Emergência do Amor Capítulo 28

*** Cristina *** 

O restaurante estava totalmente diferente da noite do que da vez que foram de dia, ela lembrava bem do lugar, afinal tinha sido seu primeiro encontro com Gabriel, onde eles puderam se conhecer melhor e ali que nasceu um amor indescritível. 

Parece que foi escrito nas estrelas. 

Ela pensava sorrindo. 

— Está gostando da comida. — Gabriel todo atencioso, pergunta com um olhar brilhante. 

— Está uma delícia como da última vez. — Ela sorri enquanto fala. 

— Você lembrou!? — Gabriel fica empolgado com isso. 

— Claro que lembrei, você foi um verdadeiro cavalheiro. — Ela fala se lembrando do momento. 

Gabriel olha sério agora, como se pensasse suas palavras. 

— Eu fui? — Ele pergunta curioso. — Significa que não sou sempre assim? 

Agora Cristina é quem está desconcertada. 

— Não foi isso que eu quis dizer, você sempre é gentil e carinhoso, mas aquela vez se não me engano eu não esperava muita coisa de você. — Cristina não consegue não falar com sinceridade. 

Espero que ele não se magoe com isso. 

— Eu admito que fui um idiota com você no começo. — Ele segura as mãos dela acariciando. — Só que ver você foi um impacto muito grande, não sei como explicar, só sei que não sabia como lidar com isso. 

Ela também acaricia as mãos dele enquanto fala. 

— É bom ver que você está bem. — Ela demonstra toda a preocupação que sentiu no dia seguinte. — Eu fiquei preocupada, você estava estranho. 

— Me desculpe por isso, eu só… — Ele não continua. 

Uma sensação de expectativa fica evidente no ar, ela olha em seus olhos, tentando entender o que ele está tão hesitante em falar. 

— Cris, eu só não quero que você suma da minha vida, quero você pra sempre comigo. 

Ela paralisa, sem saber o que dizer. 

O que ele está tentando dizer? Será que ele vai… 

— Cris, aqui nesse mesmo lugar que tivemos nosso primeiro encontro de verdade, eu quero torná-lo um lugar especial para nós dois. — Ele continua se ajoelhando em um só joelho, e segurando um lindo anel de com uma linda pedra azul em forma de coração. 

Cris fica sem palavras, e lágrimas brotam de seus olhos, ela está tão feliz que nem percebeu que Gabriel está tremendo e suando de tanto nervosismo. 

— Você aceita, casar comigo? Por favor não fuja, e não me negue, porque realmente não sei o que fazer sem você na minha vida. 

— Sim. — É tudo o que ela consegue dizer enquanto segura as mãos trêmulas dele. 

Gabriel a abraça e coloca o lindo anel no dedo de Cris, ela pula em seu colo e o beija 

Aplausos irrompem de várias direções, isso a assusta por um momento, tentando processar o que está acontecendo. 

Então soltando Gabriel ela percebe que toda a equipe está ali, aplaudindo os dois. 

*** Gabriel *** 

Depois de tudo ele ainda teve medo enquanto falava, o frio na barriga lhe dava uma sensação de vazio, mas então ela disse sim, e todos os seus medos e preocupações sumiram, dando lugar uma alegria satisfeita. 

Essa noite não poderia terminar melhor. 

Todos estavam ali, compartilhando de sua alegria, foi uma das noites mais felizes de sua vida, isso ele não tinha dúvidas. 

Depois de toda comemoração Gabriel leva Cristina para casa, e no caminho ela está tão feliz que não consegue disfarçar. 

— Mas por que você estava tão estranho? — Ela se lembra do modo frio que foi tratada, curiosa. 

— Eu… só não sabia como dizer. — Admite Gabriel envergonhado do seu medo bobo. 

— Você pensou que eu fugiria? — Cris fala tirando sarro. 

— Pensei, na verdade, pensei em um monte de coisas. 

O jeito franco dele a deixa surpresa. 

— Por que eu faria isso? — Mas depois de pensar um pouco ela até entende os medos dele. — Então me conte algumas dessas coisas que você pensou que eu faria. 

Ele olha para ela o suficiente para não causar um acidente, voltando sua atenção à estrada, ele fica em silêncio por um bom tempo, procurando um lugar seguro para estacionar, antes de voltar a dizer. 

— Eu pensei, que você me mandaria embora se eu pedisse na sua casa. — Ele fala agora com o carro parado, ele queria olhar nos olhos dela, e apreciar toda a beleza ali. 

— Pensei que se dissesse enquanto caminhávamos ontem de noite, você iria me largar na rua sozinho. — Ele continua. — Pensei que você me bloquearia se eu falasse por mensagem. 

Cristina olha para ele, aqueles olhos intensos, o tom grave da voz, a cor da pele, o sorriso, tudo nele era lindo para ela, ela amava cada pedacinho dele, até os que ainda não tinha explorado. 

— Por fim, pensei que você levantaria e me deixaria sozinho ajoelhado no restaurante. 

— Porque eu faria qualquer uma dessas coisas. 

— Eu só não queria te perder, e acho que isso me deixou um pouco ansioso. 

— Um pouco? — Ela brinca se esticando para beijá-lo. — Você não vai se livrar de mim assim tão fácil. 

Ele sorri, ligando o carro novamente, chegando na casa dela eles entram, Cristina o convida para passar a noite ali, porque acha que está muito tarde para ele ir pra casa dele de carro. 

Passar a noite? nunca fomos tão longe ainda. 

Mas isso mostrava que ela realmente confiava nele, e ele não a decepcionaria. 

— Obrigado. — Ele tira o paletó, se sentando no sofá. 

— Você quer um café? — Ela fala agora um pouco nervosa com a situação.