Crossverse: Os Lordes Implacáveis CAPÍTULO SETE
HERÓIS IMPLACÁVEIS
Dhemas, o senhor dos empedrados, era praticamente um monstro feito de pedra e rochas mais resistentes do que muito metal, em Spiriktworld. Ele era chamado, por alguns fãs, de “Homem Golem”, ou até mesmo “senhor dos Trolls de pedra”. Seu nível de defesa era lendário, quase 3000 Hells, além de sua super força, que era colossal, para um ser sombrio. Contudo, nada daquilo estava funcionando contra aquele tal de “José, o Super Crente”, que insistia em ser chamado, apenas, de “Crente Comum”. Todos os socos, chutes, pisadas titânicas, abraços de urso, golpes fulminantes dignos de lutadores de vale tudo, nada daquilo estava funcionando contra aquele rapaz ungido! “Isso não está acontecendo?! Ninguém pode ser tão indestrutível assim!”, pensava Dhemas. A cada soco que José levava, sem sofrer um só arranhão, ele sorria e dava glória a Deus, por ter achado um adversário à altura de sua incrível força. A batalha entre os dois brutamontes quase destruiu um quarteirão inteiro do bairro dos sombrios. Chegou num ponto onde Dhemas estava começando a ficar cansado, e foi quando sua queda iniciou:
— Bem, eu acho que agora eu posso ganhar você pra Jesus, não é verdade? – disse José, como se nada tivesse acontecido.
— Como?! – disse Dhemas, ofegante, sem acreditar naquilo que estava presenciando.
Então, José energizou um de seus punhos com luz e unção, desfechando um soco ungido de quase 3000M contra Dhemas, que viu parte de seu corpo de pedra ser rachado, indo parar a metros de distância dali, derrubando uma parede do subsolo, onde lutavam, numa estação de trem abandonada. Após isso, José virou uma máquina de socos ungidos, feito uma metralhadora, sem parar, desfechando centenas de golpes luminosos contra o corpo de pedra de Dhemas, que apenas conseguia se defender. As pedras do corpo de Dhemas eram duras e resistentes, feito aço, mas estavam sendo amassadas ou destruídas pelos socos cheios de luz de José, o Super Crente. E, para piorar, Dhemas não conseguia mais acertar sequer um soco em José, pois ele estava num nível de velocidade elevadíssimo. Chegou a um ponto que Dhemas precisou trapacear, pedindo ajuda para seus empedrados, que chegaram feito rinocerontes, caindo em cima de José, dando-lhe socos, chutes e
joelhadas, pelo menos uns cinco deles. O garoto ungido, ao invés de ficar preocupado ou irado, estava na verdade feliz, diante de tamanho desafio. Em questão de segundos, José os derrubou ao chão, disparando raios de luz em seus corações, os libertando daquela condição de empedramento. Dhemas viu aquilo e ficou furioso e tentou um último ataque covarde, saltando por trás de José, agarrando o seu pescoço.
— Aha! Te peguei, garoto! Agora é hora de você conhecer o seu Criador! Vou quebrar o seu pescoço!
— Mas, esse é o problema: eu já conheço o meu Criador, e Ele se chama Jesus! – disse José e desvencilhou-se, atirando Dhemas para fora do subsolo.
Então, quando o vilão pensou em fazer algum último movimento, viu José voando e disparando um tremendo raio de luz contra o seu coração, o libertando de sua doença da alma. As pedras começaram a cair de seu corpo e, por fim, Dhemas desmoronou, sobrando apenas o seu corpo humano comum, magro e fraco, mas liberto. Chorando mas, de certa forma, agradecido, Dhemas finalizou, dizendo:
— Muito obrigado, garoto! Que Jesus te abençoe! Muito obrigado. – e desmaiou.
— Você vai ficar bem! Você foi liberto! Agora, descanse! Daqui a pouco alguém vem pra te levar para algum CRL. Glória a Deus por isso! – disse José, feliz da vida.
Por conta disso, José voou e decidiu observar se algum de seus amigos estavam precisando de ajuda. Foi quando ele percebeu que os demais empedrados estavam furiosos, por causa daquilo que José havia feito. Logo, ele voou e prosseguiu em seu combate contra os corações de pedra. “Sejam libertos!”, gritou ele, enquanto soltava raios de luz das mãos.
