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Flores de Gelo: O império caído

Capítulos 39

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Flores de Gelo: O império caído Capitulo 2 - Parte II

Anya leva a pequena para colher flores, lembrando do convite da rainha. Anya se perguntava com o que a rainha iria querer conversar com ela. Porém, seus pensamentos logo são afastados pela animação da pequena Rose.

— Olha aquela que linda! — Rose larga da mão de Anya, correndo em direção a uma linda rosa alaranjada.

— Essa é uma flor que só nasce nas terras de Azuris! — Anya explica. — Se chama Scarlet.

Anya gentilmente agacha, e colhe a flor. Afastando suavemente os cabelos loiros de Rose, Anya pousa a flor, deixando-a fixa na orelha da pequena.

— Pronto, assim você fica linda! — Anya diz com um meigo sorriso no rosto.

— Obrigada! — A energética garota diz, logo pegando a mão de Anya novamente.

Anya olha o tempo, e retira um cordão dourado de seu corset. Na ponta do delicado cordão, tinha um pequeno relógio, que combinavam com a cor da corrente. Vendo que as três horas estavam chegando, Anya avisa a pequena Rose que já estava na hora de ir. A garotinha de sorriso frouxo assente, então elas partem de volta para o castelo.

Klaus vagava livremente pelas ruas da humilde vila, procurando um presente que combinasse com sua nova amiga. Ao passar por uma venda, ele encontra um colar de safira. Ele se surpreende com a beleza do colar, mas se surpreende mais ainda com o preço.

— 700 moedas de prata? — Klaus tem sua feição espantada, mas estava disposto a fazer de tudo pela admiração de Anne.

Em gestos sorrateiros, Klaus se aproxima do colar, e aproveita do desvio de atenção do atendente, colocando o colar secretamente em seus bolsos.

O atendente nota a presença de Klaus, e logo o indaga. — Então meu jovem, o que você vai querer? — Klaus aliviado pelo guarda não ter notado sua humilde presença, responde:

— Eu estava apenas olhando, mas me interessei por este negócio. — Klaus apontava para um item de preço insignificante, apenas para disfarçar seu furto.

— Certo, vai ficar por três moedas. — O atendente prepara o broche assim que fala, embalando-o em um plástico.

Klaus mexe nos bolsos, pegando as três moedas de prata. — Aqui está, obrigado.

O plebeu sai da loja aliviado, colocando o broche dourado no peito. O produto por mais barato que fosse, não deixava de ter sua beleza.

Já longe do comércio, Klaus se encontrava escondido atrás de sua casa, admirando o colar recém-adquirido. Ele era feito de prata autêntica, refletindo a luz solar com várias pedrinhas de cristais que se estendiam pelo colar. A safira ficava suspensa por um delicado pingente, feito de prata, combinando magicamente com o brilho do cristal azulado. O colar parecia segurar uma gota d'água cristalizada, de tão brilhante que a safira se mostrava.

Klaus escuta vozes percorrendo em sua direção, e logo esconde o colar no bolso. Com um impulso certeiro ele se levanta, disfarçando seu nervosismo em gestos relaxados.

A voz aumenta, até que ela para de ser só uma voz e se torna uma figura, mostrando a Klaus quem era a portadora da melódica voz.

Era uma linda garota de cabelos longos e castanhos, tão lisos que deixavam a parte de trás de seu vasto vestido escondido. A veste que a princesa usava possuía um corset no tórax, seguido de um longo tecido vermelho, que no meio tinha alguns babados brancos, que aumentavam ao decorrer da elegante vestimenta, formando um "v".

Aquela roupa nobre tinha alguns contornos de flores douradas na estampa, dando destaque à peça. Combinando com suas roupas, a garota carregava um lindo guarda-chuva, exatamente igual ao seu vestido, tendo babados brancos nas pontas. Ele era segurado por lindas mãos, adornadas por luvas brancas, com um suave babado vinho nas pontas.

— Olá, sabe onde fica o castelo de Azuris? — A doce voz da garota ressoa, capturando a atenção de Klaus para seus lindos olhos negros.

— Fica por aquela trilha. — Klaus responde, apontando para o caminho de onde Anne sempre vai.

Então, a garota de pele bronzeada, tão bela que poderia refletir a luz do sol, segue pela trilha de onde Klaus apontou, deixando como agradecimento um brilhante sorriso.

A garota segue pela trilha, não precisando mais usar seu guarda-chuva para se proteger do sol, pois as árvores faziam isso por si só. A trilha era iluminada, deixando apenas algumas frestas solares escaparem pelas copas das árvores. Parecia uma passagem para um mundo mágico, e realmente era, pois ao chegar do outro lado, a princesa se depara com o lindo castelo de Azuris, onde morava sua amiga Anya.

Anya se encontrava prestes a ir tomar o chá com a família de Heráclion, sendo obrigada a rever aquele príncipe asqueroso. Todavia, Anya teria que ir conversar com a rainha antes de ir, pois foi um pedido de Luna.

Anya entrega gentilmente Rose. Luna segura a mão da filha, e a conduz para o rei.

— Vamos? — Luna diz, estendendo seus passos até o jardim.

A rainha anda em passos soberanos, mostrando que ela tinha poder. A rainha senta em um banco de pedra, ajustando majestosamente seu vestido, dando leves tapinhas no banco, mostrando que era para Anya sentar.

Anya se senta delicadamente, ajustando o vestido para não sujar, e então, a rainha começa sua fala.

— Você sabe porque estamos aqui? — A rainha diz, e sua fala carrega mais peso do que o esperado.

— Na verdade não, por quê? — Anya pergunta curiosa, mostrando interesse na conversa.

— Estamos aqui, pois sua mãe e o meu marido, querem casar você com Peter. — A rainha anuncia, mostrando tristeza em suas falas. — Não é de minha vontade que isso aconteça. Não por sua causa, você se mostrou ser uma menina incrível. — A rainha para sua fala, passando a mão em seus longos cabelos loiros. — Mas... eu acredito que o amor deve ser escolhido, escolhido não, criado! — A rainha não para sua fala, cada vez mais surpreendendo Anya. — Mas infelizmente, Árthur, não pensa assim, creio eu, que ele tenha acordos com a sua mãe, Anya.

Anya, surpresa com as coisas que a rainha falou, fica sem o que dizer, apenas tentando formar alguma palavra.

— Como eu sei, como eu vi! Que você é uma menina que merece ser feliz com seu próprio amor, eu sugiro que façamos algo, algo que possa impedir seu casamento com Peter.

Finalmente, Anya consegue falar. — Rainha, obrigado por sua confiança em partilhar este segredo. — Anya coloca as mãos nas da rainha, transmitindo a sinceridade que ela queria passar. — Mas seu filho não combina comigo, eu não posso me casar com ele.

A rainha, entendendo a gravidade da situação, assente e diz:

— Eu sei Anya, faremos de tudo para que isso não aconteça. Mas já lhe adianto, Árthur é asqueroso, frio, argiloso e maldoso. — As palavras de Luna surpreendem Anya. — Se ele quiser que você se case com o filho dele, ele vai conseguir. Ele vai alfinetar seu emocional, de formas que você nem imagina, então, é bom que esteja preparada. — A rainha diz, se levantando graciosamente, deixando Anya sem chão.


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