Skip to main content
As Golpistas-Novas revelações

As Golpistas

© Todos os direitos reservados.

As Golpistas Novas revelações

O caminho para casa de Lisa era recheado de perguntas. Ela dirigia com cuidado, cantando e questionando. O que mais me surpreendia, eram suas perguntas relacionadas a Aime. O que ela gostava, como era, seus filmes favoritos.

Admirava-a cada segundo mais. Seu jeito sincero, doce e carinho eram como ervas daninhas, invadia meu coração e firmava sua moradia ali. E cada vez eu estava mais encharcada.

Minha atenção foi tirada da condutora para a paisagem. Acabo franzido o cenho, afinal estamos entrando em um bairro residencial, totalmente oposto do que eu havia ido. Casas do subúrbio apareciam cada vez mais e estava intrigada.

— Por que estamos nesse bairro? — Pergunto.

— Porque minha casa é mais a frente.

Resolvi ficar calada, afinal eu não sei nada sobre Lisa. Como fui duas vezes na casa de sua mãe, acabei supondo que ela morava lá. Mas vejo que estou enganada.

Lisa fez uma curva entrando em uma rua totalmente residencial, chamada Red Park. O carro deslizava suavemente pela estrada. Apesar de ser subúrbio, as casas exalavam elegância.

Lisa logo vira em uma garagem e abre o portão eletrônico. Vejo uma Harley-Davidson Fat boy vermelha. Havia uma prateleira com capacetes organizados, um porta-chaves e uma bicicleta roxa.

Lisa abriu a porta e saiu do carro, acabo imitando seus gestos. Ela foi ao porta-chaves e pegou uma e depositou a do Civic. Olhando para mim, ela esticou sua mão com intenção de entrelaçar nossos dedos.

Abrindo o acesso que dava para dentro de sua casa, saímos na sala. Ela era toda branca, com um painel sustentava um TV, e led ao seu redor. Um sistema de som, em preto, estava ao lado do painel e atrás do sofá, que era comprido e branco, com almofadas por toda sua extensão.

Um gato saltou em nossa direção e se esfregou em suas pernas.

— Hello, Loius. Como está meu bebê?

Sua mão acariciava o pequeno pacote, e ele ronronava em sua mão. O gato se aproximou e também fiz um pequeno carinho em seu corpo.

— Ele gostou de você. — Lisa sorriu para mim.

— Será? — Perguntei, duvidando um pouco.

— Sim, ele não deixa nem eu o pegar no colo e está aceitando seu carinho. — Ela me respondeu.

— Que bom, então.

— Vem, você deve estar cansada e precisa dormir.

Ela me pegou pela mão e subimos a escada, que estava ao lado da porta. Os degraus possuíam carpete branco e o corrimão era pintado de verniz. No seu fim, havia um corredor de madeira polida e um lustre no teto.

As portas eram brancas e estou me sentindo em um consultório médico. Entramos na segunda porta a direita, que deu na suíte. O quarto possuia uma cama Queen, com um coberto preto.

Uma mesinha em cada lado da cama possuia um abajur, e o guarda-roupa reluzia em seu tom escuro. As cortinas, black-out, que estava entre-aberta, o que nos dava um pouco de luminosidade no local.

— Jennie, podemos conversar? — Lisa perguntou e logo meu coração estava pulando furiosamente.

— Claro, algum problema? — Tentei soar tranquilidade disfarçadamente.

Ela apontou para a cama, indicando para eu sentar. Logo em seguida, sentou ao meu lado e pegou minha mão, iniciando um carinho com seu indicador. Confesso que isso causou um arrepio em minha espinha.

— Jennie, vou contar algo a você, mas não fique brava, OK?

Acabo respirando fundo e esperando pelo que ela irá falar.

— Eu já te conhecia antes. — Ela disse.

Franzo o cenho e tento recordar de já ter visto Lisa. Tento recordar de sua franja, seus cabelos e principalmente em seus olhos. Eles são a sua janela  da alma e meu cálice de chocolate quente.

Sua risadinha ecoou no quarto. Virando seu rosto em minha direção, ela pincelou seu dedo indicador em meu nariz e depois passou em meus lábios. Dei uma leve mordida, e ela retirou rindo.

— Não gaste seu tempo pensando, boneca. Você nunca me viu.

— Como? — Pergunto.

Não tem como não lembrar de ver uma deusa dessa. Todos os clientes pairam na minha mente e nada surge nela. Acabo suspirando frustrada, eu queria ter visto-a antes.

— Aquele dia na joalheria, foi um assalto planejado. — Lisa me conta.

— Como assim? — Fico confusa.

— Meu primo, Jackson, disse haver uma joalheria com uma atendente deslumbrante. Então perguntei onde, ele me mostrou e me desafiou a roubar.

No fim, eu fui uma aposta?

— Fui uma aposta? — Perguntei, tentando segurar as lágrimas.

— O quê? Jennie, não! A aposta era roubar o local.

Lisa me puxa para si e sinto meu peito desinchar. Jamais aceitaria que eu fosse uma aposta, um prêmio. Meu ex já fez muito isso e não toleraria que fosse acontecer de novo.

— Desculpe se me expressei errado, mas nunca faria isso. — Ela diz, recolhendo uma lágrima que escapou. — Fui duas vezes naquela loja, somente para ver o perímetro. Conhecer as câmeras e saber as posições de fuga. Nisso vi uma atendente deslumbrante e pensei: Como fazer aquela pessoa sair comigo?