Enquanto isso, Júlia Laiting duelava contra o capitão lobisomem, o capitão raposomem, o capitão leohomem e a capitã vampiro, enquanto Mateus duelava contra seu primo, Thiago, um andar acima. Eram quatro capitães das trevas contra uma única Defensora de Almas, mestra espadachim ungida. De verdade, quem estava com desvantagem ali eram os vilões, que nem sequer conseguiam arrancar um fio de cabelo de Júlia Laiting. Não iria demorar muito para ela derrotar e libertar seus oponentes. Nesse meio tempo, Lady Espiritual e Mariane Sintra subiam pelos elevadores do prédio, rumo ao último andar. Nenhum possesso ou agente sombrio ficou de pé, por onde quer que elas passavam, pois a unção divina que emanava das luvas douradas era poderosa demais. Roberta Espiritual bastava erguer uma das mãos e pronto, todos caiam ao chão, em prantos e pedindo perdão a Deus pelos seus pecados. Mariane estava pasma e empolgada com tudo aquilo, até que chegou em um corredor em específico, onde ela congelou. Lady Espiritual notou aquilo e iria voltar e perguntar o que estava havendo, até que ela mesma decidiu parar, repentinamente. Em seguida, Espiritual pressentiu o perigo, pelo Espírito Santo, e iria sacar sua espada dourada, quando ela, simplesmente, paralisou-se no ar, como
se o próprio tempo tivesse parado. De repente, apareceu um homem misterioso, usando um terno cinzento muito elegante, segurando algum tipo de pistola tecnológica em sua destra. Ele aproximou-se de Lady Espiritual e disse:
— Saber não é poder, não é verdade? Hum! Há! Sim, verdade, você sabia que eu iria aparecer, porque Deus te avisou, mas você também sabia que eu não iria deixar você fazer nada! Oh que triste. Ah e a sua amiga ruiva ali me sentiu antes de você, que pena. Uma pena mesmo ter que matar duas jovens heroínas luminosas tão belas quanto vocês duas, mas fazer o que né? Esse é o meu trabalho. Afinal, eu sou um Blacker! Eu fui pago para isso. Ah sim, antes que eu dispare isso em vocês duas, eu sou Timetrapper, com prazer. Meu poder consiste em criar uma bolha de tempo em um pequeno espaço físico. Do lado de fora, apenas um segundo, no máximo três. Aqui dentro, de dez a trinta minutos, no máximo. É uma “armadilha do tempo”, sacou? Daí o meu codinome, entenderam? Hum! Não? Ah que pena então! Pois bem, chega de perder tempo... Hehe! Vou começar com essa loira aqui! Diga que eu mandei lembranças. – disse ele e apontou o revólver laser na cabeça de Espiritual.
Contudo, de repente, um raio laser ungido foi disparado, acertando a mão direita do assassino Blacker e Darker, fazendo-o largar a tal pistola, pasmado. Quando ele percebeu, havia levado mais um tiro laser luminoso, que quase o libertou. Timetrapper não estava acreditando naquilo que seus olhos estavam vendo: Mariane Sintra não estava paralisada pela sua bolha de tempo. Na verdade, ela estava se movendo livremente, tanto que estava pronta para disparar mais um tiro e derrubar seu oponente, dizendo:
— Em Nome de Jesus Cristo, fique longe de minha amiga! – e disparou.
— Benção! – gritou ele e se jogou ao chão, pegando de volta sua pistola e disparando contra Mariane.
— Ah Benção de Deus! – disse ela, deixando o seu rifle laser cair ao chão, mas sem levar dano, por conta de seu forte campo de força.
Vendo aquilo, o vilão questionou:
— Mas, como? Até mesmo seu campo de força está funcionando? Essa bolha deveria afetar esse tipo de coisa! Apenas eu tenho liberdade de mover dentro da bolha do tempo! Apenas eu tenho poderes temporais aqui! – disse ele, furioso, e disparou mais dois tiros em Mariane.
— Jesus! – gritou ela e caiu ao chão, com o campo de força danificado.
Então, quando Mariane estava prestes a ser aniquilada pelo terrível assassino, ela sentiu uma poderosa unção surgindo do mundo espiritual, através do Espírito Santo, tomando completamente o seu ser, fazendo seus olhos reluzirem, com uma
tremenda luz dourada e intensa. De repente, Mariane estava de pé, segurando o rosto de Timetrapper, fixando seu olhar nele, dizendo:
— Seja liberto, em Nome de Jesus!
— Não! Impossível! – disse ele, deixando a pistola cair ao chão, enquanto dois poderosos feixes de luz dourada, que saíram dos olhos de Mariane, penetravam em seus próprios olhos, e em sua alma. – Ah Senhor Jesus! Ah não! Não! Jesus! Me perdoe!
Depois de quase um minuto, o vilão caiu ao chão, totalmente liberto, chorando e lamentando o dia em que nasceu. Por fim, os olhos de Mariane pararam de reluzir e ela voltou ao normal, desmanchando a bolha de tempo, permitindo que Lady Espiritual pudesse se mover novamente. Logo, depois daquela batalha estressante, Mariane sorriu e desmaiou. Ao ver aquilo, ainda chocada, Roberta correu e tentou acudir sua nova amiga, dizendo:
— Meu Jesus! Mariane! Pelo amor de Deus, Mariane! Fala comigo, sua abençoada ungida! Meu Senhor... Você foi usada por Deus para salvar a minha vida?! Meu Jesus! Eu ainda estou tentando entender o que ocorreu aqui.
Portanto, Lady Espiritual colocou a destra sobre a cabeça de Mariane e orou a Deus. As luvas douradas reluziram e Mariane despertou, mas ainda um pouco atordoada, dizendo:
— Misericórdia! O cara ali! Ele parou o tempo! Ele iria nos matar, mas eu conseguia me mexer, de alguma forma muito louca. Aí eu comecei a usar poderes que eu ainda não tenho! Poderes divinos, relacionados ao tempo e ao espaço! Depois, meus olhos ficaram cheios de unção divina e eu taquei toda essa unção e coloquei dentro daquele cara ali! E eu espero que ele aprenda a lição e nunca mais tente ferir as pessoas, por Deus. – disse ela, sem conseguir abrir os olhos.
— Meu Senhor da Glória! Você manifestou poderes que ainda não possui? Santo Deus! Isso foi um milagre! – disse Lady Espiritual, tentando colocar sua amiga novamente de pé.
