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Flores de Gelo: O império caído

Capítulos 39

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Flores de Gelo: O império caído Capitulo 13 - Parte II

As sombras de Harya começaram a se dissipar, mas ainda havia um último movimento. Harya ergueu as mãos, canalizando sua própria magia em uma esfera negra que crescia a cada segundo. O olhar de Anya se encontrou com o de Klaus, e ela sabia que a verdadeira batalha estava apenas começando.


De repente, a esfera negra explodiu com um estrondo ensurdecedor, liberando uma onda de energia que varreu o campo de batalha, arremessando todos para longe. Anya sentiu seu corpo ser lançado para trás, mas antes que pudesse entender o que estava acontecendo, uma sensação estranha a envolveu. Seu corpo foi tomado por uma energia desconhecida, e em um piscar de olhos, tudo ao seu redor se apagou.
 
O campo de batalha desapareceu, e Heather se viu de repente em um lugar sombrio e desolado. O solo estava quebrado, com fendas que liberavam fumaça escura, e o céu acima era uma camada espessa de nuvens roxas e negras, como se a luz nunca houvesse existido ali. O ar era denso e frio, e uma sensação de opressão tomava conta de sua mente. Ela percebeu que estava sozinha.


—    Onde... onde eu estou? — Heather murmurou, olhando ao redor.


Antes que pudesse se recuperar, o som de passos pesados ecoou pela terra rachada. Uma sombra se formou à sua frente, uma silhueta enorme que se destacou contra o fundo negro. Lentamente, a criatura se materializou, e Heather deu um passo para trás, seus olhos se arregalando ao ver o que surgia da escuridão.


O monstro tinha uma forma grotesca, com a pele escura e escamosa como se fosse feita de rochas negras. Suas garras eram longas e afiadas, e sua boca estava cheia de dentes curvos e afiados, capazes de rasgar carne com facilidade. Sua cabeça era coberta por uma espécie de casco, e de seus ombros, grandes espinhos de obsidiana se erguiam, reluzindo com uma luz sombria. Seus olhos, pequenos mas penetrantes, brilhavam com uma luz vermelha, e a criatura exalava um cheiro de enxofre queimado.


Heather não hesitou. Ela já havia enfrentado monstros antes, mas nada como isso. Ela rapidamente ergueu as mãos e murmurou um feitiço, conjurando uma explosão de fogo que iluminou o reino sombrio ao redor dela. Chamas dançaram ao seu redor, envolvendo seus braços em um manto de fogo ardente.


O monstro avançou com um rugido ensurdecedor, levantando uma de suas enormes patas para atacar. Heather, rápida, saltou para o lado, desviando da esmagadora pressão que a criatura estava causando ao bater no chão. Ela então estendeu as mãos, criando um arco de chamas que disparou contra o monstro com velocidade. A criatura recuou momentaneamente, sua pele escamosa queimando levemente, mas logo se regenerou,
 
como se o fogo não fosse o suficiente.


—    Não vai ser tão fácil... — Heather disse para si mesma, concentrando sua energia. Ela sentiu o calor das chamas, mas sabia que precisaria de mais para enfrentar essa coisa.


A fera avançou novamente, suas garras cortando o ar com um zumbido mortal. Heather, sem hesitar, conjurou uma barreira de chamas ao redor de si mesma, esperando que o impacto das garras do monstro fosse dissipado pelo fogo. Quando o monstro atingiu a barreira, um choque de calor e força aconteceu, e Heather sentiu a resistência da magia da criatura tentando quebrar sua defesa.


Mas ela não parou. Com um movimento rápido, ela transformou as chamas ao seu redor em uma lança de fogo, atirando-a diretamente contra o peito da criatura. A lança atravessou a criatura com um grito estridente, mas novamente, a ferida se regenerou, deixando Heather sem saber o que mais fazer.


—    Como você se regenera tão rápido?! — Heather gritou, já começando a sentir o cansaço de manter tanta magia ativa.


O monstro, agora furioso, ergueu sua enorme cauda e a balançou em direção a Heather. Ela pulou para o lado, mas a cauda bateu no chão com força, criando uma onda de choque que a derrubou no solo. O impacto fez Heather perder o equilíbrio, mas antes que o monstro pudesse se aproximar para dar o golpe final, ela gritou com toda a sua força, conjurando uma nova onda de chamas.


