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Emergência do Amor

Capítulos 35

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Emergência do Amor Capítulo 15

O pedido

De volta a sua casa, Cris não deixa de pensar na noite maluca que acabara de ter. 

Salvou vidas, viu seu amado e ainda recebeu uma proposta de trabalho. 

Como agir com tudo isso agora? 

Realmente minha vida se transformou de um jeito fora do comum. Trabalhar no hospital sempre foi meu sonho e agora posso escolher aonde ir, para onde vai meu próximo passo. 

Tenho que pensar muito bem sobre essa decisão, pois será importante de mais esse passo. 

Cristina toma seu banho e entrega seu corpo ao tão merecido descanso. 

Na manhã seguinte ela chega cedo como já é de costume, cumprimentando a todos na sala da equipe. 

— Bom dia pessoal. 

Gabriela vem sorrindo e a cumprimenta - Bom dia! 

— E aí Cris. — Fala Jonathan com seu jeito descontraído. 

Tiago levanta os olhos do livro que está lendo. — Oi Cris! 

E por fim, Neusa com uma prancheta a cumprimenta — Oi Cristina, hoje teremos o dia cheio, pois recebemos pacientes de uma outra unidade, que teve problema com a energia, ok? 

— Ai! Ai! Hoje o dia promete. — Intervém Gaby. 

Tiago concorda com ela. — Sim Gaby, pelo jeito será movimentado aqui hoje. 

Law chega em seguida e cumprimenta a todos com cordialidade. — Bom dia pessoal! 

Gaby responde sem olhar para ele — Bom dia! 

Jonathan, sem muita vontade faz o mesmo — Bom! 

Tiago volta para o que estava fazendo enquanto dá uma resposta rápida. — Bom dia 

Neusa vai até o novo chegado e conversa com ele.  — Law hoje será corrido aqui ok? 

— Sim, pode contar comigo. — Ele responde com entusiasmo. 

O dia começa e já vem com tudo, vários pacientes chegam além dos que foram transferidos, tudo ao mesmo tempo, e a correria começa… 

Tiago, que já tinha tratado um grupo de pacientes fala. — Vamos transferir alguns para os leitos e outros ficam na emergência por hora. 

Gabriela, prontamente ajuda enquanto fala de outro que ainda não foram atendidos. — Ok, mas precisamos organizar as prioridades de cada um desses. 

Cristina chama a responsabilidade. — Eu assumo essa parte, pode deixar a triagem comigo. 

Cristina vai de uma maca para outra dos que foram transferidos dando prioridade, analisando e tirando amostra de sangue de alguns pacientes que não vieram com o laudo, distribuindo conforme percebe o estado do paciente. 

Logo a triagem já está quase vazia. 

Neusa vendo que o caos tinha sido controlado fala - Muito bom Cris, precisamos mesmo deixar essa parte livre pois ainda teremos outros a chegar. 

Jonathan vem pelo corredor chegando à triagem e fala com Cristina. — Cris me dá uma mãozinha aqui? 

Cris prontamente deixa os papéis com a informação dos pacientes com Neusa e vai com ele — Sim vamos lá. 

Com sua atenção 100% no trabalho, Cristina não percebe que está sendo observada de longe pelo diretor geral Reginaldo. 

Neusa chega perto dele. — Então gostou do que viu? 

Reginaldo admirado deixa escapar — Sinceramente ela tem mesmo uma desenvoltura para tratar todos ao mesmo tempo. — Mas não querendo dar o braço a torcer ele completa. — Mas para atender seu pedido ainda não está bom. 

Neusa balança a cabeça indignada — Você não tem mesmo jeito, não é? 

Reginaldo a ignorando vai até Tiago que está passando com alguns papéis na mão. — Tiago venha aqui por favor. 

— Sim, o que deseja? — Ele para, dando atenção para o diretor. 

Reginaldo então sem rodeios pergunta. — O que você pode me dizer do trabalho da cistina? 

Tiago pego de surpresa com a pergunta para pra pensar por um momento. — Bom senhor, eu trabalhei bem pouco com ela, só mais na parte do exame do Gabriel. então não tenho muito o que escrever sobre ela, a pessoa mais indicada seria o Jonathan, que já dividiu o plantão com ela. 

— Hum Hum! Diga a ele para vir falar comigo, estarei em meu escritório. 

— Sim, pode deixar. 

Ele sai e momentos depois… 

Jonathan chega ao escritório do diretor geral. — O senhor mandou me chamar Reginaldo? 

Reginaldo sentado olhando alguns documentos importantes olha para ele — Sim, entre por favor. — Assim que o médico se acomoda o diretor diz. — Estou juntando informações sobre a novata, Cristina e sei que você trabalhou com ela. Me fala um pouco sobre isso. 

Jonathan, sem rodeios fala com orgulho. —  Olha trabalhar com ela foi super fácil, ela tem uma desenvoltura para cuidar das crianças, tem uma facilidade para falar com elas, que me passou uma segurança em deixar meu plantão com ela no comando, e confesso que ela levou com louvor tudo. 