— É, glória a Deus! – disse Mariane, ainda com as vistas turvas. – Acho que eu meio que entendi, mais ou menos, o que o Espírito Santo fez aqui: Ele permitiu que o meu eu do futuro emprestasse um pouquinho do seu poder divino para mim, aqui no passado. Daí eu consegui derrotar esse vilão maluco e impedir que ele te matasse. Hum! – disse ela, colocando uma das mãos em seus olhos, que ardiam.
— Você não poderá ficar usando esse poder antes da hora, Mariane. – disse Roberta Espiritual, preocupada. – Você ainda não está preparada para ter tanta unção passando por seus olhos. Poderá ficar cega, se fizer isso de novo!
— Na verdade, eu estou com cegueira temporária e com os efeitos de uma auto libertação. Glória a Deus! Misericórdia! – disse Mariane, se apoiando sobre os ombros de Lady Espiritual.
— Mas, de verdade, eu iria morrer ali, Mariane, eu senti isso. E, o pior de tudo, eu não poderia fazer nada para impedir. Mas, graças a Jesus, você estava aqui para me ajudar, para ser usada por Deus, para me salvar a vida! Que Jesus te abençoe, Mariane, do fundo de meu coração. Agora, vamos. Precisamos ajudar a Laiting. – disse Roberta, avançando a passos lentos.
— Há! Aiai! Eu tô me sentindo aqueles heróis de desenhos japoneses gospel, sabe. Sempre tem um herói de anime que fica cego! Ah você já assistiu aquele novo, acho que é “Os Cavaleiros de Cristo”? ou “Cavaleiros da Paz”, uma coisa assim? Ah, acho que virei uma personagem de anime cristão, huhu! – disse Mariane, sorrindo.
Ao ouvir aquilo, Lady Espiritual suspirou e disse:
— Eu odeio anime! Odeio filmes, séries, essas coisas de nerd! Acho uma total perda de tempo. Com tanta coisa pra fazer, tantas almas pra ganhar, porque eu vou ficar lá, na frente da televisão?
Ah meus amigos leitores, Mariane ficou irada, diante de tamanha falta de respeito contra a cultura pop, que quase desejou ter os seus poderes divinos de volta, para libertar sua amiga “antinerd”, dizendo:
— Ah claro! Uma pessoa que tem uma espada divina, luvas douradas divinas, autoridade divina, cheia do Espírito Santo e rica não iria ligar pra essas coisas de nerd ou de povão! Pra que, não é verdade? Você sabe voar, tem campo de força divino, super habilidades, quase invulnerável, prevê o futuro próximo, solta raios ungidos das mãos e da espada, tantos poderes ungidos, dados por Deus... Claro que alguém assim não iria ligar pra animes e filmes! Ah benção! Eu deveria ter previsto isso.
Roberta sorriu e disse:
— Você reclama de barriga cheia, Mariana! Imagina como deve ser monótona a vida de quem vive na Terra Original? Sem poderes e sem grandes aventuras! Nós, aqui de Spiriktworld, somos privilegiados por Deus. Então, pare de me criticar e vamos avançar!
Mariane deu um sorriso forçado e ignorou sua amiga, por alguns minutos, mas ela sabia que ela estava certa, como sempre.
Algum tempo depois, Lady Espiritual e Mariane, que começava a conseguir enxergar novamente, chegaram ao penúltimo andar do arranha-céu sombrio, onde encontraram Laiting de pé, terminando de libertar e derrotar a capitã vampiro. Os
demais capitães possessos já haviam sido derrotados e libertos, para a glória de Cristo. Quando Laiting as avistou, comentou:
— Oras, onde vocês estavam?
— Estávamos derrotando os demais possessos do prédio. E você? Ah já sei, derrotando os capitães possessos. Ótimo trabalho, na verdade! – disse Espiritual, deixando Mariane encostada em uma das colunas do andar.
— Glória a Kami por isso! – respondeu Júlia Laiting. – Ah, o que há de errado com a ruiva?
— Ah não liga pra mim, não, oh Lighting! Já eu tô de volta pra ação! – disse Mariane, com os olhos meio abertos.
— Complicado! Depois eu explico. – disse Espiritual.
— Com vocês duas tudo é complicado! – disse Laiting.
Contudo, enquanto as três conversavam, surgiu um som estranho de asas batendo e metal rangendo. De repente, de um salto, ela surgiu, com suas enormes asas sinistras: a capitã drago-mulher, pronta para queimar todo aquele lugar com suas chamas azuis do abismo. Furiosa, ela cuspiu fogo e disparou rajadas de fogo azuis também de suas duas mãos, repletas de garras sinistras, contra Laiting e Espiritual. Diante daquilo, ambas decidiram imitar Mariane, buscando abrigo atrás de alguma coluna do local. Contudo, depois de alguns segundos, Laiting avançou, usando corpo de vento e metal, atacando a criatura com sua katana ungida, que ela mesma havia refeito, usando sua dominação de tanákhio e fogo. Todavia, a couraça do corpo da capitã drago-mulher era grossa demais e quase não sofria com ataque nenhum de Laiting. Ao ver aquilo, Lady Espiritual decidiu avançar e ajudar sua nova amiga, sacando a Espada Dourada da Fé, atacando a criatura sinistra, arrancando uma de suas asas e sua calda. Aquilo desestabilizou a criatura, permitindo que Laiting concentrasse toda sua unção em sua lâmina de tanákhio e desfechasse um poderoso e certeiro golpe, que traspassou o coração e a alma da drago-mulher. Porém, irada, a criatura ainda resistia a libertação, e agarrou no pescoço de Laiting, dizendo:
— Você não irá me derrotar tão facilmente, como fez com meus colegas aqui! Eu fui treinada no famigerado Clube de Dragões, pela própria Capitã Morgana Rouxinalle, a senhora do dragão do abismo! Apenas uma arma divina poderá me derrotar.