Desta vez, ela combinou o fogo com uma magia de raios, criando uma tempestade de chamas que envolveu a criatura. O monstro rugiu, as chamas consumindo sua pele, mas mais uma vez, ele se regenerou, aparentemente imune ao fogo convencional. A criatura começou a avançar novamente, e Heather percebeu que o tempo estava se esgotando.
 
Ela precisava ser mais estratégica.


Com um gesto rápido, ela invocou uma esfera de fogo concentrado, combinando todas as suas energias em um único ponto de destruição. Ela lançou a esfera diretamente no centro do peito da criatura, onde, finalmente, a magia encontrou resistência. O impacto causou uma explosão de fogo que iluminou toda a área ao redor, e a criatura estremeceu, cambaleando para trás, enquanto sua regeneração começava a falhar.


Mas a batalha ainda não estava ganha. A criatura, enfurecida, investiu contra Heather com um grito que fez o chão tremer. Ela sabia que o próximo movimento precisava ser decisivo.


Sem hesitar, Heather fechou os olhos por um momento, respirando fundo. Quando os abriu novamente, sua determinação brilhou com intensidade. Ela invocou a magia mais poderosa que conhecia, canalizando todo o fogo que havia acumulado em um único ponto. Com um grito de poder, ela disparou um feixe de chamas tão intenso que parecia rasgar a própria realidade ao redor dela.


O monstro foi atingido diretamente, e desta vez, não houve regeneração. As chamas consumiram sua carne escura e escamosa, e a criatura emitiu um último rugido, sendo finalmente destruída pelas forças do fogo e da magia. Sua enorme figura desmoronou no chão, desaparecendo nas chamas que agora tomavam o reino sombrio ao redor.


Heather caiu de joelhos, exausta, mas aliviada. Ela sabia que a luta não estava completa, mas naquele momento, ela havia conquistado uma vitória.


Com a criatura destruída, o reino de escuridão ao seu redor começou a se desfazer, e Heather sentiu uma sensação estranha, como se estivesse sendo puxada para longe daquele lugar. Mas, antes que pudesse compreender o que estava acontecendo, o espaço ao seu redor começou a se distorcer novamente, como se o próprio reino estivesse desintegrando.


⏪⏪⏪


As sombras de Harya começaram a se dissipar, mas ainda havia um último movimento. Harya ergueu as mãos, canalizando sua própria magia em uma esfera negra que crescia a cada segundo. O olhar de Anya se encontrou com o de Klaus, e ela sabia que a verdadeira batalha estava apenas começando.


A esfera negra se expandiu até seu limite e, com uma explosão ensurdecedora, a energia escura se espalhou pelo campo. Crystal tentou proteger-se, mas a onda de energia envolveu seu corpo, e antes que pudesse gritar ou reagir, uma sensação de queda profunda a envolveu. Ela foi arremessada para um novo lugar, como se tivesse sido puxada por uma força invisível.


Quando a escuridão ao seu redor se dissipou, Crystal se viu em um reino desolado, onde a terra estava coberta por uma camada de gelo espesso e cristalizado. O céu acima era um manto de nuvens densas e cinzas, sem sinal de sol. A temperatura era gélida, mas, de algum modo, Crystal não sentia o frio como deveria. Sua magia parecia pulsar em sintonia com o ambiente.


Mas antes que pudesse se concentrar, um som de estalos se fez ouvir. Algo estava se movendo nas sombras. Crystal ergueu a mão, invocando uma camada de gelo ao redor de si mesma como uma proteção imediata. A figura que emergiu da escuridão fez seu coração disparar.


Era um monstro imenso, formado por uma estrutura de ossos congelados, com uma pele que parecia feita de uma mistura de cristal e gelo negro. Suas garras afiadas
 
estavam cobertas por um manto de neve espessa, e seus olhos, brilhando com uma luz espectral, refletiam a escuridão ao seu redor. A criatura rosnava baixinho, seu fôlego formando nuvens de gelo no ar.


Crystal não perdeu tempo. Ela levantou a mão e, com um gesto rápido, gerou uma lâmina de gelo, afiando a lâmina com uma energia pura e gelada. Ela avançou contra o monstro, cortando o ar com a lâmina de gelo. A criatura bloqueou o golpe com suas garras, mas a lâmina de cristal a fez retroceder, rachando parte de sua pele congelada.


