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Emergência do Amor

Capítulos 35

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Emergência do Amor Capítulo 18

O despertar

As buscas duraram meses antes que os dois fossem encontrados em uma pequena casa em Whitby, uma cidade pequena localizada em North Yorkshire. Ao serem encontrados o conde foi avisado se direcionando para o local. 

— Tragam eles para fora, pede o terrível homem. 

Guardas os arrastam para fora, fazendo com que Gabriel, assistisse enquanto batiam em sua amada, ele gritava e amaldiçoava os que nela tocavam. 

— Não toquem nela seus malditos, eu sou conde coroado por sua alteza, vou arrancar a mão de cada um que tocar nela... 

Um chute forte em seu rosto, o barulho e osso se quebrando. 

— Cale a boca cão maldito, você rouba minha noiva e ainda acha que tem a proteção da coroa? há! quem você pense que é? 

Boyle se aproxima da moça, levantando sua cabeça puxando pelos cabelos, ela não grita ao invés disso o encarou com fúria assassina, ele ri ao olhar seus olhos ferozes, 

— Ha ha! nos daríamos muito bem se você não tivesse me feito de idiota, mas já que você gosta de brincar com escravos que tal isso. 

Seus soldados dão risadas já imaginando a terrível proposta que seria feita a seguir… 

 

*** Tempos atuais *** 

 

*** Enquanto isso no hospital Sírio Libanês… *** 

 

Davi está preocupado com a demora do resultado dos novos exames de Gabriel 

— E então Elaine já chegaram os resultados? — Pergunta ele pela quinta vez. 

— Sim senhor, e foi comprovado o que Cristina disse. — Ela fala com alívio. — Ele realmente está sofrendo de uma doença estrutural. 

Finalmente temos como lidar com isso. 

Ele pensa aliviado, o máximo já tinha sido feito, eles precisavam administrar agora antibióticos para acabar com a infecção, os líquidos intravenosos e oxigênio já estavam sendo usados desde o começo e era feito tratamento de fisioterapia para que seus músculos não ficassem enrijecidos. 

— Hum!!! Sabendo disso, temos que começar o tratamento o mais depressa possível. 

A equipe de Davi não descansa, não se entrega. agora já sabendo o caso de Gabriel, tudo fica bem mais fácil, graças a ideia de Cristina. 

Elaine passa a mão na testa enquanto fala pronto todos os procedimentos já foram tomados, agora vou tirar o sedativo e esperar para ver como ele reage. 

A semana foi um alvoroço, com movimentação de entrada e saída de pacientes. Até que Elaine é chamada com urgência na UTI. 

Christian, que está o tempo monitorando Gabriel, fala alegremente na porta do setor. 

— Elaine, o paciente Gabriel está reagindo. 

Elaine mais que depressa vai ao leito do paciente, e o encontra com os olhos abertos. 

— Olá! Como você está? — Fala com calma. 

— Onde estou? Qual lugar é esse? — Pergunta Gabriel, com a voz rouca, devido ao tempo que ficou sem falar. 

— Tudo bem! Calma, eu preciso que você me responda algumas perguntas primeiro, tudo bem? 

— Não, eu só quero saber o que está acontecendo, onde eu estou? — Ele insiste com mais impaciência. 

Elaine respira fundo e tenta de novo. — Tá bom! Do que você se lembra? 

Ele para pôr um momento tentando colocar a cabeça em ordem. 

— Eu… eu, não sei, minha cabeça está confusa. 

— Você lembra do seu nome? — Ela pergunta pegando uma caneta com uma luz na ponta, apontando para os olhos do paciente. 

— Sim, sou Gabriel. O que houve? — Ele responde enquanto colabora com o procedimento de acompanhar o dedo da médica de um lado para outro, e olhar a luz que ela aponta para seus olhos. 

— Então Gabriel, você sofreu um acidente você se lembra de algo desse tipo? — Ela apaga a luz e volta a colocar a caneta no bolso. 

— Acidente? Eu? — Ele mais uma vez. — Não sei… Eu lembro de estar no meu carro…. 

Ela levanta as mãos pedindo paciência a ele. — Ok! Você sofreu um assalto e foi ferido. — Ela deixa que ele processe a informação antes de continuar você está no hospital Sírio Libanês, sob os cuidados da equipe médica do doutor Davi. — Ela vai explicando com toda a calma, para que ele não se assuste. 

— Sim… agora estou me recordando. Eu sofri um assalto, verdade. 

— Ótimo, vamos com calma tá bom. Você sente alguma dor? 

— Não estou bem com os meus pensamentos que estão vagos, nada mais que isso. 

Ele para pôr um momento pensando no que aconteceu e começa a dizer para a doutora tudo que lembra. 

— Eu saí da casa de uma amiga, e estava indo para a minha, aí parei em um farol, e dois rapazes me abordaram… não, eu espero… eu não estava no carro, eu estacionei para andar um pouco e fui assaltado enquanto andava, por um homem encapuzado, foi isso… acho que ele se assustou e atirou, mas só lembro disso, acho que nem sei direito o que aconteceu. 

Ele vai tentando recordar, algumas informações não estão corretas em sua mente e falta algo, mas ele não consegue lembrar o que. 

— … Cristina, onde ela está? — Um pavor toma conta dele. 

Será que ela estava comigo? 