— Ah é bom você ter dito isso! Valeu mesmo! – disse Laiting, usando corpo de vento, desvencilhando-se da dragoa, e retirando sua katana do coração da criatura.
Então, quando a capitã drago-mulher foi perceber, Lady Espiritual havia fincando a Espada Dourada na alma da criatura escamosa, a libertando no ato. Feixes de luz saíram de seus olhos e de sua boca e de outras partes de seu corpo, enquanto ela caia ao chão, deixando de ser atormentada pelos dragões do inferno. Enfim, Lady Espiritual recolheu a sua espada e a guardou em sua bainha. A mulher, agora liberta, totalmente curada na alma e no corpo, chorava e agradecia, dizendo:
— Obrigada Jesus! Obrigada! Me perdoe, Senhor!
— Você foi liberta por Yesu! Agora vá e não peques mais. – disse Laiting. Depois daquela tremenda batalha, Roberta chegou até Júlia e disse:
— Você está bem?
— O que? Aquilo?! Já passei por situações piores! Ah e muito obrigada pelo apoio, de verdade! Não nego ajuda de ninguém. – disse Júlia, embainhando sua katana refeita.
Do nada, Mariane deu um salto, dizendo:
— Uau! Isso foi demais! Lighting e Lady Espiritual, juntas, lutando lado a lado, contra as forças das trevas, por Cristo! Nosso, como eu queria ter visto isso... Na verdade, eu já vi, mas em meus sonhos!
Laiting iria reclamar de novo, mas decidiu ignorar e dizer:
— Até que “Lighting” soa bem, você não acha?
— Com certeza! – disse Espiritual.
Desse modo, as três heroínas luminosas prosseguiram em seu caminho, chegando ao último andar, onde Mateus DiCristh estava quase terminando de arrombar a porta da sala de guerra dos sombrios. Assim que elas alcançaram o local, Mateus concluiu de disparar seus feixes a laser, e estava pronto para abrir a famigerada porta. Então, quando ele o fez, foi recebido com rajadas de fogo, eletricidade e tiros laser de cor vermelha. Capitão Raul estava furioso e não iria permitir que ninguém atrapalhasse os planos de seu mestre, Lorde Valentino. Todavia, quando ele viu Mateus jogando uma espécie de frasco luminoso e brilhante porta adentro, notou que já era tarde demais para lamentar o fracasso. Com um salto, Raul das Trevas jogou-se ao chão, quando o frasco ungido explodiu, liberando luz, eletricidade e unção bruta, com um poder colossal de quase 5000M. Todos os possessos, agentes sombrios e técnicos que estavam dentro do local foram libertos, na hora. Apenas Raul conseguiu escapar, arrastando-se até a câmara de O Conselheiro, que estava atrás de uma outra porta. Além disso, todos os computadores e servidores foram destruídos, desativando, assim, todas as
máquinas e armas tecnológicas da cidade de Saint Paul. Aquela foi uma imensa vitória para os servos de Cristo.
Verificando os resultados da explosão, Mateus disse:
— Ah acho que nós vencemos! Glória a Deus!
— Ainda não acabou, Mateus. – disse Espiritual.
— Ainda falta o chefão! – disse Mariane.
— Você está falando do seu pai, é isso? – disse Laiting.
De repente, José chegou voando ao local, empolgado. Mariane o viu chegando e disse:
— Então, como foi derrotar todos os empedrados, meu amigo?
— Ah foi libertador! – disse José.
— E como vai a situação nas ruas? Será que a Capitã Diana e os outros estão bem? – disse Laiting.
— Se quiser eu posso ir lá e ver pra vocês. – disse José.
— Não será necessário, José, pode acreditar em mim. – disse Lady Espiritual. – Eles vão ficar bem! Além disso, vamos precisar de você aqui, meu amigo, para enfrentar a fúria de Raul das Trevas.
— Ele estará nos esperando, no terraço do prédio. Ufa! Jesus me ajude. – disse Mariane, nervosa.
Ao ouvir aquilo, Mateus disse:
— Quando vocês duas me disseram que o meu primo, Thiago DiCristh, estava vivo e que havia se desviado, virando um agente sombrio, admito: eu não acreditei! No começo, ainda estava cético com tudo isso! Estava abalado com a perda de meu avô, Moisés, e do Conselho, de tudo! Mas, por fim, tudo aconteceu como vocês profetizaram. Agora, eu acredito que o Espírito Santo fala através de vocês duas! Meu Deus! Essa noite está sendo muito louca!
— Eu ainda estou tentando lidar com tudo isso! – disse Laiting.
— Eu quase não conheço vocês, mas estou amando cada segundo! – disse
José.
— Pra mim, é como se fossemos amigos, desde sempre! – disse Mariane.
— Eu também me sinto assim! Glória a Deus! – disse Lady Espiritual. – Agora, temos de subir! A batalha final nos aguarda. Será um pouco dura! Mas, com o Espírito Santo e nossa união, iremos conseguir. Mateus, você é o nosso líder, eu sou apenas a conselheira da equipe. Vá na frente, com fé em Jesus!
— Amém! Vamos acabar logo com isso, para a glória de Deus! – disse Mateus e avançou, rumo ao terraço.