O monstro rosnou, mais furioso do que antes, e avançou com uma velocidade surpreendente para uma criatura tão massiva. Ele atacou com suas garras, fazendo com que Crystal se esquivasse agilmente para o lado. O chão se rachou onde suas garras tocaram, liberando fragmentos de gelo que voaram pelo ar.


Crystal sentiu o gelo de sua magia fluir por suas veias enquanto ela saltava para o alto, criando plataformas de gelo sob seus pés para se manter fora do alcance da criatura. Ela apontou as mãos para baixo, criando uma chuva de estalactites de gelo que desceram como flechas afiadas, atingindo o monstro com precisão. No entanto, a criatura parecia mais resistente ao gelo do que Crystal esperava, e logo as feridas começaram a se regenerar.


— Não vai ser tão fácil... — Crystal murmurou para si mesma.


A criatura, agora com mais raiva, investiu novamente, esta vez com um rugido ensurdecedor. Crystal, sem tempo a perder, conjurou uma esfera massiva de gelo no centro de seu corpo, aumentando seu tamanho até que ela se tornasse do tamanho de uma bola de neve gigante. Ela a lançou contra o monstro, que, momentaneamente, ficou preso dentro da esfera congelada. O monstro tentou se libertar, mas o gelo era espesso e a pressão aumentava à medida que o gelo se expandia.
 
Porém, o monstro não se rendeu. Ele usou suas garras para rasgar o gelo ao seu redor, liberando-se com uma força brutal. Crystal sentiu o ar ao redor dela mudar, como se o próprio reino estivesse reagindo à sua luta. O chão tremeu, e a criatura disparou uma onda de energia congelante de sua boca, cobrindo tudo em seu caminho com um manto de gelo negro.


Crystal, rápida, se defendeu com um escudo de gelo cristalizado, mas a força do ataque a derrubou. Ela caiu no chão com um estrondo, mas logo se levantou, focada. Ela sabia que estava em uma corrida contra o tempo. A energia do monstro era imensa, e se ela não acabasse com isso logo, ele a subjugaria.


Crystal estendeu as mãos para o céu, invocando uma poderosa tempestade de neve e gelo. Flocos de neve congelante começaram a cair sobre o monstro, e ela concentrava sua magia, fazendo com que o frio ao redor se intensificasse. Ela começou a gerar colunas de gelo ao seu redor, forjando-as como lanças afiadas e disparando-as uma após a outra contra a criatura.


O monstro, cada vez mais enfurecido, se protegia com suas garras, mas a velocidade e a quantidade de ataques estavam fazendo sua resistência ceder. A criatura rosnou mais alto, e seus olhos vermelhos brilharam com uma intensidade crescente.


Crystal sabia que precisava de um golpe final. Ela invocou a magia mais poderosa que conhecia, uma técnica que ela sempre hesitara em usar. Ela fechou os olhos, sentindo a energia fluir por todo o seu corpo, e então estendeu os braços para o céu, criando uma esfera de gelo puro, tão densa e fria que parecia congelar até mesmo o próprio ar ao seu redor. A esfera foi crescendo, até que ela a disparou contra o monstro.


O impacto foi devastador. O monstro gritou com uma dor ensurdecedora enquanto o gelo envolvia seu corpo. A esfera de gelo se expandiu, cobrindo-o por completo, e a criatura foi congelada em um bloco de gelo negro, sua carne petrificada pela força do
 
impacto. Crystal observou por um momento, sentindo a exaustão tomar conta de seu corpo. Ela havia vencido, mas a batalha não a havia deixado ilesa.


Ela caiu de joelhos, exausta, mas satisfeita com a vitória. O monstro estava destruído, e o reino de escuridão ao seu redor começava a se desintegrar, as sombras se dissipando como neve ao vento.


⏪⏪⏪


As sombras de Harya começaram a se dissipar, mas ainda havia um último movimento. Harya ergueu as mãos, canalizando sua própria magia em uma esfera negra que crescia a cada segundo. O olhar de Anya se encontrou com o de Klaus, e ela sabia que a verdadeira batalha estava apenas começando.


A esfera negra, agora colossal, explodiu com um estrondo estrondoso, enviando ondas de choque por todo o campo. Victórya sentiu o impacto, seu corpo sendo puxado por uma força invisível. Antes que pudesse gritar ou reagir, a energia sombria a envolveu, e ela foi arremessada para longe, transportada para um reino completamente diferente.


