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Zythrion

Capítulos 10

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Zythrion Capítulo 6

Subsolo

— Primeiras letras... — June continua murmurando as letras pronunciadas por Oliver, quando o elevador treme e para, abrindo suas portas para um corredor comprido e escuro, no subsolo.

 

Luzes brancas acendem ao longo do corredor até uma porta dupla e simples. Ela olha novamente para o corpo de Oliver, e sua pele se arrepia por um instante. Ela se sente melhor, mais protegida: uma sensação derivada da primeira vez que o viu, quando achava que ele era outra pessoa. Ela retoma a consciência quando sente a mão de John em seu ombro.

 

— June? Você... como você está?

 

— Eu vou ficar bem — ela consegue responder finalmente, olhando em seus olhos.

 

— A gente precisa ir, tudo bem?

 

June assente, o agente se abaixa e pega o cartão que Oliver levava consigo. Depois disso, ambos saem do elevador para o corredor vazio e silencioso.

 

— A senha do hyperdrive... — ela começa, andando apenas alguns passos atrás de John — são letras, não números.

 

Então tem uma senha...

 

John abre a porta no final do corredor, e espia com o rifle em mãos. Diante deles, há um túnel, que segue por muitos metros, perdendo-se de vista. Perto da saída, há caixas de suprimentos, com munições, comida, medicamentos, camas de campanha e roupas. Eles caminham pelo local de segurança, até passarem entre os postos de guarda, que possibilitariam ao presidente uma fuga rápida, em ocasiões como esse.

 

— Faz sentido, mas ele disse que o hyperdrive precisa retornar. — John diz, concentrado em retirar a bala de seu colete. — Bom, sabemos que só pode ser reconhecido por um terminal específico. Você sabe onde é?

 

— Ele disse que é onde tudo começou — June responde, preocupada com ele.

 

— Pegue o que precisar — John diz, por fim, vigiando o corredor à frente.

 

June começa a olhar em volta.

 

— É, mas o que isso quer dizer. A Eden?

 

— Talvez. Faz sentido, eu acho. — Ele volta a olhar para ela, que está vestindo uma jaqueta térmica. — É o único caminho agora.

 

June avança depois de pegar algumas barras de proteína sintética, seguindo em frente no túnel. John logo a alcança.

 

— Não sei, talvez... isso não adiante de nada sem o hyperdrive. Temos que sair daqui... Oh, Deus! Luna...

 

John suspira.

 

— O hyperdrive está o mais seguro possível, assim como sua irmã e sobrinhos.

 

June para por um instante, mas John continua. Depois de se recuperar do choque, ela o alcança com uma pequena corrida.

 

— Como assim? Você viu a Luna?! Viu a minha irmã?

 

— Sim, eu passei na casa dela antes de vir para cá. Ela foi resgatada por um esquadrão militar de uma amiga, eu acho.

 

June segura o ombro de John, e o abraça rapidamente.

 

— Obrigada.

 

John relaxa. Pela primeira vez, sente que aquele  não é um abraço estranho, mas acolhedor.

 

— De nada, mas eu não fiz muito. Tudo isso foi coincidência. O marido de Luna, bem... Infelizmente não conseguiu.

 

June afasta-se e assente, tentando lidar com a notícia.

 

— Mesmo assim...

 

John faz um sinal para ela continuar caminhando ao seu lado.

 

— Eu sinto muito. Luna estava tentando lidar com a situação ainda, mas a equipe criou uma distração para que eu entrasse no prédio com mais facilidade. Mesmo assim não foi tão fácil. Eles estavam cobrindo o perímetro, então voltamos para o acampamento deles, pegamos o hyperdrive, e decidimos o que fazer.

 

Recuperada, June volta a acelerar o passo, colocando-se ao lado do agente.

 

— Claro, só vamos sair daqui agora.

 

Ambos continuam caminhando em silêncio, por toda a extensão do túnel.

