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Emergência do Amor

Capítulos 35

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Emergência do Amor Capítulo 32

Um acidente próximo do Natal

Os dias passavam rapidamente, e logo chegou o natal, uma enorme árvore foi montada na recepção do hospital, e algumas pessoas poderiam colocar presentes e doações para o tratamento de crianças com leucemia, a alegria das festividades estava no ar, mas também a perspectiva de possíveis problemas. 

Uma das piores datas do ano para quem trabalha no hospital era o tempo de férias escolares, e feriados como natal e ano novo, as pessoas ficavam mais imprudentes. 

Bebendo e dirigindo, vários acidentes aconteciam, sem contar em brigas de bar e motoqueiros doidos dando grau em motos roubadas. 

Então a equipe já estava preparada para essas eventualidades, mesmo indo para casa depois do expediente todos deixavam seus celulares com toque diferente caso fossem chamados de repente. 

Dois dias antes do natal, um acidente envolvendo um motorista com passageiro e um motoqueiro deixou a equipe bem ocupada e Cristina ainda não tinha recebido seu documento médico, só podendo atuar como enfermeira por enquanto, mas ela fazia o que podia, e seu relacionamento também estava ótimo, eles intercalaram entre a casa dela e de Gabriel e os preparativos com o casamento tomava o restante do tempo. 

 

... ****************************...
 

No dia do acidente Tiago estava de plantão, e os envolvidos no acidente foram trazidos já passava das 23 horas, o médico rapidamente fez seu trabalho avisando a equipe, e dando os primeiros socorros necessários. 

— O que temos aqui? — Pergunta Gabriel terminando de pôr o jaleco branco. 

— Acidente envolvendo um carro e uma moto, dois feridos gravemente, um inconsciente. — Tiago checava a pressão, enquanto Gabriel via os movimentos oculares. 

Cristina e Gabi chegam em seguida, amarrando os cabelos. 

— Esse vai precisar de uma cirurgia na perna, fratura resposta. — Cris deu o diagnóstico. 

A perna do homem estava com um osso para fora rasgando a pele, o sangue jorrava vermelho vivo. 

— Senhor? Consegue me dizer quantos dedos tem aqui? — Gaby conversa com o outro. 

Os meninos se ocuparam com a mulher que estava inconsciente. 

Vamos levar ela para fazer exames, precisamos saber o motivo da inconsciência. 

O homem com a perna quebrada choramingava. 

— Minha esposa, por favor salve minha esposa. 

Gaby e Cris se olham já entendem mais ou menos a situação. 

— Senhor, pode nos responder algumas perguntas rápidas. — Cris conversa com o homem enquanto Gaby pede liberação na sala de cirurgia. 

— Sim, mas por favor salve minha esposa. 

Ele continua choramingando, enquanto o outro rapaz, provavelmente o motoqueiro se deita na maca cobrindo os olhos com um braço. 

— Você não pode se deitar agora, precisamos ter certeza de que você está fora de perigo primeiro. 

— Eu estou bem, minha moto que não está. — Responde o rapaz sem se levantar do lugar. Elas olham para ele, um rapaz novo, aparentando 20 anos, joelho e braços ralados, queimados do asfalto, aparentemente, mas nada além disso. 

Cris pede para Neusa levar ele para a enfermaria, prometendo voltar para tratá-lo, enquanto fala com Gaby. 

—Tente descobrir o máximo com o senhor, eu cuido do rapaz. 

— Tudo bem! Boa sorte. 

 

*** Gabriela *** 

 

O senhor estava alterado, achando que sua esposa não voltaria a abrir os olhos. 

— Minha esposa, minha esposa. — Ele repetia sempre parar. 

— Senhor, preciso saber seu nome e o nome de sua esposa, e se tem alguém pra quem podemos ligar. — Gaby falava calmamente, enquanto fazia uma limpeza rápida em outros machucados, a sala de cirurgia ainda não tinha sido liberada, então ela liga novamente pedindo urgente. 

O homem perdeu muito sangue devido ao ferimento grave, e ela sabia que se não recebesse o tratamento adequado logo ele apagaria. 