Quando a névoa escura ao redor se dissipou, Victórya percebeu que estava em um lugar estranho e desolado. O céu acima era uma vasta camada de escuridão, sem estrelas, apenas uma imensa névoa escura que parecia devorar a luz. O solo sob seus pés era sólido, mas rachado, como se a terra tivesse sido corroída por uma força maligna.
Árvores negras e distorcidas se erguiam ao longe, e um vento gélido soprava com uma violência fria.


Ela sentiu a vibração da terra sob seus pés, uma sensação familiar. Victórya respirou fundo e concentrou sua energia, tentando manter a calma. Ela tinha o poder sobre a terra e a mente, habilidades que seriam essenciais para vencer o que quer que estivesse à espreita neste lugar.


De repente, uma sombra se moveu na escuridão. Algo se arrastava na penumbra, seus passos pesados reverberando pelo campo. Victórya estendeu as mãos, sentindo o solo sob ela se mover em resposta à sua energia. Ela fez o chão tremer ligeiramente, testando a sensação de controle que ainda mantinha sobre a terra. Mas a criatura apareceu antes que ela pudesse preparar mais.


Era uma abominação de carne e pedra, uma mistura grotesca de forma humana e elementos da terra. Seu corpo era grande e musculoso, mas coberto de rachaduras e fissuras, da qual escuridão e pedras afiadas se projetavam como lâminas. Seus olhos, brilhosos como rubis, observavam Victórya com uma fúria primal. Suas mãos, enormes, estavam cobertas por garras feitas de pedra negra. Ele rugiu, e a terra ao seu redor se sacudiu, como se a criatura estivesse conectada ao próprio chão.


Victórya não hesitou. Ela levantou as mãos para o céu e invocou o poder da terra. O solo ao seu redor se levantou, criando barreiras de pedra para protegê-la, e uma espada de rocha solidificou-se em sua mão. Ela atacou rapidamente, a espada cortando o ar com uma força brutal. A lâmina de pedra colidiu com o monstro, mas a criatura apenas recuou, sacudindo a pedra da superfície de seu corpo com um rosnado feroz.


Com um movimento ágil, Victórya invocou a mente da criatura, tentando manipular sua percepção. Ela se concentrou, tentando enfraquecer sua mente, moldando suas emoções para que ele vacilasse. Mas a resistência do monstro era impressionante. Ele urrou e levantou suas enormes garras de pedra, avançando com uma velocidade surpreendente para um ser tão massivo.


Victórya saltou para o lado, rolando no chão e criando uma série de estacas de pedra que dispararam contra o monstro. Ele bloqueou os ataques com sua enorme mão, mas as estacas cravaram-se em sua carne rochosa, fazendo-o retroceder momentaneamente.
 
A batalha estava ficando mais intensa. O monstro atacou novamente, com seus braços de pedra se erguendo para esmagar Victórya. Mas ela não era tão vulnerável quanto ele imaginava. Ela convocou o solo sob seus pés, criando uma onda de terra que levantou pedras ao seu redor, criando uma espécie de armadilha. Ela usou sua habilidade para controlar a terra ao redor dela, fazendo com que o solo se tornasse uma muralha de rochas que protegiam sua posição.


Com um movimento rápido, ela empurrou uma parte do solo com a força de sua mente, lançando uma rocha maciça em direção ao monstro. Ele foi atingido com o impacto da rocha, mas não o derrubou por completo. No entanto, a criatura parecia enfraquecida.


—    Você não vai me controlar tão facilmente — a criatura resmungou, sua voz rouca e profunda.


—    Eu não preciso controlar você. Só preciso derrotá-lo — Victórya respondeu, sua voz firme.


Ela se concentrava mais na terra ao redor, agora sentindo cada vibração do solo. A batalha estava longe de ser fácil, mas ela sabia que podia usar a terra a seu favor.


Vendo uma brecha na defesa do monstro, Victórya concentrou sua mente, criando uma rachadura no chão que se expandiu rapidamente, separando o monstro de seu apoio e fazendo com que ele caísse para um buraco profundo. Ela usou sua habilidade para estabilizar o buraco e fez pedras afiadas surgirem das paredes, espetando o monstro. Ele gritou de dor, tentando se libertar, mas a pressão da terra era demais.


Quando a criatura finalmente cedeu, suas últimas forças se esvaíram, e a terra a cobriu, engolindo-a. O silêncio que se seguiu foi pesado, mas não durou muito. Victórya, exausta, caiu de joelhos, respirando pesadamente. A batalha foi árdua, mas ela havia vencido.