— Amém! – disseram todos e o seguiram.
Por conseguinte, os cinco heróis luminosos recém conhecidos, Mateus DiCristh, Júlia Laiting, Lady Espiritual, Mariane Sintra e José Super Crente subiram as últimas escadas do edifício, alcançando o terraço sombrio. Assim que chegaram, avistaram Capitão Raul e O Conselheiro, que estavam conversando. Quando o senhor de idade os viu, retirou-se, dizendo “Eles são todos seus! Resolva o problema! Lorde Valentino está vindo aí, e não está nem um pouco feliz com os resultados. Mas, usando isso, esse elmo, você poderá deixa-lo feliz de novo”, e lhe entregou algum tipo de elmo obscuro. Após isso, O Conselheiro voltou para sua câmara secreta, deixando Raul a sós com os heróis implacáveis. Mateus, ao vê-lo, gritou:
— Capitão Raul das Trevas! Acabou! Sua operação foi finalizada! Em Nome de Jesus Cristo, se entregue pacificamente e você não será obrigado a ser liberto! Termine com isso, de uma vez, e pague por seus crimes!
De lado, com a cabeça baixa, Raul disse:
— Você concorda com isso, minha filha? Concorda em estar lutando contra o seu próprio pai?
A BATALHA FINAL CONTRA RAUL DAS TREVAS
Mariane estremeceu, ao escutar seu pai falando daquele jeito. Mas, ela encheu-se de fé e respondeu:
— Não, pai, não estou! Eu te amo, tanto quanto amo a mamãe! E Jesus sabe disso! Mas, o senhor está machucando as pessoas, está matando pessoas inocentes, ferindo velhos e crianças que nunca fizeram nada de errado! E o Espírito Santo me impeliu a fazer isso, a lutar contra Lorde Valentino e seu reino de terror! Nunca foi nada pessoal, pai. Eu te amo, muito, mas não posso amar aquilo que está dentro do senhor. Não posso amar os demônios! Nunca, por Cristo!
— Escute sua filha, Raul, e acabe logo com isso! – disse Mateus.
— Ele não está nem aí pra gente, isso sim. – disse Laiting, pronta para lutar.
— Eu tô orando em espírito aqui... Esse daí parece o capiroto de mau humor, misericórdia! – disse José, cheio de unção.
— Se entregue agora, ou seja liberto, em Nome de Jesus! É seu último aviso! – disse Mateus, pronto para a batalha.
Diante daquilo, Capitão Raul das Trevas virou-se e disse:
— É uma pena que você tenha escolhido o lado dos perdedores, minha filha. Hum! Nunca vi tanta ousadia em toda minha carreira como capitão da guarda! São quase vinte anos servindo ao meu mestre, e nem mesmo Samuel Tanákhio ou Rebeca Relâmpago eram tão ousados como vocês! Não é mesmo, Lady Espiritual? Mesmo que seu estilo lembre mais o modo como Capitão Holyman brandia a espada. Bons tempos! – ele segurava aquele elmo sinistro.
Então, quando Roberta Espiritual viu aquele elmo, em suas mãos, pasmou e disse:
— Em Nome de Jesus, não coloque esse elmo, Raul! Você não sabe o que ele fará a você!
— Pai, não faça isso! Em Nome de Jesus, chega de servir ao Satanás! – disse Mariane.
Diante de tantos pedidos, Raul Rocha ergueu o elmo e disse, antes de o colocar em sua cabeça:
— Eu apenas recebo ordens de Lorde Valentino! Vocês não sabem de nada! E logo irão compreender porque eu o sirvo com tanta lealdade! – e terminou por colocar o tal elmo.
— Cuidado! – gritou Lady Espiritual, cobrindo os olhos.
— Benção! – gritaram os demais, fazendo o mesmo.
Então, quando Raul colocou o elmo obscuro, uma onda de fumaça e escuridão saíram de dentro do mesmo, o cobrindo por completo, numa nuvem de trevas e relâmpagos roxos e azuis sinistros. Quando a fumaça e a nuvem cessaram, Capitão Raul surgiu totalmente diferente, usando uma armadura profana, extremamente sinistra, segurando um martelo em sua mão direita e um baluarte em sua mão esquerda. Seus olhos brilhavam com um tom roxo medonho, e seu sorriso revelava o poder de Hellman e de Lorde Pecadus. Aquele era o Elmo de Ankor, uma relíquia sombria milenar e misteriosa. Logo, a primeira coisa que ele fez foi usar o martelo
sombrio para atacar Lady Espiritual e José Super Crente, em uma velocidade descomunal e inesperada.
— Mas que benção?! – disseram ambos, sendo atirados ao chão.
