Emergência do Amor Capítulo 12

*** Inglaterra Ano de 1714 *** 

Christine 

Ela estava de braços cruzados, batendo o pé de frustração. 

— Já disse que não me casarei com esse conde, já tenho um prometido. 

O pai furioso esbravejava. 

— Prometido! Prometido, um escravo sem dinheiro, há, só por cima do meu cadáver. 

— Já disse, o senhor não pode me impedir. 

A mãe da moça intervém no assunto. 

— Querido, você não ficou sabendo da novidade, é dito que esse Gabrian agora não é mais um escravo, ele é conde, o título foi dado por sua majestade em pessoa. 

— Como se isso mudasse muita coisa, não vou misturar o sangue puro da nobreza de minha família. 

— A decisão não é seu pai, a vida é minha e farei o que achar certo. 

— Pois você não me dá outra escolha. 

Ele levanta a mão em uma ordem. 

— Guardas, levem minha teimosa filha aos seus aposentos. 

2 homens bem-vestidos de azul e branco com espadas na lateral do corpo a seguram, um de cada lado. 

— Senhorita por aqui por favor 

Um diz baixo. 

— Não tente fugir, não queremos machucá-la. 

O outro diz sério 

— Você… você está me prendendo? — Diz ela se debatendo, tentando se soltar. 

Ela não tem permissão de sair até a festa de noivado. 

E com isso Christine é levada ao seu quarto, tendo como companhia somente sua dama. 

— Agatha, preciso que você vá até o carvalho na colina e avise Gabrian da minha situação. 

— Senhorita, se eu fizer isso estarei em problema. 

— Não vai não, você consegue sair sem ser vista, sei que você encontra seu namorado assim. 

A senhora de 50 anos é pega de surpresa. 

— Achei que você não sabia. 

— Eu sei tudo sobre você. 

A mulher sorri e acena para ela. 

— Tudo bem, vou informar sobre isso mais do que vai adiantar. 

— Sei que ele vai me ajudar, eu sei. 

Enquanto a mulher sai, ela mesma faz seus planos de fuga. 

Não vou me casar com esse senhor, meu pai não pode me obrigar. 

Um plano começa a se formar em sua mente, e ela sorri. 

*** Tempos atuais.*** 

A conversa segue entre a equipe… 

— Tem outro assunto que eu não estou conseguindo mais controlar. — Diz Neusa mudando de assunto. 

Gabriela tenta adivinhar, pelo tom sério da mulher. 

— Não me diga que o senhor Reginaldo ainda está pensando em um substituto para o Gabriel? 

— Sim e digo mais, me parece que ele já está conversando com um doutor ai. 

— Não! Ele não pode descartar o Gabriel assim. 

Jonathan tenta manter a calma, e acalmar o pessoal, ele realmente não acha que isso seria possível. 

— Calma devemos manter a cabeça no lugar, eu acho que o Reginaldo não vai por ninguém aqui por agora. 

Tiago não pensa do mesmo jeito, ele sempre é mais prático, as pessoas são o que são. 

— Por que não? 

Jonathan, não se deixa abalar pelo tom usado pelo amigo ao fazer a pergunta. 

— Ele sabe que nós estamos focados em trazer o Gabriel de volta, então ele não vai querer desmotivar a equipe assim. 

Tiago não aguenta o otimismo do amigo em meio ao problema. 

— Até parece que seria assim tão fácil. 

— Não seja infantil Jonathan, você sabe que o Reginaldo não liga para isso, se ele quiser trocar todos aqui ele fará sem ao menos perguntar para ninguém. 

Todos mantêm a cabeça baixa pensando nas palavras de Tiago até que… 

Cristina chega, falando com determinação. 

— Pois eu não vou me entregar não, se eu tiver que falar com Reginaldo para nos dar mais tempo eu falarei. eu estou me dedicando ao máximo para alcançar meus objetivos e não vou me deixar abater agora. 

Com essas palavras Cristina eleva os ânimos da equipe novamente 

— Você está certa Cris, vou agora mesmo entrar em contato com a unidade onde está o Gabriel para pedir que me forneça os laudos médicos dele. — Descuide Tiago animado. 

— Eu também vou ajudar você com isso, eu ainda tenho alguns testes dele lá no meu notebook. — Jonathan também se levanta para ajudar no que pode. 

Neusa concorda com a cabeça enquanto fala com Cristina. 

— Me parece que você ainda não se entregou, não é? 

Gabriela bate palmas animada. 

— Muito bem Cris, vamos com você trazer nosso amigo para casa que é aqui com a gente. 

no fim do expediente Cristina, vai até o Sírio Libanês ver como está o progresso do Gabriel. 

— Boa noite, eu gostaria de saber informações do paciente Gabriel 

Elaine é a médica chefe de plantão, e simpática ao falar. 

— Boa noite você é o que do paciente? 

— Sou enfermeira da equipe dele Cristina 

Elaine estende a mão para cumprimentá-la. 

— Eu sou Elaine, a doutora chefe desse plantão, o caso do Gabriel está nos desafiando de uma maneira inédita pois para a ciência no momento ele está apenas dormindo, porque nenhuma anomalia foi detectada em qualquer exame. 

— Sim passamos por isso na nossa unidade temos vários exames, todos com resultados normais também, será que eu posso vê-lo? 

— Olha! não estamos mais em horário de visita, mas por sermos da mesma profissão vou te dar apenas 5 minutinhos ok? 

— Está de bom tamanho Elaine. 

Cristina vai até o leito de Gabriel, e o observa ali deitado, sente a impressão que se o chamar ele levantaria na mesma hora, 

— Vamos Gabriel acorde, estamos todos precisando de você. 

Com o fim dos 5 minutos Elaine retorna. 

— Muito bem Cristina agora você terá que sair ok 

— Elaine será que posso vir vê-lo sempre esses 5 minutinhos? 

Ela pensa olhando para Cris e diz? 

— Então! Todos os dias não, mas as quartas e sextas eu deixo você vir até ele ok? 

— Ótimo!!! obrigada mais uma vez; 

Cristina sabia que teria muito trabalho para fazer sempre essa rotina de visitar Gabriel, mas por ele mais que valeria a pena.