A escuridão ao redor começava a se dissipar, e Victórya sentiu que o reino de escuridão estava cedendo. Ela sabia que, enquanto a luta contra o monstro havia terminado, outras batalhas ainda estavam por vir.


⏪⏪⏪


As sombras de Harya começaram a se dissipar, mas ainda havia um último movimento. Harya ergueu as mãos, canalizando sua própria magia em uma esfera negra que crescia a cada segundo. O olhar de Anya se encontrou com o de Klaus, e ela sabia que a verdadeira batalha estava apenas começando.


No instante em que a esfera explodiu, o mundo ao redor de Kikyo se distorceu, como se a realidade estivesse sendo rasgada. Um vórtice de escuridão a envolveu, e ela foi abruptamente teletransportada para um reino sombrio e vazio. O chão era coberto por uma neblina espessa e as árvores, tortas e secas, se estendiam para o céu negro. O ar estava pesado, como se até a própria respiração fosse um esforço. Ela sentiu seu corpo ser puxado para o centro do reino, onde um ser de pura escuridão surgia.


O monstro diante de Kikyo era uma criatura gigantesca, com um corpo composto por raízes e galhos retorcidos. Seu tronco parecia pulsar com uma energia venenosa, e olhos vermelhos brilhavam através das sombras. Suas garras de pedra se arrastavam pelo chão com um som assustador, enquanto seu rugido ecoava, reverberando pelas árvores secas que pareciam se encolher com o som.


Kikyo rapidamente levantou as mãos, invocando os ventos para cercá-la, criando uma barreira de ar ao seu redor. Ela se preparou, sentindo a energia da natureza ao seu redor.
 
O monstro avançou, suas garras afiadas cortando o ar enquanto Kikyo saltava para o lado, desviando das investidas. Ela convocou uma rajada de vento que cortou a criatura, mas seus galhos retorcidos se regeneraram rapidamente, mais ferozes do que antes.


—    Não posso deixar que isso me vença — Kikyo sussurrou para si mesma, sentindo a pressão do combate.


Com uma explosão de energia, ela invocou uma corrente de ar tão poderosa que criou um furacão ao seu redor, lançando folhas secas e fragmentos de madeira contra o monstro. Mas a criatura resistiu, sua pele de raiz absorvendo o impacto e tornando-se ainda mais ameaçadora.


Kikyo então invocou a natureza, sentindo a conexão com as forças mais primitivas da terra. As raízes do solo começaram a se mover, subindo em torno do monstro, tentando aprisioná-lo. Mas ele usou suas garras afiadas para cortar as raízes com facilidade, avançando em direção a Kikyo com uma força brutal.


Ela não tinha mais tempo. Com um grito, ela direcionou uma onda de vento forte o suficiente para fazer a criatura recuar temporariamente, mas logo as árvores ao redor começaram a se curvar, como se a própria natureza estivesse contra ela.


A criatura atacou novamente, mais rápido, mais implacável. Kikyo mal teve tempo de levantar a mão para se defender, mas não conseguiu evitar. O monstro a atingiu com uma de suas garras, lançando-a para trás. Ela caiu pesadamente no chão, a dor percorrendo seu corpo.


Mesmo com a dor, Kikyo não desistiu. Ela sabia que tinha uma última chance, uma última magia para usar. Seus olhos brilharam com a determinação, e ela levantou as mãos ao céu, chamando os ventos com toda a sua força. A atmosfera ao redor dela
 
começou a vibrar com poder, e Kikyo liberou uma explosão de vento e natureza como nunca antes. As árvores ao redor se quebraram, os ventos cortaram o ar com violência, e a terra tremeu.


Por um momento, parecia que a criatura estava prestes a sucumbir à força de Kikyo. Mas, então, ela viu a criatura avançar, seus olhos vermelhos brilhando com ódio. Antes que ela pudesse reagir, o monstro se lançou sobre ela, as garras se cravando em seu corpo.


Kikyo gritou em dor, seus olhos se esvaindo de vida enquanto a criatura a consumia. No último momento, ela olhou para o céu, o vento ainda girando ao seu redor, e sussurrou uma última palavra:


—    Anya...


A criatura recuou lentamente, deixando o corpo de Kikyo cair no chão, sem vida. O reino sombrio, que por um momento parecia ter sido dominado pelo poder de Kikyo, ficou em silêncio, e a escuridão engoliu tudo ao seu redor.


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