Emergência do Amor Capítulo 19
Eu voltarei…
Ele assistiu, com ódio nos olhos, enquanto soldados e mais soldados a machucavam, ele não podia fazer nada, se debatendo e gritando até não ter mais força nos braços e voz na garganta, ela olhava para ele, mas não havia raiva nem pesar ali, havia tristeza.
— Me desculpe. — Ele dizia entre sussurros.
O que só piorava a situação.
Ela estava quase morta quando finalmente o soltaram, quebrando suas pernas para que ele não fosse capaz de se levantar.
— Saiba que vocês mesmo procuraram por isso. — Dizia o conde com desprezo na voz. — Vamos, deixem os dois se despedirem. — Ele e seus homens — Se afastam, rindo e zombando.
Ele se arrasta até o corpo inerte da mulher que amou por toda sua vida, a mulher por quem ele lutou e conquistou a liberdade, a mulher que ele segurou em seus braços por um ano inteiro.
Ele a pega nos braços, se sentando com as pernas em pedaços.
— Vou vingar-me de todos eles, pelo que fizeram— Ele promete, acariciando seu rosto.
— Me desculpe, não pude te ajudar, foi por minha culpa que isso aconteceu. — Ela dizia entre lágrimas
— Não chore, minha preciosa, a culpa foi minha por não poder te proteger. — Ele seca outra lágrima, o rosto ensanguentado, com a boca rasgada e lábios contatos.
Eu não deixarei nenhum deles se livrar, vou acabar com todos.
Ela consegue levantar uma mão e por sobre o rosto dele. Ele segura sua mão, acariciando levemente, com medo de machucá-la mais.
— Espero te encontrar de novo em outra vida. — A voz fraca, os olhos se fechando. — Se… nós nos encontramos… eu quero… ser feliz… ao seu… lá…do.
A mão de Christine amolece seus olhos se fecham, Grabrian a abraça chorando, e gritando de forma animalesca, o corpo do amor de sua vida, agora sem vida em seus braços.
— Haaaaa! Eu prometo que vou matar todos vocês…
Seus homens chegam ajudando-o a se levantar, o levando de volta a seu território. Lá ele enterra sua amada, prometendo encontrá-la depois de se vingar.
Ele passa anos se recuperando e armando seu próximo passo.
*** 5 anos depois ***
Boyle foi o último, Gabrian queria que ele visse seus soldados serem torturados.
— Fiz questão de pendurar as cabeças deles em sua casa, o que achou do presente?
O homem estava sentado em uma cadeira, amarrado e sangrando.
— Você é doente. — Fala o homem, que antes mostrava tanta dignidade, agora em frangalhos.
— Sério! Não mais do que você! Acho que você tem que provar do mesmo veneno que matou minha esposa.
— Ha! Sua esposa, você roubou minha noiva no dia do meu banquete de noivado.
— Ela já era minha a muito mais tempo que isso. — Ele flexiona as mãos se segurando para não socar o homem de novo. — Mas não importa, seu fim chega hoje.
Ele faz sinal e mais de 15 homens entram.
— Esse presente é para você conde, espero que goste.
Ele fala fechando a porta enquanto ouvem-se gritos sem fim.
Finalmente minha vingança está completa, mas, o que me restou Christine? Você se foi e eu sou um homem marcado, não sei se nos encontraremos novamente…
Ele monta seu cavalo, e não para, vai até onde o vento o leva, finalmente um ardor no peito o faz perder o ar.
— Finalmente te encontrei. — Ele ouve.
— De novo essa frase. — Ele pensa “a vida é irônica, completei minha vingança e vou morrer com uma flecha no peito”. — Ele cai do cavalo, olhando para o céu azul que parecia zombar dele, uma mão no peito, a outra ele se levanta em punho.
Um rosto familiar aparece em seu campo de visão.
— Minha filha morreu por sua culpa, da pior forma possível.
Filipe, o pai de Christine, ele o acertou.
— Sua filha morreu… — Gabrian cospe sangue ao falar. — Porque você não a deixou se casar com quem ela amava.
— Agora eu fiz justiça. — O homem de meia idade fala ignorando o outro jogado no chão.
— Espero que Christine não seja sua filha na próxima vida, se nos encontrarmos, eu a farei feliz, eu vou encontrá-la e não a deixarei ir.
Eu prometo… ele pensa enquanto fecha os olhos… eu vou voltar pra você…. Minha doce Christine…
Indíce
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