 

 

O túnel que usaram para escapar do Pentágono termina em uma porta simples, iluminada por um painel de LED, que diz: SAÍDA. Ela abre após a liberação do cartão de Oliver, através de um painel eletrônico.

 

O casal sai em uma sala menor, com mesas de escritório, e computadores de monitoramento. Assim que saem, encontram a recepção de um prédio do governo, totalmente vazia. Perto da porta, John abre seu mapa holográfico.

 

— Estamos a quatro quadras de onde encontrei sua irmã e o esquadrão.

 

Encostada na lateral da entrada, June apoia as mãos contra os joelhos, respirando mais calmamente.

 

— Espero que ainda estejam lá...

 

John pensa em dizer algo otimista, mas apenas assente com a cabeça. Assim que saem para a avenida principal, passam a ver muito mais gente nas ruas. A fumaça negra da explosão do Pentágono sobe aos céus, transformando o meio da tarde em cinzas de escuridão. Em alguns pontos, pelas frestas dos prédios, é possível ver a destruição flamejante que assola o antigo prédio do governo.

 

Nas ruas, o caos se instala no comportamento das pessoas. Algumas saqueiam lojas, lutam entre si, e contra androides variados. Correm, se escondem... Outras pedem ajuda a John quando o veem armado. Outras tentam enfrentá-lo, para roubar seus equipamentos.

 

Alguns oficiais — como policiais e bombeiros —, atuam em situações alarmantes, mais por altruísmo do que qualquer coisa outra coisa. Afinal, estão servindo a um sistema que caiu.

 

Conforme se aproximam da antiga posição do acampamento militar, a multidão se intensifica, centenas de pessoas pedindo ajuda às forças armadas. John amaldiçoa a situação.

 

— June, segure em mim.

 

A moça assente. e se agarra à alça da mochila de John. Ele a puxa pelo braço, e entrelaça sua mão com a dela. Por proteção, diz ele em um sussurro. O agente começa a abrir caminho pelo mar de pessoas, em direção ao acampamento. Ele empurra, e é empurrado.

 

Alguns recuam quando percebem que ele está armado. O casal finalmente alcança a cerca de contenção, onde alguns guardas vigiam a situação, impedindo o avanço de pessoas não autorizadas.

 

— Ei! — ele chama um agente qualquer. O homem, porém, quando o vê, recua dois passos e aponta a arma, gritando alguma coisa. Um grito coletivo varre a multidão, que se abaixa, enquanto June se esconde atrás de John, e ele levanta as mãos.

 

— Calma aí, eu tô do lado de vocês!

 

Outro soldado corre até ali, sussurrando algo no ouvido do parceiro, que abaixa a arma e manda abrir o portão. Outros guardas se aproximam, impedindo que as outras pessoas entrem no processo. Há um coro de vaias e xingamentos quando June e John chegam ao acampamento.

 

O mesmo soldado que sussurrou para o outro, faz um sinal para o casal, e começa a conduzi-los pelo perímetro montado no meio da rua e prédios. June olha com atenção toda a atividade militar, os veículos e as tendas táticas...

 

— Acho que mais equipes conseguiram pousar — John comenta.

 

— Hum?

 

— Não havia tanta gente antes...

 

— É bem menos do que gostaríamos — o soldado que os guia lamenta. — Gênesis previu nossos movimentos, e derrubou 37 das 45 naves despachadas para cá.

 

John se cala, e olha para June, que está mais deprimida por causa daquelas informações.

 

O soldado finalmente para diante de uma tenda, e faz sinal para que ambos entrem. É a mesma tenda da qual John saiu horas atrás. Ele entra ao lado de June, e encontra Luna sentada em uma cama de campanha , com as crianças no colo, Mary está debruçada sobre uma mesa lateral.

 

A líder de esquadrão vira-se lentamente, enquanto os olhos de June se enchem de lágrimas. Ela corre na direção da irmã, abraçando-a fortemente, junto aos sobrinhos.

 

Luna é pega de surpresa, mas logo reconhece a figura de sua irmã. As crianças — uma menina mais velha de cabelos escuros, e um garoto mais novo, de colo —, levantam-se felizes com a presença de June.

