Skip to main content

Flores de Gelo: O império caído

Capítulos 39

© Todos os direitos reservados.

Flores de Gelo: O império caído Capitulo 2 - Parte III

Anya ainda estava sentada naquele banco de pedra, tentando assimilar tudo o que a foi dito. Os pensamentos de Anya vão se embolando cada vez mais, até que são afastados por leves mãos que a trazem pra realidade com um susto.

A princesa respira fundo, buscando recuperar o fôlego que perdeu, e olha para trás, para ver quem a assustou, e logo se depara com. — Heather?! — Trazendo a maior felicidade em sua mente, Anya levanta rapidamente para abraçar a amiga, e ela faz isto calorosamente.

— Oii Anya! — A princesa retorna o abraço. Suas falas eram um pouco mais maduras, mas ainda sim carregavam ternura e graciosidade.

— O que está fazendo aqui?! Poderia ter avisado que vinha. — Anya diz empolgada ao rever a melhor amiga.

— Quis te fazer uma surpresa! — Heather diz, sentando no banco novamente.

Anya, vendo que logo seria o horário de seu importante chá das três, senta com a amiga para conversar um pouco, até que Anya tem uma brilhante ideia.

— Escuta Heather, o que acha de ir tomar um chá daqui 20 minutos? — Anya convida, segurando ansiosamente as mãos de sua amiga.

— E por acaso esse chá envolve a rainha Luna? — Heather pergunta certamente.

— Como sabe? — Anya pergunta, mostrando curiosidade nas palavras de Heather.

— A rainha de Heráclion, muito famosa por seus chás. — Heather ri gentilmente, levando a mão delicadamente até a boca.

Anya observa um pouco confusa. A mesma franze o cenho e observa a amiga.

— Mas você aceita ir? — Anya repete, desejando imensamente que Heather participe.

— Claro, porque não? — Heather diz se levantando, dando as mãos à garota de cabelos negros.

Klaus aguardava ansiosamente o retorno de Anne, até lá, o colar ficaria escondido em seu bolso. Ele caminha rapidamente até em casa, tendo a visão de sua mãe ao abrir a porta.

— Minino! — Haledi, a mãe de Klaus, comenta. Sua voz era aguda, e seu sotaque caipira era o que mais cativava seus conversantes. — Eu não já falei pra ti bater na porta antes de entrar? — Ela dizia, mas não conseguia deixar Klaus menos cativado pelos "r" que a mãe puxava em sua fala.

— Perdoe-me mamãe, prometo bater na próxima vez. — Klaus responde, batendo os pés antes de entrar.

— Olha bem, 18 anos cuidando de ti, e você ainda faz um negócio desses. — Haledi dizia dobrando algumas roupas.

A humilde mulher usava uma bandana de pano na cabeça, protegendo seu cabelo que sempre estava amarrado em um coque. Ela, de pele morena, cativava a todos com a beleza de seus olhos azuis. Seus cabelos castanhos denunciavam que Klaus era seu filho. As roupas eram humildes, Haledi usava um vestidinho verde, amarrado por um avental branco.

A humilde mulher observa a cara de seu filho, vendo que ele estava mais sorridente, parecia mais animado.

— O que que tu tá tramando? — Haledi pergunta, já sacando o que está acontecendo.

As falas da mãe trazem Klaus para a terra de novo, e então o mesmo confuso responde:

— Como assim?

— Eu não vejo esse teu sorriso apaixonado desde que tu ganhou seu gato. — A mãe, conhecendo o filho responde, obrigando o mesmo a falar.

— Eu talvez esteja gostando de uma garota. — Klaus fala um pouco sem jeito, e a timidez era notável em seu tom.

— E como se chama minha norinha? — A mãe pergunta, envergonhando mais ainda o plebeu.

— Mãe!

— Mãe nada, fala logo o nome dessa garota. — Haledi se aproximava do filho, que agora se encontrava sentado no humilde sofá azul.

— O nome dela é Anne. — Ele fala, sentindo uma emoção que não sabia explicar o que era.

— Hum, é bonita a garota? — A mãe pergunta com interesse na conversa, se ajustando no sofá.

— Ela é a garota mais linda e gentil que já conheci. — Klaus dizia sem notar quanta paixão saia de sua voz.

Peter estava explorando o castelo de Anya, tendo nojo de cada peça ali. Não por elas serem feias, mas para Peter, perderam o valor quando foram tocadas pelas mãos de uma mulher.