Em seguida, Laiting avançou, atacando velozmente com sua espada, e Mateus DiCristh disparou seus diamantes energizados contra a armadura sinistra de Raul das Trevas. Todavia, o cavaleiro de Ankor desviou-se dos ataques de Laiting e defendeu-se dos diamantes ungidos usando seu enorme escudo. Quando os diamantes explodiram, não causaram muito dano contra o baluarte sombrio, mas afetaram Laiting em cheio, pois o vilão apontou o escudo contra ela, no mesmo instante. A Defensora caiu ao chão, um pouco atordoada. Mateus ficou irado e avançou contra o cavaleiro medonho, disparando rajadas de eletricidade, mas foi golpeado pelo enorme martelo e também foi ao chão, sendo protegido pelo seu campo de força. Lady Espiritual, porém, não desistiu e saiu a voar, brandindo sua Espada Dourada com unção e maestria, conseguindo atacar e se defender das marteladas de Raul das Trevas. José também se recuperou depressa e voou, usando sua super velocidade e dominação de luz, desfechando poderosos socos ungidos contra a nefasta armadura. Laiting e Mateus também colocaram-se de novo de pé, e voltaram a atacar o cavaleiro das trevas, com espadadas ungidas com fogo e rajadas de diamantes energizados com unção e eletricidade. Porém, o nível de defesa daquela armadura era colossal e ninguém ainda havia conseguido sequer arranhar a sua superfície, ou o baluarte, que se mostrava quase inexpugnável. Em dado momento, Raul das Trevas ergueu seu martelo ao céus, criando uma tremenda onda de energia maligna, que afastou Mateus, Laiting, José e Roberta de perto de si, derrubando-os, novamente ao chão. Rindo, Raul olhou para sua filha, que estava afastada do combate, dizendo:
— Esses são seus novos amigos, Mariane? Foi por isso que você me trocou?
Que você e sua mãe me trocaram?
Mariane não respondeu, apenas deixou uma lágrima rolar. Portanto, Raul prosseguiu:
— Você é muito ingrata, minha filha! Você tem quase dezoito anos de idade, não é verdade? Pois é. Foram dezoito anos de luta, para te sustentar, te dar alimento, roupas, uma casa, escola, tudo! E, de onde veio todo o dinheiro, que te sustentou? De Lorde Valentino! Sabe quantas vezes eu fiquei desesperado ao ver você doente, quando criança? Sabe quem me ajudava, pagando todo o tratamento? Lorde Valentino, servo de Hellman! E, no final, estamos aqui, lutando entre si, por causa de sua ingratidão. E, veja só, você nem sequer está lutando, pois não tem poder algum! Você é tão tola que precisa que outros lutem por você, Mariane! Você é uma hipócrita! Todos vocês, servos de Deus, são um bando de hipócritas! – disse ele e bateu o martelo no chão, criando uma onda sombria, que os empurrou para mais longe ainda.
— Benção! – disseram os quatro caídos.
Ao ver seus amigos sofrendo para derrotar seu pai possesso, Mariane entrou na frente de seu martelo sombrio e disse, em lágrimas:
— Em Nome de Jesus, pai, já chega! Sim, eu precisei ir atrás deles, sim! E, sim, você nos sustentou usando o dinheiro sujo dos sombrios! Mas, no final, foi tudo parte da Vontade Permissiva de Deus. Pois, no final, mesmo depois de tudo, eu e minha mãe enxergamos a luz de Cristo. Então, pai, Deus te usou para me manter viva! E aqui estou eu, nessa noite, para a glória de Deus, para te pedir: saia dessa vida de pecado! Largue esse caminho infernal e venha para Cristo!
— Calasse! – gritou Raul furioso, e estendeu seu martelo, para golpear sua filha, que estava desarmada.
Mariane, por sua vez, fechou os olhos, e esperou levar o golpe fatal. Entretanto, quando ela abriu os olhos, levou um tremendo susto: José, o Super Crente, havia entrado em sua frente, segurando o martelo com sua destra ungida. Então, colocando toda a unção que possuía em sua mão direita, José esmagou o martelo sombrio e o arrancou de Raul das Trevas, dizendo:
— Em Nome de Jesus, fique longe dela, demônio! E saia do corpo desse pobre homem! – e disparou um tremendo raio de luz, que quase libertou Raul, não fosse ele ter usado o baluarte para se defender.
— Impossível! – disse Raul, sendo empurrado pelo raio de luz.
— Sua filha não é inútil! Ela não é hipócrita! Ele te ama muito e quer que o senhor seja salvo! Em breve, o senhor verá a verdade. – disse José, cheio de unção e fé.
— Obrigada, José! – disse Mariane, enxugando as lágrimas.
— Fica em paz, ruivinha! Jesus é contigo! – disse José, piscando um dos olhos.
Ao ver aquilo, Raul das trevas ficou ainda mais furioso e avançou feito um trem desgovernado, tentando golpear José com suas garras sinistras e o baluarte enorme. Depois, ele disparou uma rajada de eletricidade sombria contra o jovem herói luminoso, mas foi detido pela Espada Dourada, que reluziu diante de seus olhos, o deixando atordoado. Depois, Lady Espiritual carregou sua espada divina com toda a unção que poderia usar, e atacou o escudo sinistro, o partindo ao meio. Agora, Raul das Trevas estava sem escudo e sem martelo, mas ainda possuía sua terrível armadura.
— Argrh! Grr! Seus benditos! Vocês envenenaram minha filha contra mim! Vou matar todos vocês! – disse Raul e agarrou a cabeça de José e o atirou contra Lady Espiritual, e ambos quase caíram pra fora do terraço.
Todavia, quando parecia tudo perdido, Júlia Laiting levantou-se e disse:
— Por Yesu Kirizutu, vou acabar com isso agora mesmo! – e guardou sua katana na bainha. – Vamos lutar, à moda antiga!
Falando isso, Laiting revestiu-se com tanákhio: era a técnica “corpo de metal ungido”. Então, ela buscou a Deus e sua unção beirou os 2700 Michaels de poder. Assim, ela fundiu seus ataques com vento e fogo, conseguindo se tornar veloz e, ao mesmo tempo, poderosa em Deus, com ataques extremante eficazes. Ela começou a socar em pontos específicos da armadura, e Mateus notou aquilo. Logo, quando José voltou a ficar de pé, DiCristh gritou:
— Imite o que ela está fazendo, José! Ataque os pontos cegos e os pontos fracos da armadura!