Reginaldo então informa — Estou pensando em algumas coisas, mas não sei se ela tem perfil para tal coisa. 

Jonathan, sem medo responde — Um simples conselho, não demore muito para decidir o que quer que seja, pois de fato ela será uma grande profissional não a perca. 

O dia seguiu movimentado até o cair da noite, e então todos no refeitório, agora vazio, só ficaram eles depois do expediente. 

Tiago respira fundo com os olhos cansados. — Puxa! Eu sabia que hoje seria barra, mas não pensei que seria tanto assim. 

Gabriela comendo um doce, concorda — nossa pensei que não daria conta, sempre chegava um assim que outro saia. 

Jonathan se sentou em uma cadeira e esticou os pés na mesa a frente. — Sim, a correria fez com que o dia fosse embora bem rápido. 

— Sim, nem a Cristina conseguiu ter sossego, não é Cris? — Diz Tiago animado. 

O silêncio ecoa na sala… 

Neusa preocupada pergunta. — Cris está tudo bem? Cris??? 

Gaby dá um grito assustando Cristina. —  Ei GAROTA!!! 

— Ai!!! — Cristina pula da cadeira. — O que foi isso? 

—Acorda, estamos tendo uma conversa aqui. — Brinca Gaby. 

Cris com vergonha de ter sido pega fala. — Desculpa, estava aqui pensando na noite de ontem. 

Depois de contar tudo, Cristina chega na parte que realmente a tira do sossego. 

— Então aí vem a parte mais louca… — Ela respira fundo antes de continuar. — O cirurgião chefe dela me convidou para fazer parte do painel de funcionários da casa. 

Um silêncio toma o refeitório e por alguns segundos nada é dito, a Gabriela fala. 

— Você só pode estar brincando??? — Ela fica tão irritada que fala. — Você não vai nos deixar nesse momento tão delicado que passamos? Sei que lá tem o Gabriel e tudo mais, mas isso não pode acontecer agora. 

Todos olham em direção a Cristina esperando por sua resposta. 

Gabriela, que ainda não consegue se conter, coloca Neusa na conversa. — Anda Neusa diz alguma coisa, ou você não liga em perder mais um membro da equipe? 

Ao ouvir isso, Cris é tomada pela emoção de ver que mesmo sem querer, Gabriel a colocou como membro da equipe. 

Neusa responde com cautela. — Bom Gaby, nós sabemos da qualidade da Cris, mas não podemos obrigá-la a ficar se o desejo dela for de ir. 

Gabriela levanta cruzando os braços e batendo o pé como uma criança contrariada. — Qual e? todos aqui já aceitamos ela — ela vira para Cristina novamente. — E você Cristina já se decidiu? 

Jonathan também não conseguindo ficar calado, então fala. — Espero que você não saia, pois já me acostumei em ter você na equipe. 

Tiago também sente a necessidade de dizer o que pensa. — Sim, para mim você não é mais uma enfermeira, você já é uma médica de respeito. 

Gabriela vendo que conseguiu apoio. — Viu garota tudo pelo que você batalhou na faculdade, está diante de você aqui o tão sonhado respeito dos seus companheiros de equipe então espero que isso faça você tomar a decisão correta. 

Com o fim dessas palavras Gabriela se retira da sala, indignada com seus pensamentos a milhão. 

Toda vez é assim, porque as pessoas que eu amo tem que ir… 

Neusa olha para Cris com solidariedade explicando. — Não leve a mal Cris, a Gaby é muito verdadeira com seus sentimentos, e para agir assim significa que você já é muito mais que uma colega de trabalho para ela, mas se você ainda não tomou sua decisão eu peço que você pense bem nela ok!? 

Fora da sala, Gabriela acaba encontrando o diretor Reginaldo saída em direção ao estacionamento e o chama. 

— Senhor, você tem um minuto? 

Se eu conseguir convencer o diretor a aceitar ela com cargo efetivo aqui ela não vai precisar sair. 

— Sim, o que deseja? 

— Sei que o senhor está avaliando a Cristina no trabalho. — Ela fala com calma. — E agora a pouco ela me disse que recebeu uma proposta de trabalho da unidade onde está o Gabriel. — Ela faz uma pausa dramática antes de continuar. — Então eu sugiro que o senhor a contrate logo pois não podemos perder essa garota. 

Por um momento Reginaldo olha para Gabriela sem dizer nenhuma palavra enquanto pensa. 

Então já tem mais alguém de olho nela. 

Até que ele fala… 

— Por mim ela pode escolher seu caminho como achar melhor, não vou tomar nenhuma decisão assim de caso pensado. 

Gabriela fica sem palavras e sem ação com a reação do diretor. — E olha enquanto ele retoma seu caminho indo embora. Agora sozinha no corredor ela pensa. 

Como vou fazer para ajudar minha amiga a permanecer na unidade. 


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