 

— June... não acredito.

 

— Luna, você está bem? O que aconteceu?

 

John observa de longe a felicidade do reencontro familiar, quando Mary se aproxima dele.

 

— Pelo menos uma boa notícia. — Ela então o encara — Então você conseguiu.

 

— Pois é... Obrigado pela distração.

 

Ela dá de ombros, como uma forma de dizer “de nada”, então apanha algo em um pequeno bolso do colete: o hyperdrive.

 

— Aqui está. E Oliver Field? Não estava lá?

 

John apanha o hyperdrive de volta.

 

— Na verdade, estava. Acabou morrendo na fuga, mas... ele nos deu uma pista.

 

— Pelo menos isso é bom.

 

— É um começo.

 

— Ajudarei como puder. Se prepare: temos armas, munição e suprimentos.

 

John agradece com um aceno de cabeça, quando percebe June se aproximando com a irmã.

 

— Acho que vocês já se conhecem.

 

— Você não disse que mentiu para a minha irmã — Luna fala.

 

John retorce o rosto em uma careta.

 

— Achei que não era o momento.

 

Luna esboça um sorriso cansado.

 

— Obrigada, de verdade, por tirar ela de lá.

 

John balança a cabeça em concordância, sem saber muito bem o que dizer.

 

— Para falar a verdade, ela salvou minha vida para que eu salvasse a dela.

 

— É, ela costuma fazer esse tipo de coisa. Então, qual o plano?

 

June olha de John para Luna, e então dirige seu olhar para a mão John, e então para Mary.

 

— Oliver está morto, mas nos deu uma pista antes de morrer. Disse algo sobre levar o hyperdrive de volta ao local onde tudo começou. Disse também que as primeiras letras são a chave.

 

Luna enxuga as lágrimas, e funga.

 

— Primeiras letras? De quê? Isso é tão confuso... Não consegui acessar meus contatos a tempo de acessar o hyperdrive, mas faz sentido que ainda haja uma senha.

 

June concorda.

 

— Sim. Só precisamos de um supercomputador agora.

 

— Ótimo — Luna diz em um tom sarcástico.

 

John guarda novamente o hyperdrive no bolso hermético.

 

— Têm sido tempos difíceis, mas não podemos desistir. Vamos recobrar as forças e depois agir, tudo bem?

 

Apesar do perigo que se ergue diante dela, June sente-se renovada, repleta de coragem para fazer o que é preciso.

 

 

Sentada em um banco dentro da tenda, June encara a mensagem na tela há pelo menos cinco minutos: CONECTANDO... Quando a imagem de Morris finalmente fica nítida para todo, Mary e John se aproximam de June.

 

— Comandante, consegue nos ouvir? — pergunta John.

 

— Sim, em alto e bom som.

 

— Ótimo, essa é a capitã Morris, das Forças Armadas da América.

 

 Em um movimento ligeiro, Morris assente.

 

— Qual a situação, agente? Pelo que vejo, saiu do local no qual lhe ordenei que ficasse da última vez que conversamos.

 

John faz uma careta e respira fundo.

 

— Sim, eu sei. Mas a situação se complicou, e novos acontecimentos surgiram. Ainda na transmissão de Gênesis, Oliver Field mencionou a existência de um protocolo para desativá-la, e como ele estava no Pentágo no, era nossa melhor chance de conseguir descobrir algo.

 

— E onde está Oliver Field?

 

— Está morto. June, digo, a senhorita Jung revelou que pegou um hyperdrive da mansão Field na ocasião em que se encontrou com ele.

 

June morde o lábio. Tanta coisa aconteceu, que se esqueceu de sua conversa com Morris — horas atrás —, e certamente não tinha mencionado sobre o hyperdrive.

 

— E o que há neste hyperdrive? — Morris pergunta.

 

— Ainda não sabemos — John responde, pensativo.

 

Irritado, Morris massageia as têmporas.

 

— O que nos impede? Criptografia?

