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Emergência do Amor

Capítulos 35

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Emergência do Amor Capítulo 19

Eu voltarei…

Ele assistiu, com ódio nos olhos, enquanto soldados e mais soldados a machucavam, ele não podia fazer nada, se debatendo e gritando até não ter mais força nos braços e voz na garganta, ela olhava para ele, mas não havia raiva nem pesar ali, havia tristeza. 

— Me desculpe. — Ele dizia entre sussurros. 

O que só piorava a situação. 

Ela estava quase morta quando finalmente o soltaram, quebrando suas pernas para que ele não fosse capaz de se levantar. 

— Saiba que vocês mesmo procuraram por isso. — Dizia o conde com desprezo na voz. — Vamos, deixem os dois se despedirem. — Ele e seus homens — Se afastam, rindo e zombando. 

Ele se arrasta até o corpo inerte da mulher que amou por toda sua vida, a mulher por quem ele lutou e conquistou a liberdade, a mulher que ele segurou em seus braços por um ano inteiro. 

Ele a pega nos braços, se sentando com as pernas em pedaços. 

— Vou vingar-me de todos eles, pelo que fizeram— Ele promete, acariciando seu rosto. 

— Me desculpe, não pude te ajudar, foi por minha culpa que isso aconteceu. — Ela dizia entre lágrimas 

— Não chore, minha preciosa, a culpa foi minha por não poder te proteger. — Ele seca outra lágrima, o rosto ensanguentado, com a boca rasgada e lábios contatos. 

Eu não deixarei nenhum deles se livrar, vou acabar com todos. 

Ela consegue levantar uma mão e por sobre o rosto dele. Ele segura sua mão, acariciando levemente, com medo de machucá-la mais. 

— Espero te encontrar de novo em outra vida. — A voz fraca, os olhos se fechando. — Se… nós nos encontramos… eu quero… ser feliz… ao seu… lá…do. 

A mão de Christine amolece seus olhos se fecham, Grabrian a abraça chorando, e gritando de forma animalesca, o corpo do amor de sua vida, agora sem vida em seus braços. 

— Haaaaa! Eu prometo que vou matar todos vocês… 

Seus homens chegam ajudando-o a se levantar, o levando de volta a seu território. Lá ele enterra sua amada, prometendo encontrá-la depois de se vingar. 

Ele passa anos se recuperando e armando seu próximo passo. 

 

*** 5 anos depois *** 

 

Boyle foi o último, Gabrian queria que ele visse seus soldados serem torturados. 

— Fiz questão de pendurar as cabeças deles em sua casa, o que achou do presente? 

O homem estava sentado em uma cadeira, amarrado e sangrando. 

— Você é doente. — Fala o homem, que antes mostrava tanta dignidade, agora em frangalhos. 

— Sério! Não mais do que você! Acho que você tem que provar do mesmo veneno que matou minha esposa. 

— Ha! Sua esposa, você roubou minha noiva no dia do meu banquete de noivado. 

— Ela já era minha a muito mais tempo que isso. — Ele flexiona as mãos se segurando para não socar o homem de novo. — Mas não importa, seu fim chega hoje. 

Ele faz sinal e mais de 15 homens entram. 

— Esse presente é para você conde, espero que goste. 

Ele fala fechando a porta enquanto ouvem-se gritos sem fim. 

Finalmente minha vingança está completa, mas, o que me restou Christine? Você se foi e eu sou um homem marcado, não sei se nos encontraremos novamente… 

Ele monta seu cavalo, e não para, vai até onde o vento o leva, finalmente um ardor no peito o faz perder o ar. 

— Finalmente te encontrei. — Ele ouve. 

— De novo essa frase. — Ele pensa “a vida é irônica, completei minha vingança e vou morrer com uma flecha no peito”. — Ele cai do cavalo, olhando para o céu azul que parecia zombar dele, uma mão no peito, a outra ele se levanta em punho. 

Um rosto familiar aparece em seu campo de visão. 

— Minha filha morreu por sua culpa, da pior forma possível. 

Filipe, o pai de Christine, ele o acertou. 

— Sua filha morreu… — Gabrian cospe sangue ao falar. — Porque você não a deixou se casar com quem ela amava. 

— Agora eu fiz justiça. — O homem de meia idade fala ignorando o outro jogado no chão. 

— Espero que Christine não seja sua filha na próxima vida, se nos encontrarmos, eu a farei feliz, eu vou encontrá-la e não a deixarei ir. 

Eu prometo… ele pensa enquanto fecha os olhos… eu vou voltar pra você…. Minha doce Christine… 


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