A médica percebe a alteração em seus batimentos cardíacos, e fala. 

— Tudo bem não se altere, ela está bem, está em casa. — Ela tenta deitá-lo. — Com calma você pode olhar para o seu peito e verá uma cicatriz, esse foi o local onde você recebeu um tiro, por isso você está aqui. 

Ele tenta se levantar novamente. 

— Um tiro? — A pressão arterial acelera novamente. — A Cris eu preciso ver a Cris. — Christian o segura no lugar. — Ela foi atingida também não é? — Ele se debate sobre os braços do médico. — Pode me dizer, como ela está me fala. 

Nesse momento Gabriel começa a ficar mais alterado, querendo de qualquer jeito se levantar, Elaine e Christian fazem força para o conter. 

— Christian! — Fala ela enquanto faz força. 

— Sim, doutora. — Ele responde. 

— Consegue segurá-lo sozinho, vou tentar aplicar um sedativo. 

Gabriel ao ouvir isso se debate mais forte. 

— Não!  O que aconteceu… me contém… Cristina… Cristina… - A doutora consegue aplicar o sedativo. - Cris…ti…na… 

Com o sedativo já correndo em suas veias, Gabriel não tem o que fazer a não ser ver suas forças indo e seus olhos fecharem. 

Christina tenciona os braços. — Puxa ele estava desesperado. 

— Sim! Preciso ligar para Cristina. — E com isso Elaine sai. — Por favor continue monitorando, se tudo der certo amanhã ele pode ir para o quarto. 

No mesmo momento, já em casa Cris tem uma sensação estranha. 

— Nossa que angústia é essa? — Ela passa a mão no peito. — Não! Será que aconteceu algo com Gabriel. — Ela se levanta da cama se arrumando. — Preciso ir lá, agora mesmo. 

Como se o destino estivesse a fim de tornar esse reencontro verdadeiro, Cristina sai em disparada ao hospital. 

Quando está próximo ao hospital seu celular toca e ela se apressa em atender. 

— Alô Elaine! Aconteceu algo com o Gabriel, não é? — Ela continua passando a mão no peito. — Eu senti algo estranho e já estou chegando aí. — Ela para pra dar instruções ao motorista, antes de voltar a falar. — Me fala o que houve. 

— Onde você está? — Pergunta Elaine. 

— Há duas quadras do hospital. 

— Sim, te espero aqui para conversarmos, até já. 

Com o coração a mil, Cristina pede ao Uber para ir o mais rápido possível. E depois de minutos ela dispara recepção adentro. 

— Cadê a doutora Elaine? — Ela pergunta apressada. — Eu preciso falar com ela. 

A doutora vem andando pelo corredor Calma Cris, venha comigo. 

Elas andam lado a lado, enquanto Cris assustada não se contém ao, Elaine me diz como ele está. Ele piorou não foi? — Pergunta ela já esperando o pior. — Pode me dizer. 

Elaine põe a mão no ombro de Cristina tentando acalmá-la. — Não mocinha, pelo contrário ele acordou, eu conversei com ele e… 

Ela não consegue terminar de falar, nesse momento Cristina deixa a doutora ali no corredor da recepção e corre para a UTI, para o leito de Gabriel. 

— Cris espera. — Fala a médica que correu para alcançá-la. 

— Gabriel? — Ela chama achando que dessa vez ele está só dormindo. — Gabriel! 

Ela fica ali acariciando a cabeça do rapaz. 

— Ele está sedado. — Explica rapidamente Elaine. — Ele não vai acordar agora. 

Cristina olha do paciente para a médica tentando entender o motivo de tudo isso. 

— Eu tive que sedá-lo, porque ele ficou agitado quando recordou do acidente, ele pensou que você estava com ele e isso o fez se alterar muito. 

Lágrimas, muitas lágrimas, rolam rosto abaixo de Cristina. E ela nem tenta impedi-las, pois só pensa que seu amado finalmente venceu a batalha e estava ali são e salvo. 

— Olha! eu ia te ligar para te dar a notícia, mas não imaginei que você já estava vindo para casa. — Ela comenta admirada. — Isso é realmente impressionante. — Então ela fala mais sério. — Você precisa ir para casa e amanhã você vem até aqui para vê-lo 

Cristina balança a cabeça negando o pedido da médica. 

— Não, eu não vou a lugar algum, eu preciso estar aqui quando ele acordar. 

Elaine suspira. — Você não vai poder passar a noite aqui, Cris. 

Nesse momento Davi aparece na porta da UTI, vindo até o leito. 

— Tudo bem Elaine, eu me responsabilizo por ela. Deixe que ela fique, afinal se ele acordou foi graças a Deus e a Cristina que nos mostrou a luz. 

Cristina vai em direção a Davi e o abraça, agradecendo por cuidar do Gabriel por ela. 

—Obrigada doutor, não sei como te agradecer, o que vocês fizeram foi maravilhoso. — Ela abraça Elaine também. — Obrigada mesmo. 

— Não tem de que minha menina. — Fala Davi com carinho. 

Gabriel é autorizado a ir para um quarto, sob a supervisão de Cristina, que passaria a noite monitorando-o, agora só os dois no quarto ela fica olhando para ele, e as horas vão passando e ela adormeceu ali mesmo na poltrona que colocou do lado da cama dele. 


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