Finalmente uma equipe secundária é preparada para ajudar ela e a sala é liberada. 

Depois de duas horas na sala de cirurgia, o homem foi mandado para observação. 

Gabriela exausta vai à sala de descanso para recuperar as forças. 

 

*** Cristina *** 

O rapaz se recusava a cooperar, mas Cris tinha paciência de sobra, sem falar que estava preocupada com a situação. 

Ao chegar à enfermagem a maca do homem está ensanguentada, ela faz uma rápida avaliação, descobrindo o motivo do sangue 

— Senhor, você está com um machucado na cabeça, preciso dar alguns pontos e fazer uma tomografia e uma ressonância, para saber se está tudo bem. 

— Eu disse que estou bem, só costure e me deixe em paz. — O rapaz fala sem muita preocupação com seu estado atual. 

— Escute aqui, eu não vou deixar você morrer, você não sabe como a vida é preciosa, não importa o que aconteça, quem está certo ou errado, não ligo pra isso, você vai deixar eu fazer o meu trabalho e vai cooperar, vai sair desse hospital recuperado ou eu não me chamo Cristina. —  Já cansada da situação ela fala com autoridade. 

O rapaz olha para ela surpreso, olhos arregalados, e concorda com a cabeça. 

— Muito bem agora não se mexa. — Ela dá os pontos necessários e pede ajuda para levar a maca para a sala de exames. 

Depois de tudo feito ele a enfermeira leva a maca para a sala de observação, pedindo que fiquem de olho nele até que os resultados dos exames saem, então vai para a sala de descanso encontrar Gabriela. 

— Então como foi as coisas com o seu paciente? — Cris pergunta ao sentar-se ao lado da amiga. 

Gaby suspira antes de falar. — Ele está em observação, vou tentar falar com ele depois que acordar. — Ela deita a cabeça no ombro de Cris. — E o motoqueiro? 

— Ai, ai! Tive que ser mais séria com ele. — Ela abana as mãos no ar, indignada. — Acredita que ele estava com um corte na cabeça, mas não quis deixar eu fazer nada. 

— Mas se a moto bateu de frente por que um corte atrás? — Gaby se senta olhando para Cris. 

— Não sei, mas não parece que tenha a ver com o acidente. 

O celular toca avisando que o paciente da Gaby acordou, e ela se levanta. 

— Vou tentar descobrir o que aconteceu e o nome dele. — Ela sai rapidamente, deixando Cris na sala por um tempo sozinha, pensando sobre esse acidente. 

Umas 4 horas depois do acidente, dois policiais aparecem, fazendo algumas perguntas para a equipe e querendo ver os pacientes, eles conseguem conversar com o senhor do carro, paciente da Gaby, ela descobriu que se chamava Jorge, ele e sua esposa estavam indo para a casa de sua mãe para passar o natal com a família, quando a moto vinha na contramão bateu de frente no carro amassando toda a frente, por sorte não tiveram ferimentos mais graves ou perderam a vida. 

A esposa de Jorge estava ainda sob efeito da anestesia, por isso não conseguiram confirmar a história com ela. 

Quando foram falar com o motoqueiro ele não estava no leito, Cristina é avisada e pede ajuda dos seguranças para olhar as câmeras de vigilância. 

A equipe procura em todo o hospital não encontrando o rapaz. 

— Como uma pessoa consegue sumir assim sem ser vista nas câmeras? — Cristina fica curiosa e nervosa, os exames são entregues a ela enquanto o resto da equipe procura por ele. 

Os policiais se juntam na busca, mas não o encontram em lugar nenhum. 

— Não podemos fazer mais nada no momento. — Fala Gabriel acalmando o pessoal. — Só podemos esperar que ele não desmaie pelas ruas, mas se acontecer ele vai voltar para o hospital. 

— Os exames não deram nada, ele não tem problema nenhum na cabeça. — Cristina está mais tranquila, pelo menos ele não vai morrer na rua por causa do traumatismo craniano. 

— E sem falar que os outros dois estão fora de perigo. — Tiago fala aliviado. 

— Mais uma noite que conseguimos. — Parabéns equipe. 


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