nada.
Quando José chegou para ver que barulho estranho era aquele que a televisão estava fazendo, notou que era, apenas, um comercial de um filme gospel novo, que iria lançar aquela semana, de 1987, nos cinemas de Saint Paul City.
— Ah não é nada não! É só aquele trailer daquele filme do pastor que morre e vira um robô, um ciborgue, sei lá! Como é? “Robôpastor”. – disse José.
— Oh José! Desliga essa porcaria, pelo amor de Deus! – disse Mariane, lá de longe.
— Hum! Tá bom. – disse ele e desligou a televisão. – Mas eu quero ver esse filme! – e voltou a trabalhar.
Mas, afinal de contas, quem era aquele ser misterioso, dentro da televisão? E o que ela desejava? E quem era o ser que ela chamou de “Irmã Vermelha”? Apenas saberemos em breve.
CONTINUA NO PRÓXIMO LIVRO DOS “LORDES IMPLACÁVEIS”.
FIM?
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