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Emergência do Amor

Capítulos 35

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Emergência do Amor Capítulo 16

O primeiro passo

*** Inglaterra 1714 *** 

Depois de muitas horas de espera e árduo trabalho a casa estava lindamente decorada e vários convidados já haviam chegado, mas nada da noiva ainda. 

— Ela só vai descer no início do banquete. — Anuncia o Conde Filipe seu pai, muito orgulhoso. 

O noivo estava realmente empolgado esperando para ver sua tão sonhada noiva. 

— Espero que tenhamos uma feliz união. — Diz ele ao pai. 

— De fato, não creio que uma dama de trabalho. 

Enquanto a conversa rola solta na festa, no andar de cima Christine já vestida com roupa de serva espera o sinal de sua dama de companhia. 

— Só mais um pouco. — Ela fala olhando pelo corredor. 

Finalmente tudo fica em silêncio no andar de cima. — Agora. — Ela dá o sinal, a moça sai do quarto com vários lençóis dobrados, e passa por seu pai que vem pelo corredor, em direção ao quarto que ela acabou de deixar, eles passam um pelo outro e ele não dá atenção para a mulher que passa, sem saber o que está acontecendo. 

Ele entra no quarto, e Christine desce pela passagem de criados, mas ainda consegue ouvir de longe um grito de indignação. 

— Não… Eu vou matá-la, essa maldita… 

— Rápido senhorita. — Pede a criada, puxando-a pela mão enquanto ela desce as escadas rindo com ferocidade. 

Indo em direção a sua liberdade, ao seu amado e a vida que ela escolheu… 

 

*** Tempos atuais *** 

Depois da conversa com Reginaldo, Gabriela tenta por seus pensamentos em ordem. no dia seguinte ao voltar para o trabalho ela ainda está com os pensamentos à tona. 

Como ela pode estar cogitando sair assim, depois de tudo o que passamos aqui. 

Ao chegar na sala de reuniões da equipe, ela já ouve Tiago falando. 

— Vamos, temos que pensar nessa opção, se ela sair nosso plantão ficará com menos dois. — Ele para e pensa antes de continuar. — E isso vai sobrecarregar os demais. 

Neusa sempre atenta a equipe responde com compreensão. Sim eu sei muito bem disso, ela já mostrou ser capaz de conduzir um plantão bem. — Ela olha para Gaby parada a porta. - Mas o problema é que o Reginaldo ainda não está convencido em relação a ela. 

Gabriela entra e deixa sua bolsa no armário enquanto fala.  — Sim eu falei com ele ontem aqui na saída. — Ela suspira. — E me pareceu que ele não está ligando se ela sai ou fica. 

Jonathan se senta ao seu lado falando. — Como assim, ele só pode estar de brincadeira, quando ela veio aqui para a unidade nós já estávamos com um buraco na equipe. 

Ela balança a cabeça frustrada. — Eu não sei mais o que fazer ou pensar sobre isso. — Gaby passa a mão no rosto. — Só teremos que esperar um dos dois dar o próximo passo. 

Neusa informa a todos. — Eu já falei com ele, mas não sei o que ele pretende de verdade. — Ela olha para a equipe com carinho. — Nós sabemos que Reginaldo nunca deu muito crédito a novatos como o próprio Gabriel também não. 

Com essa conversa finalizada por enquanto, mas sem a equipe chegar a um resultado eles vão trabalhar. 

Depois do horário de trabalho eles voltam a conversar para saber se alguém teve alguma ideia do que fazer para que Cristina não saísse da equipe. 

Cristina que já estava no vestiário se aprontando para ir para casa descansar depois de mais um longo e agitado dia de trabalho, não sabendo da preocupação da equipe com a cabeça sem parar por um minuto sequer de pensar. 

 Não sei mesmo o que fazer, preciso me decidir entre o estágio ou a proposta.  

Ela fechou seu armário e vai andando até a saída, para pegar um ônibus. 

Ainda mais que eu sou apenas uma estagiária aqui com um tempo para terminar, e se eu aceitar a proposta e falhar, isso será ruim para mim. 

Pode parecer meio simples para alguns, terminar o estágio ou aceitar logo uma proposta, mas Cristina não queria se arrepender da sua escolha. 

