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Emergência do Amor

Capítulos 35

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Emergência do Amor Capítulo 25

Noite difícil


*** Jonathan *** 

Foi um pouco incomum seu amigo ligar no meio da noite, Jonathan percebeu que algo não estava certo naquele dia, Gabriel estava estranho. 

Mas depois de saber o motivo, ele ria de alívio. 

Os preparativos não tinham sido nada difíceis, afinal todos já esperavam por isso, uma hora ou outra ia acontecer. 

Jonathan alugou um bonito terno para o amigo, que estava tão nervoso que nem sabia o que escolher, Gaby reservou o restaurante do primeiro encontro. 

Depois da noite passada, ela e Tiago estavam estranhos. 

Aí tem coisa. 

Jonathan pensava enquanto falava com eles. 

Neusa tratou de conseguir que toda a equipe estivesse no local na hora marcada. 

— Foi um pouco difícil. — Disse ela. — Dobrar o diretor Geral nunca é fácil, mas eu dou meu jeito. 

Ela estava orgulhosa do seu feito. 

Por fim, Gabriel disse ao design que queria para o anel, e Tiago tratou de pedir ajuda para um conhecido. 

Os preparativos estavam prontos, agora era só com Gabriel, ele não podia falhar. 

 

***Thiago *** 

A noite passada foi uma verdadeira loucura, Gabriela bebeu todas, e ficou mais animada do que o normal, então ele resolveu levá-la pra casa, no caminho ela ficou enjoada, então Tiago teve que parar o carro. 

— Você sabe que é fraca pra beber. — Ele fala indignado. — Então por que insiste nisso? 

— Aí deixa de ser chato. — Em meio a enjoos e vômitos ela conseguia ainda repreendê-lo. — Estávamos curtindo só isso. 

— Você não tem limite. — Ele estende uma garrafa de água para ela. 

— Obrigada. — Um pouco surpresa pela gentileza e sem jeito ela pega a garrafa e toma alguns goles de água antes de falar. — Você poderia simplesmente ter deixado do que eu pegasse um táxi. 

— A essa hora da noite? — Eles se encaram por um tempo, enquanto Gaby fecha a porta do carro. — Nem pensar. — Ele continua, se aproximando. 

Ela sempre esquece de pôr o cinto. 

Ele passa a mão sobre a barriga dela, esbarrando levemente na pele resposta, ele para e a olha, lindos olhos castanhos. 

Tenho fugido dessa proximidade pois pais de um mês, e aqui estamos nós. 

A vontade dele era beijá-la ali mesmo, mas sabia que não era certo, então antes de ceder de vez ele rapidamente afivela o cinto de segurança e quanto fala. 

— Você sempre esquece de pôr o cinto. 

Algo parece diferente, ela parece um pouco decepcionada, mas logo cruza os braços, mostrando indignação. 

— Não sei pra que isso, você sempre é tão cuidadoso quando dirige 

Ele dá partida e a conversa continua, com uma Gabriela menos bêbada e mais falante. 

Ao chegar na casa dela, ao invés de descer, ela o olha por um bom tempo como se pensasse no que fazer em seguida. 

— Tiago… — Ela começa chamando a atenção dele. — Por que todo esse cuidado comigo? 

— Do que você está falando? — Ele fica na defensiva. 

Ela não pode ter notado. 

— Você, sempre se preocupa com minha hora do almoço, sempre deixa água no meu consultório, você sempre pergunta como estou. — Ela começa enumerando. — Me dá carona quando preciso. 

— Não tem um motivo específico. — Ele olha pra fora não querendo encarar a garota no banco ao lado. 

— Então você pode por favor não fazer mais isso. — Ela fala mais baixo, o tom mais contido. 

O pedido o pega de surpresa, o deixando sem o que dizer. 

Ele respira fundo, e finalmente a encara, mas a coragem falha e ele desvia o olhar novamente. 

— Você é minha amiga, acho normal cuidar de você. 

Eu amo você, mas tenho medo de que você não sinta o mesmo. 

— Eu não pedi que você fizesse nada disso. — Ela fala realmente irritada agora. — Então pare por favor, não me deixe confusa. 

Ao falar isso ela abre a porta do carro e sai, deixando-o processando o que ela disse. 

Como assim confusa, o que ela quer dizer com isso? 

Tiago abre a porta do carro, a seguindo, ela está dando passos largos, muito irritada, ele sabe só pelo modo de andar que ela não está para conversa, mas não pode deixar passar, porque ele sabe que não vai dormir direito se não entender isso. 

Tiago a alcança quando ela começa a subir os degraus da casa, a segurando pela mão, fazendo- a virar e olhar para ele. 

— O que você quer dizer com isso? — Ele pergunta sem rodeio. 

Gabriela não olha nos olhos dele, ela está de cabeça baixa, Tiago segura seu queixo forçando-a a olhar para ele. 

O que ele vê ali é confusão, ela está irritada sim, mas confusa, sua expressão desolada o impele a se aproximar mais, seus rostos tão colados que é possível ver cada detalhe no fundo dos olhos de cada um, as manchinhas pretas misturando- se ao marrom, o aflito dos dois se misturando em uma neblina enquanto ele fala. 

— O que você quer que eu faça? O que você quer que eu diga? 

— A verdade. — Ela pede sem tremer. — Quero a verdade. 

Seus lábios quase se tocando. 

Tão perto, perto demais. 

O perfume dela, o deixa fora de si, ele não consegue raciocinar direito, e esse pedido simples revira sua mente. 

A verdade, só isso, como se fosse fácil. 

Eles ficam assim por um tempo, ela tentando entender as palavras não ditas dele, e ele lutando para pensar como dizer o que quer. 


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