Ela olhou para mim e seus dedos tiraram uma mecha do meu cabelo, colocando-o para trás.

— Planejei o assalto e tinha em mente oferecer uma carona após. Você foi mais rápida pedindo e logo aceitou facilmente.

— Como eu nunca te vi? — Pergunto, afinal sou detalhista.

— Nunca quis que me visse. — Ela disse, simplória. — Usei disfarces e me tornei invisível.

— Então foi tudo planejado, sua safada. — Digo sorrindo.

Meus dedos cutucaram seu abdômen, fazendo-a rir. Apesar de se contorcer um pouco, Lisa me derrubou na cama, segurando minhas mãos em cima de minha cabeça, me imobilizando.

Sua gargalhada ecoava no ar, harmonizando com a minha. Seus olhos marrons encarram os meus e senti uma pontada em meu ventre. Gradualmente sua risada foi diminuindo, até que seu sorriso deu lugar a um olhar sério.

Sua pupila aumentou de tamanho, diminuindo sua íris. Seu olhar decaiu para minha boca, e percebi ela umedecendo a dela. Os centímetros lentamente foram quebrados, e quando estava sentindo sua respiração, olhou em meus olhos e falou baixinho:

— Irei te beijar agora, tudo bem?

— Me beije, Lisa.

Seus lábios desceram e se conectaram aos meus. Sua canhota ainda segurava minhas mãos, enquanto a direita dedilhava meu tronco. Um arrepio me fez arfar, abrindo minha boca, e sua língua foi acrescentada ao beijo.

Sua mão finalmente liberaram as minhas, as quais guiei até sua nuca. Minha cintura era apertada, e puxada para ao encontro do seu corpo, levemente suspenso. Sentia cada átomo de minha composição arder de desejo, me deixando louca.

Sua perna finalmente abaixou seu corpo e pressionou levemente meu sexo por cima. Um gemido escapou de meus lábios, e sua boca se direcionou para meu pescoço, beijando-o avidamente.

Estava sendo maltratada com beijos e mordidas. Sentia um ardor causado pelos seus dentes, mas logo era aliviado com a unirdes de sua língua. Gemidos manhosos escapavam de mim, o que a atiçava ainda mais.

Senti nossos lábios se conectarem em um beijo lascivo, cheio de volúpia. Sua língua batalhava com a minha, para vermos quem dominaria aquele momento e jamais iria me render.

Friccionei meu corpo em sua perna, para haver mais contato e um alívio para mim. Lisa contribuía indo em direção contrária a minha. O quarto era preenchido pelos meus suspiros sôfregos, o tesão dominando a situação.

Arranhei sua nuca, puxando seus fios em um ato violento de uma pessoa sedenta. O gemido escapado por ela incentivava meu ataque, o qual revidava em mim. Era uma batalha de quem enlouqueceria mais a outra. E queria sair vitoriosa.

Sua canhota aventurou-se pelo meu tronco, parando perto em meu seio. Sua mão subia e descia lentamente, deixando um rastro de calor por onde passava. Meus pelos estavam eriçados e meus seios túmidos choramingavam por atenção.

Seu aperto veio firme, deixando minha calcinha em estado lastimável. Suas mãos apertavam-nos em cima de meu sutiã, explorando meus sentidos em relação aos seus toques.

Suas mordidinhas em meus lóbulos auditivos enlouqueciam a minha mente e tudo que eu queria era me despir e me entregar por inteira. Ser possuída pelos seus toques e entregar meu templo para essa deusa.

Sua boca colou novamente na minha, seu corpo pressionando o meu. Em um momento de ousadia, apertei sua bunda, causando um gemido alto em Lisa. 

Mas aos poucos seu beijo perdeu a voracidade, até que em um momento, parou totalmente.

Ainda meio perdida pela nebulosidade do tesão, não entendi seu gesto. Encarei seu rosto, confusa. Ela suava e suas pupilas estavam totalmente dilatadas, denotando ferocidade e luxúria.

— Deus, Jennie. O que você fez comigo? — Sua respiração falhava.

O ir e subir de seu tronco indicavam a necessidade de seus pulmões.

— Achei que você quisesse. — Disse, baixinho.

Uma mescla de tristeza e decepção estava em meu semblante.

— Quero, Jennie. Por inferno, quero muito. — Lisa jogou-se ao meu lado. — Mas você merece mais, Jennie. Merece que eu a corteje, merece um jantar romântico. Quero ser clichê com você.

Fico emudecida diante de sua fala. Uma coisa é idealizar algo assim, outra totalmente é você vivenciar. Ser tratada como uma pessoa e não como um pedaço de carne é demasiado cativante.

— Por favor, aceite meu cortejo e saia comigo, Jennie Kim.

— Aceito seu cortejo. — Digo, plantando selinhos em seus lábios.

— Obrigada, Jen. Agora que tal a boneca tomar um banho e vir deitar comigo?

Balanço a cabeça e me levanto. Mal espero por tudo que irá acontecer. Mal espero estar toda encharcada e olhar para o céu sorrindo. Mal espero te encharcar também, Lisa.

 


  • Na Literaz, a leitura gratuita é possível graças à exibição de anúncios.
  • Ao continuar lendo, você apoia os autores e a literatura independente.
  • Obrigado por fazer parte dessa jornada!

Deixe um comentário

Você está comentando como visitante.
  • Na Literaz, a leitura gratuita é possível graças à exibição de anúncios.
  • Ao continuar lendo, você apoia os autores e a literatura independente.
  • Obrigado por fazer parte dessa jornada!