Enquanto isso no hospital Sírio Libanês onde está Gabriel… 

Um bipe muito alto encerra o silêncio do planalto. 

Christian olha para Elaine e fala alarmado. — O que está havendo aqui? 

Elaine corre até a cama de Gabriel. — O batimento dele está caindo, rápida adrenalina e desfibrilador. 

Uma massagem seguida por descargas do aparelho e ouve o som do coração de Gabriel batendo novamente 

Elaine respira fundo secando o suor da testa. — Graças a Deus, você voltou meu rapaz. 

Christina põe as mãos na cintura olhando o paciente ainda de olhos fechados, inerte na cama. — Nossa essas paradas repentinas são mesmo impressionantes. elas não têm um padrão ou algum aviso, simplesmente acontecem. 

Elaine balança a cabeça. — Estou de verdade com medo desse paciente. — Ela olha para ele e para Christian. — Vou ligar para Cristina, como prometi a ela que passaria os diagnósticos dele, espero que ela esteja acordada. 

Ela ouve o toque do celular tocar duas vezes antes da moça atender. 

Cristina atende o alerta. — Alô, tudo bem? 

Elaine fala o mais calma possível. — Oi, Cristina pode falar no momento? 

— Sim! continue, aconteceu algo com o Gabriel? 

— Sim ele teve outra parada cardíaca, mas nós já o estabilizamos não se preocupe. — Ela acalma a moça. 

— Estou com medo dele não suportar isso por muito tempo. — Fala Cristina — Eu vou aí agora mesmo. 

Elaine olha para Christian enquanto desliga o telefone. — Ela está vindo, pegue os papéis dos exames dele por favor Christian. 

— Sim! — Ele fala já se direcionando para o escritório dela pegar registro médico do paciente. 

Horas depois Cristina chega ao hospital, e vai direto na recepcionista. 

— A doutora Elaine por favor. 

A recepcionista, pede para ela aguardar um momento, ligando para a emergência, uns minutos depois Elaine vem falar com ela. 

— Venha Cristina! 

 

*** Já no leito de Gabriel... *** 

Elaine fala — Essas paradas estão sempre vindo, uma às vezes duas no mesmo dia. 

Cristina está mostrando sinais de cansaço, mas não desiste. — Sinceramente esse caso me parece fora do comum. — Ela olha para ele com carinho. — Eu estive estudando alguns casos e pensei. — Ela para pôr um momento pensando se realmente deveria falar. — Será que ele não está sofrendo de coma estrutural? 

Davi ficou sabendo que Cris estava no hospital e veio falar com ela, então ele ouve o que ela está conversando com Elaine quando chega, curioso ele pergunta. — como você chegou nesse diagnóstico? 

Cristina, se assusta com a chegada repentina do doutor, depois fica envergonhada pensando que ele poderia se ofender com o que ela disse. — Doutor me desculpe, não quero me intrometer no seu plantão, só foi algo que me passou pela cabeça. 

Davi ri da falta de jeito da moça. — Ela é fofa quando fica tímida. —  Você ainda não faz parte da equipe por sua opção, lembre-se disso, mas me fale mais sobre isso que passou pela sua cabeça. 

Cristina continua. — Sim, a algumas horas atrás eu estava pesquisando as possíveis doenças relacionadas ao coma. e essa me pareceu a mais próxima do caso dele. quando ele estava na minha unidade chegou a abrir os olhos e chamou pelo meu nome e depois ele os fechou. Isso pode ser que ao receber o tiro ele pode ter batido com a cabeça e sofrido uma inflamação nas paredes do cérebro. 

Depois de ouvir atentamente enquanto Cristina falava, Davi diz… 

Você pode mesmo estar certa, pois a tomografia dele foi feita quando ele chegou aqui, e não acusou nada e com os laudos da sua unidade que me foi enviado eu descartei uma nova tomografia. 

Elaine entra na conversa entendendo o que seria necessário em seguida. — Já entendi vou refazê-la. 

Davi aproveita esse deixa para falar com Cristina. — E você venha logo fazer parte disso tudo, pois você tem um futuro brilhante. — Notando o cansaço visível no rosto da moça ele completa. — Agora vá para casa, que manteremos você a par da situação. 


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