— Opa! Pode deixar Mateus! – disse José e avançou, voando feito um raio.
Por conseguinte, Laiting e José entraram em uma espécie de dança, desviando-se dos ataques de Capitão Raul e o socando em pontos extremamente específicos, repetidas vezes. Lady Espiritual levantou-se novamente e estava pronta para mais um round. Ela notou o que Laiting e José estavam fazendo e os imitou, guardando sua espada e usando as luvas douradas para golpear Raul das Trevas. Mariane estava vendo aquilo e começou a vibrar de alegria. Então, quando Júlia Laiting percebeu que já era o bastante, gritou:
— Mateus! Em Nome de Yesu! Você sabe o que fazer!
— Ah meu amor! Pode ter certeza que eu sei sim! Por Jesus! – disse ele e disparou dezenas de diamantes repletos de plasma-unção contra a armadura sombria de Raul, mas os guiou para fincarem, especificamente, nos pontos socados.
Os diamantes carregados de unção voaram e ficaram-se com sucesso nos pontos específicos e, quando Raul das Trevas foi perceber, já era tarde demais! Mateus os acionou remotamente e causaram uma tremenda reação em cadeia, com quase 15000 Michaels de micro explosões localizadas, que quase desmancharam toda a armadura sombria do tal Ankor. Raul gritou de dor na alma e de ira! Cambaleando, ele disse:
— Seus benditos! vocês irão pagar por isso!
— Pelo contrário, meu amigo! O senhor será liberto! Raio de Luz! – disse José e disparou um poderoso raio ungido, que atingiu Raul em cheio.
— Seja liberto! – disse Lady Espiritual e fincou sua Espada Dourada contra a alma de Raul.
— Por Yesu Kami! – disse Laiting e o acertou com sua katana ungida.
— Por Jesus! Seja liberto! – disse Mateus e disparou uma tremenda rajada de eletricidade ungida contra o vilão.
Luz, unção divina, metal sagrado e eletricidade, sem nenhuma defesa, acertaram em cheio o corpo e a alma de Raul das Trevas, e ele quase foi liberto. Entretanto, ele ainda teve forças para soltar uma última onda de trevas, que os atirou para longe dele, deixando-os pasmados. Porém, Raul estava fraco e quase derrotado, o bastante para Mariane se aproximar dele, pegar em seu rosto e dizer:
— Pai, eu te amo!
— Mas o que?! – disse ele, pasmo.
— Olhe para meus olhos! – disse ela, e seus olhos reluziram como da outra vez, e dois feixes dourados penetraram na alma e no espírito de Raul das Trevas.
— Mariane, não! – disse Roberta, preocupada com sua amiga.
— Não se preocupe, Roberta! Jesus está no controle de tudo! – disse Mariane, alegre.
E, naquele exato momento, Raul viu toda sua vida passando por seus olhos. Depois, ele viu o futuro: ele viu uma moça linda, de longos cabelos vermelhos, com olhos dourados como o sol, coberta por uma aura dourada e celestiana, com anjos e arcanjos em volta dela, e um Ser Poderoso, com as mãos furadas, ao seu lado. Aquela linda moça era Lady Mariane, a Cavaleira do Tempo e do Espaço, mas de anos à frente, no futuro. Ela chorava, mas de alegria, dizendo:
— Eu te amo, pai! E Jesus te ama e quer te salvar! Aceite-o, por favor, e deixe Ele salvar a sua alma!
Então, em prantos, ele disse:
— Eu aceito a Jesus! – e foi liberto, no ato.
Repentinamente, o elmo de Ankor foi destruído, como se fosse feito de porcelana, e feixes de luz saíram dos olhos e da boca de Raul Rocha, que estava sendo liberto por Deus. Todos os demônios saíram de dentro dele e tiveram que voar, para muito longe, com medo. Após isso, pai e filha se abraçaram, chorando muito, antes de ambos caírem ao chão, desmaiados. Diante daquela vitória, todo o
bairro fez silêncio, como se estivesse com medo de Deus. Lady Espiritual e José correram para acudir Mariane, sendo seguidos por Júlia e Mateus. Capitã Diana, pelo rádio, perguntou se eles estavam bem, pois haviam visto um tremendo feixe de luz, subindo ao céus. Mateus respondeu que sim, pois Raul das Trevas havia sido liberto por Cristo. Todavia, Lady Espiritual ergueu os olhos e respondeu:
— Ainda não acabou!
Foi quando os céus escureceram e surgiu uma gigantesca hipernave-mãe, que cobriu totalmente o terraço do edifício sombrio. No casco daquela nave estava escrito “Rouxinalle”. Sim, ele havia chegado: Lorde Valentino, o senhor das trevas do sul e do sudeste de Brasílius.
DESFECHO DO ATAQUE DOS SOMBRIOS
Lorde Valentino, seguido por um cortejo de soldados das trevas e sua filha do meio, Stephanie, a mais inteligente e de cabelos loiros curtos, desceu de sua nave por uma escada tecnológica e foi logo encarando Raul das Trevas, que estava caído ao chão, derrotado e liberto. O lorde sombrio mais parecia um chefe da máfia do que um lorde das trevas, e estava muito decepcionado com o desempenho de seus subordinados, mas também estava surpreso com o tamanho poder ungido daqueles heróis luminosos. Logo, O Conselheiro apareceu e lhe deu boas vindas, dizendo:
— Capitão Raul lutou bravamente, mas deixou que questões pessoais interferissem em seu julgamento, meu lorde. Isso causou sua queda!