Ele andava cautelosamente, corredor por corredor, até que vê um lance de escadas em uma das torres do castelo. Ele sobe friamente os degraus espirais. Ao chegar no fim da escadaria, se depara com um espaço plano, e em frente uma porta. O espaço era mediano sobre tamanho, porém, era super decorado. Antes da porta de cristal, dando entrada pro quarto de Anya, ele vê uma estante de vidro, sendo segurada por pilastras de mármore. Em cima dessa mesa, tinha um vaso de rosas e alguns livros com pena. O chão tinha um tapete escrito "Bem vindo" logo na entrada da porta. Peter odeia admitir isso, mas o anti quarto era lindo.

Se ele ficou surpreso com a entrada, imagina com o quarto. Mas Peter não estava lá pra elogiar. Ele abre o guarda-roupas da princesa, e tira cada peça pra fora. Eram mais de 200 vestidos, que uma vez já foram inteiros. Agora, Peter havia rasgado um por um, deixando só os restos dos vestidos.

Satisfeito, Peter sai do quarto, mas é logo encontrado por Heather, fazendo com que o gélido suor descesse por sua nuca.

— Olá senhor, Príncipe Peter, certo? — A princesa de Cermesins indaga.

— Não é da sua conta! — O príncipe grita desesperando, temendo a descoberta de seu ato.

— A desculpa, perdoe o incômodo. — Heather dava abertura para o mesmo passar.

— Isso mesmo, mulher não manda em nada. — As falas de Peter incomodavam Heather, mas a mesma se mantinha plena.

O Príncipe anda com passos marrentos, mas ao passar por Heather, sente seu corpo ser levado ao chão, graças ao pé que a Princesa colocou na frente.

— Agora sim, Príncipe Peter, Desculpa! — Ela dizia com um lindo sorriso no rosto, que logo se transformou em uma feição séria e amarga. — Por não ter feito isso antes.

A princesa desce as escadas, deixando o esnobe príncipe largado no chão.

Heather desceu até onde estavam reunidas as damas, para enfim degustarem do maravilhoso chá da rainha Luna. Cassandra, não perde a oportunidade e chama Rositta, uma das empregadas para servir a bebida. A empregada surge da porta principal, e logo começa seu trabalho. Ela pega o bule para servir as outras damas. Ela coloca na xícara de Anya, na de Luna, de Cassandra, e enfim, na de Heather.

— Pronto senhoras, caso queiram mais algo, só chamar por meu nome. — A velha mulher de cabelos grisalhos e roupas de empregada sai.

— Perdoe-me por estar de intrusa. — Heather diz gentilmente, mostrando sua graciosidade. — Hm, o chá está uma delícia.

— Oh querida, você jamais seria um incômodo — Cassandra ri, logo dá um gole em sua bebida.

— Menos mal, pensei estar atrapalhando algo. — Heather ri sem graça, também dando um gole em sua bebida.

— Jamais. — Luna respondeu.

— E como é lá em Heráclion, Luna? — Anya perguntou curiosa no assunto.

— É bem agitado, e o Árthur não para quieto. — Respondeu, colocando a mão na cabeça, permitindo que seus dedos entrelaçassem seus cabelos.

— E o seu castelo, como é? — Cassandra questiona.

— Ah, não é tão gracioso como este, mas é lindo. — Luna deu início a sua fala. — Você conhece o monte Haoi? — Luna pergunta, dando mais um gole em seu chá.

— Sim, dizem que é o monte mais próximo da lua. — Anya responde ansiosa. — Seu castelo é lá? — Perguntou.

— Sim, por isso meu nome é Luna, uma homenagem de minha mãe.

Então, a conversa se desenrolou, até que Luna para de falar, e apenas observa tudo calada, apenas esperando a hora de falar. Então, ela dá uma leve piscadela pra Anya, já sabendo o que era pra ser feito.

— Heather, vamos ao jardim. — Anya diz se levantando. — O chá estava maravilhoso Rainha Luna.

A rainha assente com a cabeça. Heather se levanta um pouco confusa, e pergunta a Anya o motivo de terem que sair da sala, e como desculpa, Anya diz:

— Tenho que lhe apresentar alguém, lá na vila! — A princesa de Azuris sussurra no ouvido de Heather, despertando a curiosidade da garota.

— Certo! — Heather vai atrás de Anya, logo deixando as rainhas a sós.

Luna à vontade, começa sua fala. — Rainha Cassandra, que tal conversarmos um pouco sobre... os planos do meu marido.


  • Na Literaz, a leitura gratuita é possível graças à exibição de anúncios.
  • Ao continuar lendo, você apoia os autores e a literatura independente.
  • Obrigado por fazer parte dessa jornada!

Deixe um comentário

Você está comentando como visitante.
  • Na Literaz, a leitura gratuita é possível graças à exibição de anúncios.
  • Ao continuar lendo, você apoia os autores e a literatura independente.
  • Obrigado por fazer parte dessa jornada!