 

— Talvez. O problema é que a conexão do dispositivo é um PIN de 16 componentes — June responde.

 

— Ouro e adamantina: que maravilha! Ainda assim, compreensível.

 

— Sim, é necessário um supercomputador para ler esses dados. Mas encontrei com Oliver no Pentágono. Antes de morrer, ele confirmou que o hyperdrive é importante. Falou algo sobre letras e senha, e que devíamos voltar até onde tudo começou — John retorna a falar.

 

Morris fica pensativo sobre isso.

 

— Vocês precisam de um supercomputador então. Conseguem retornar ao Pentágono?

 

— Bem... não. O Pentágono explodiu — June diz, acanhada.

 

Morris expressa mais uma vez seu desagrado em relação à notícia. Mary então dá um passo à frente.

 

— Senhor, se me permite, acredito que “volte onde tudo isso começou tenha que ser levado em conta. Então o supercomputador que o Pentágono mantinha não seria ideal.

 

— E o que significa isso? — pergunta o homem na tela.

 

— Eu acredito que ele se referia ao Éden. Foi lá que Gênesis foi criada, não? E sabemos que a corporação conta com um desses supercomputadores.

 

— Faz sentido — Morris responde.

 

— Espera — June interrompe a discussão. — Talvez... ele não estivesse falando sobre isso, mas sobre o hyperdrive.

 

John a olha de canto.

 

— Como assim?

 

— Talvez ele estivesse falando sobre o início disto, de quando eu roubei o hyperdrive. — June aponta para o dispositivo, repousando em frente à tela.

 

— Da mansão de Oliver Field? — John pergunta.

 

— Sim — ela responde, deixando alguns oficiais olharem entre si e esboçarem um sorriso discreto, como se aquilo fosse idiotice.

 

— Senhorita Jung — começa Morris. — Nós temos acesso às plantas da Mansão Field. Não há um supercomputador lá, e nem uma estrutura para comportar um.

 

— Comandante, levar esse hyperdrive até o Éden é um erro. Eu sinto que o lugar certo é a mansão — June diz, seus olhos tentando mostrar indignação.

 

— Que provas tem disso?

 

June hesita.

 

— É um pressentimento. Eu estava lá quando ele morreu. Ele falou comigo.

 

— Senhorita June, não podemos confiar em intuições.

 

John vira-se para a tela novamente.

 

— Senhor, talvez ela tenha razão. A Éden é muito óbvia, a mansão nem tanto, se supostamente não teria como acessar o hyperdrive.

 

Morris parece pensativo e encara Mary.

 

— O que acha disso, capitã?

 

Mary cruza os braços e encara Morris, depois passa seu olhar de June para John.

 

— Sinto muito, mas a Éden é a opção mais lógica agora. É o único lugar que temos certeza de que existe um supercomputador com uma entrada de PIN de 16 pinos, onde Gênesis foi criada. Não podemos perder mais tempo.

 

June tenta protestar, mas apenas murcha, derrotada. John segura sua mão e expressa compreensão.

 

— Está decidido então. Capitã Mary, sei que não possuo autoridade sobre você e seus homens, mas confio o hyperdrive às suas mãos.

 

John vira-se para a tela novamente.

 

— Senhor?

 

— Você está sozinho, John. Mary tem um contingente de soldados. E creio que eles obedecerão muito bem suas ordens, assim como você obedecerá.

 

John sente a indireta sobre seu comportamento anterior, e é sua vez de se desarmar, derrotado.

 

— Pode contar comigo e meus homens, comandante — responde a capitã enquanto segura o dispositivo entre os dedos.

 

Morris assente com um meneio de cabeça, e continua.

 

— Eu preciso que isso funcione. — Morris faz uma pausa. — Sei que o tempo está contra nós, mas uma de nossas naves de guerra deve chegar à Terra em breve, com reforços: a Aniquilação.

 

John sente um arrepio percorrer seu corpo, como se a sensação de ter perdido autonomia não fosse o bastante. O almirante da Aniquilação é... louco.

