Emergência do Amor Capítulo 7
O ACIDENTE
Ao sair da casa de Cristina, ele se xinga, indo até o carro, ele dirige pelas ruas vazias sem muito interesse de onde está indo.
Burro, como eu pude agir assim.
Foi porque ele quis, isso era um fato, ele não conseguia ficar no mesmo cômodo que ela sem fazer nada, essa mulher era um perigo para ele, com certeza.
Mas, talvez agora tenha estragado tudo, simplesmente por ter sido impulsivo, ela não era do tipo de garotas que saem nas baladas com ele e com Jonathan, Cristina era diferente, ele percebeu isso no dia que deu carona pra ela na primeira vez.
Agora talvez ela nunca mais queira me ver.
Ele dirige um pouco mais, mas sua cabeça está tão inquieta que dado um momento ele estaciona o carro e desce, nem se dá conta de onde está naquela hora da noite.
Preciso esfriar a cabeça.
Preciso pensar como vou me desculpar.
Ele não conseguia se imaginar sem ela, e o medo de que ela não queria nem olhar para ele no dia seguinte o torturava.
Estava tão concentrado em seus pensamentos, que ele não percebe alguém vindo em sua direção.
Quando ele nota o problema que se meteu já era tarde demais.
Um homem com capuz tampando o rosto e uma arma na mão o aborda.
— Passa todo dinheiro que você tem e o celular também.
O homem está eufórico, olhando de um lado para outro.
Gabriel levanta as mãos assustado e tenta conversar com o homem.
— Calma amigo!
— Calma nada, passa logo tudo ou eu te enfio uma bala na cabeça.
Ele leva a mão ao bolso para pegar a carteira, mas o ladrão achando que ele iria se defender atira e corre.
Gabriel cai com o impacto, segurando o peito.
— Droga! Agora não.
Ele tenta alcançar o telefone, com a mão livre e uma dor terrível invade seu corpo.
Estou perdendo a consciência.
Como médico ele sabe o que isso significa, ele tenta de novo e consegue alcançar o celular discando para os paramédicos. Uma telefonista atende,
— Alô, em que posso ajudar?
— Ele fala com o fôlego curto.
— Carla!
A voz sai fraca, mas ela consegue reconhecer.
— Doutor Gabriel, há algum problema.
— Paulista de frente com o MASP rápido, estou perdendo muito sangue.
Ela aciona o alerta vermelho, pedindo com urgência uma ambulância para o local indicado.
— Estamos a caminho, por favor fique comigo na linha.
Ainda bem… eu consegui… só queria poder ver Cristina agora… Cristina me… desculpe.
Carla chama insistentemente, mas ele não responde.
Gabriel não vê quando a ambulância chega e os paramédicos o levam para o hospital mais próximo. Ele acorda várias vezes, mas a dor e a falta de ar o fazem desmaiar, de novo e de novo.
Entre um momento e outro de lucidez tudo que ele consegue pensar é em Cristina, e no olhar assustado depois daquele beijo, a falta de reação dela, o sorriso dela, seu cheiro, seu modo de tratar as pessoas.
Se eu sair dessa, não vou deixá-la escapar de mim, se eu sair dessa vou fazer de tudo para conquistá-la.
Indíce
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