— Ah foi mesmo, é? – disse Valentino. – Hum! Eu avisei pra ele que aquela mulher iria dar problemas pra ele, no futuro. Mas, fazer o que né mesmo?! Ele foi o meu melhor homem! Raios! Que inf**no! Nunca vou conseguir substituí-lo. Não com o mesmo nível de eficácia!
— O que o senhor fará com esses heróis luminosos, meu pai? – perguntou Stephanie.
— Sugiro cautela, meu lorde! Eles possuem a Unção de Deus. – disse O Conselheiro. – Conseguiram destruir o Elmo de Ankor.
— Conseguiram mesmo, não é?! Rapaz! – disse Lorde Valentino.
Mateus, Laiting e José estavam pasmados diante do lorde sombrio, e Mariane ainda estava desmaiada. Lady Espiritual, porém, estava irada e disse:
— Em Nome de Jesus Cristo, filho de Hellman, cesse o ataque contra Saint Paul City, agora! E sugiro que cesse os demais ataques, em outras cidades, como
Janeirópolis. Senão, irá sofrer a Ira de Yahweh! – seus olhos reluziram, assim como suas luvas.
O Conselheiro e Stephanie recuaram, assim como os demais soldados sombrios. Lorde Valentino, porém, sorriu e disse:
— Você não pode me libertar! Ninguém pode! Afinal, a pessoa que foi profetizada para me libertar está morta, faz dez anos! Então, deixe de marra! Eu não tenho medo de você, cavaleira divina!
— Quem te disse que ela está morta, Valentino? – disse Roberta. – Ah você acreditou naqueles possessos mentirosos? Acha mesmo que Hadassa Rouxinalle está morta?! Há! Tolinho... Aguarde e verá a Luz de Deus!
Quando Lorde Valentino escutou aquelas palavras, encheu-se de pavor, fúria, ânsia de vômito e muitos outros sentimentos. Os demônios dentro dele começaram a se revirar, fazendo ele revelar suas garras e seus dentes enormes. Depois, ele afastou-se de Espiritual e disse:
— Onde ela está? Diga-me agora!
— Só digo se você dizer “Jesus, eu te amo”. – disse Roberta e sorriu.
Valentino deu um grito de fúria e quase matou um de seus soldados das trevas, e correu de volta para sua nave sombria, dizendo:
— Cessem o ataque! Cessem o ataque dos sombrios! Isso é uma ordem! Ggrrr! E eu quero falar com aqueles possessos mentirosos, agora!
— Sim, meu pai! Vocês ouviram o homem! Obedeçam! – disse Stephanie e seguiu seu pai.
Os soldados sombrios voltaram para junto de seu lorde sombrio e O Conselheiro, antes de partir junto da hipernave-mãe, declarou:
— De agora em diante, eu encerro o ataque dos sombrios a essa cidade! Fiquem com Deus e, eu sugiro que deixem esse terraço, para seu próprio bem! Adeus!
Dito isso, O Conselheiro Zéfiros seguiu Lorde Valentino, que já estava matando um de seus oficiais, dentro da nave colossal. Todavia, assim que a escada foi recolhida, Espiritual disse:
— José! Pegue Raul e Mariane e voe para longe daqui, agora! Laiting, pegue Mateus, que tem dificuldade em usar corpo elementar, e voe daqui! Eu vou logo atrás! Vão, agora mesmo! Por Deus!
— Mas que benção! – disseram eles.
Mais do que depressa, José segurou Raul e Mariane em seus braços e saiu a voar, para o mais longe possível. Júlia abraçou o seu amado Mateus e ambos saíram a voar, usando dominação de vento. Lady Espiritual voou, logo em seguida, antes que Lorde Valentino ordenasse, de dentro de sua nave, o total extermínio de todos, dentro daquele prédio bendito, disparando um tremendo raio laser vermelho da morte contra o edifício. José, vendo aquilo ocorrer, ainda voou, usando super velocidade, depois de deixar Raul e Mariane em segurança, para tentar resgatar os pobres agentes sombrios e ex-possessos libertos, que iriam ser mortos por Valentino. Ele voou o mais rápido que pôde, mas apenas conseguiu salvar a metade deles, antes que o raio atingisse o prédio e o explodisse, por completo. ZIIIOOOMMBOOM!
— Não! – disse José, quase sendo atingido pela explosão.
— Não fique assim, José! Você tentou! – disse Espiritual e o convenceu a retornar para junto de seus amigos.
Assim, os Lordes Implacáveis derrotaram os sombrios e conseguiram ganhar a alma de Raul das Trevas para Cristo, antes que todos os Defensores de Almas de Saint Paul fossem subjugados pelo mal. Foi uma vitória dolorida, no final das contas, mas foi uma conquista colossal, para a glória de Deus. E, após aquele ataque final, Lorde Valentino partiu, com a sua hipernave-mãe, de volta para o interior do estado, furioso, pois agora sabia que sua sobrinha, Hadassa, estava viva, em algum lugar de Spiriktworld. Afinal, ainda havia esperanças, mesmo para um ser tão perverso como Lorde Valentino.
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