 

— Comandante...

 

— Sim, eu sei. Era a única nave próxima. Preciso ir agora.

 

A transmissão então desliga. John está com as mãos na cintura, olhando com uma expressão de derrota para June. Mary faz um aceno imperceptível ao sair, que é ignorado pelo casal. Porém, quando percebe que a capitã saiu, ele corre atrás, e diz:

 

— Mary...

 

— Não — ela responde rispidamente, levantando a mão em sinal de “pare”.

 

— Por favor... Talvez June tenha razão.

 

A mulher para, e respira fundo, com as mãos na cintura.

 

— Agente Lancaster, eu sinto muito. Você ouviu as ordens de seu superior, e mesmo que não deva subordinação a ele, eu concordo com o curso das ações. Infelizmente a Eden é o destino mais óbvio. Se estivermos errados, então verificaremos a mansão.

 

— Pode não restar tempo para isso. E Gênesis pode estar esperando por isso.

 

— Pode ser, mas só há um hyperdrive, e eu tenho poucos homens. A resposta ainda é a mesma. Você e a senhorita Jung são bem-vindos se quiserem me acompanhar, sob o meu comando.

 

De dentro da tenda, June observa Mary ir embora, deixando John desolado para trás. Ela afunda o rosto em suas mãos, que estão apoiadas em seus joelhos. Muitas dúvidas passam por sua cabeça. Ela respira fundo, e endireita o corpo. O que poderia fazer? Torcer para estar errada. Ela percebe seu reflexo na tela escura, onde Morris esteve há pouco. Mais no fundo da tenda, alguns computadores militares. Perto de um deles, um hyperdrive qualquer, o que a faz lembrar de sua derrota.

 

Ela o encara, e sua mente começa a trabalhar.

 

 

June se esgueira até um aeromóvel no fundo do acampamento. Trata-se de um modelo hammer, um veículo militar. Seus dedos deslizam pela maçaneta da porta, e ela abre para o banco do motorista. O conector está no contato, como Luna disse que estaria. Sua irmã tem bons contatos. A analista salta para o banco atrás do volante, e fecha a porta com o coração disparado, ciente do que está fazendo.

 

De repente, um vulto surge na janela, e June recua assustada.

 

— Olá, senhorita Jung. — John apoia os braços na janela aberta do Hammer.

 

— John, oi. Tudo bem?

 

— Sim, estou muito bem. E você? Pensando em passear pela cidade repleta de robôs assassinos? Talvez visitar a casa de um amigo?

 

June arregala os olhos puxados, balançando sua cabeça lentamente, enquanto formula uma resposta.

 

— Eu... tô só me familiarizando com o veículo, sabe? Talvez eu precise dirigir em uma emergência, não sei.

 

— Ah, por favor... Eu sei que você trocou o hyperdrive da Mary depois da última conferência antes dela partir. Luna contou tudo.

 

June bate as mãos contra o volante.

 

— Traidora! Era para ela ter me dado cobertura!

 

— Eu sei, ela confia em mim. Passa pro lado. Eu dirijo.

 

June franze o cenho, e salta para o banco do lado quando John entra, jogando seu rifle no banco de trás.

 

— O que está fazendo? — June pergunta, assustada.

 

— Eu vou com você.

 

— O quê?! Por quê?

 

— Porque você certamente vai morrer se for sozinha? E sua irmã me fez prometer que eu protegeria você.

 

June sente o rosto esquentar, e desvia o olhar.

 

— Você não precisa fazer isso.

 

— Preciso, e tem que ser agora, porque Mary está indo até a Éden nesse exato momento. Ela acha que não vamos por birra, orgulho ou algo do tipo. Espero que você esteja certa.

 

— Eu também.

 

John dá partida no carro, contornando o acampamento quase vazio, e junta-se ao final do comboio de Mary, pouco antes da passagem fechar. Muito trás, ao fazer uma curva fechada, ele entra em uma rua paralela. John olha para June, e juntos, seguem na direção da mansão Field.

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