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As Golpistas- Prime Pub

As Golpistas

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As Golpistas Prime Pub

Estou radiante. Amanhã terei minha pequena comigo e hoje Lisa criou vergonha na cara e me pediu em namoro. Agora estamos indo em um Pub encontrar minha prima e contar a novidade.

As coisas voltaram ao trilho, comigo estudando, trabalhando, namorando e agora completa com minha filha. O que há em meu peito transborda, tamanho sentimento que há. Nada pode me abalar nesse momento.

E Lisa vai começar a estudar Engenharia Mecânica. Ela vai dar um Up na oficina das meninas e focar em aumentar as potências dos automóveis. Admiro sua vontade de crescer e não fazer mais parte do lado criminoso da força.

Sei que ela também está em processo para a adoção do Léo, então Lisa está focada em ser um bom exemplo. Essa mulher só me dá orgulho, apesar de estamos há apenas dois meses e pouco convivendo.

Claro, a vejo diariamente na oficina e quando saímos correr. Então a vivência me permite ver as nuances de sua vida. Confesso que fiquei triste quando soube de sua vida, a forma a qual ela sofreu.

Mas agora ela deu a volta por cima e é uma mulher forte, doce, empática e deliciosamente gostosa. Cuida bem da mãe, das amigas e agora será mãe adotiva. Isso me faz confiar mais nela e em nosso futuro.

Chegamos em frente ao Pub, e sua fachada é toda preta. Um segurança fica na entrada, usando óculos escuro e terno completo. Um fio saí de sua orelha e seu rosto é duro, mostrando seriedade.

Lisa o olha e dá um sorriso. Ele retribui minimamente, mas retribuí. Quando ele abre a porta e entramos, o som alto de música pop preenche meus ouvidos. Há um balcão com cadeiras altas, onde fica o bar e mais mesas espalhadas. Tudo era colorido por dentro, com bandeiras do arco-iris.

Lisa força a vista e me puxa para uma mesa perto de um palco, onde há um microfone em pé. Jisoo e Rosé estão lá e vejo grandes copos com chopp na mesa. Há uns petiscos de amendoim e batata frita. Sei que acabei de comer, mas isso me alegra.

— OI, PRIMA! — Jisoo grita, pois o som é alto.

Logo nos cumprimentamos e começamos a conversar. Quando Rosé nota o brilho em meu anelar, aponta com o dedo, uma explicação muda.

— Pedi Jennie em namoro e ela aceitou. — Lisa respondeu, simplista.

Claro que isso não fez com que elas não comemorassem.

— Parou Finalmente de enrolar minha prima. — Jisoo falou para Lisa, apontando um dedo em sua face.

— Eu não enrolei ninguém, Chu. Estava apenas esperando o momento certo.

Lisa cruzou os braços e fez um bico nos lábios. Apenas rio da situação, colocado minha mão em suas bochechas e a trazendo para dar um pequeno selo em sua boca deliciosa. Senti seu corpo relaxar e ela sorria agora.

Peguei uma das canecas cheias de bebida e levei em minha boca. O clima não estava tão quente, mas dentro da boate estava calor. Decido tirar meu sobretudo, ficando apenas com o vestido preto. Suas alças eram finas, dando um estilo veranil. Minhas botas over-the-knee deixava um estilo maravilhoso em minhas pernas desnudas.

O vestido mula-manca de Lisa era solto, e sinceramente não sei como ela não sentia frio. Minha cunhada e sua esposa usavam apenas jeans, tênis e um suéter. Ambas simples, mas lindas de qualquer forma.

Após algumas rodadas, sentia meu corpo leve e a risada brotava fácil. Quando uma música do k-pop começou a tocar, levantei e puxei Lisa para a pista. Kick It tocava no alto, e meu corpo mexia conforme a batida.

Gotículas de suor estavam em minha nuca. Sentia a energia do meu corpo se esvair, mas quando Lisa agarrou minha cintura e colou seu corpo no meu, nada mais importava. Seus movimentos cadenciados geravam um atrito entre nossas cinturas, acendendo um fogo em mim.

Sua boca colou em meu ouvido, me arrepiando toda. Lisa cantava a música baixinho, mordendo meu lóbulo e arrancando gemidos manhosos de mim. Sua mão apertava meu abdômen, criando um rastro de fogo.

Virei meu corpo para sua frente e enlacei seu pescoço. Suas mãos migraram para minha lombar e puxou-me para si com possessividade. Não aguentando mais, agarrei sua nuca e aproximei nossas bocas.

Seus lábios macios envolveram os meus. Senti meu peito vibrar com o contato, um choque percorrer minha espinha e faíscas em meu ventre. Porra, como ela conseguia isso com apenas UM.MISERO.BEIJO?

Sua língua cadenciada explorava minha cavidade. Seu ritmo sempre é lento, sensual, deleitoso. Seu aperto era firme, deixando um ar tensional, erótico. Porém, estávamos em público e antes que eu avançasse naquele corpo, me afastei lentamente.

— Vem, vamos sentar.

Busquei sua mão e fui em direção a nossa mesa. Suor escorria de mim, e o chopp gelado desceu como mágica. Logo senti uma necessidade de ir ao banheiro e fui atrás dele. Quando fui lavar as mãos, me permiti olhar ao espelho. Estava linda, mas não tinha nada com a roupa que eu usava.

Meu olhar era vivo, minhas bochechas coradas, meu cabelo estava bonito. Tudo em mim brilhava e dava uma áurea de contentamento. Em pouco tempo fui de corna mansa e acabada, para essa mulher em minha frente.

Não pude deixar de pensar em quanta coisa mudou em tão pouco tempo. Minha vida deu uma guinada tão boa que agora realmente terei minha filha comigo. Sinto vontade de chorar, mas agora não é hora.

Volto para mesa e percebo algumas diferenças. O som que antes estourava, agora estava baixo, quase inexistente. Quando cheguei na mesa, percebi que Jisoo sorria muito, empolgada com algo.

— O que houve? — Perguntei para quem quisesse me responder.

— Abriram o microfone para o karaokê. — Jisoo respondeu. — Vou lá recitar um poema.

Achei uma graça. Jisoo sempre faz questão de demonstrar amor para Rosé. Sinto um calor em meu peito ao ver sua felicidade em poder explodir ao mundo sua declaração. Não espero menos de Lisa.

Vejo Chu subir ao palco, seu sorriso era contagiante. Porém, uma gargalhada ao meu lado me chamou a atenção. Lisa ria como se ela tivesse ouvido a piada mais engraçada.

— O que foi? — Questiono, intrigada com sua reação.

— Aposto 10 dólares que ela falará merda.

Não entendi sua reação. Chu, apesar de ser engraçada, sempre declara seu amor por meio de gestos bonitos. Então coloco o dinheiro na mesa e coloco minhas fichas em minha prima.

— Boa noite, gays. — Ela olhou para o público. — Vou recitar um poema para vocês.

Aplausos se fizeram presentes, e aplaudi também. Logo vejo Rosé se levantar e estranho o ato. Ela não deveria ficar? Quando estava prestes a falar com Lisa, Jisoo solta um pigarro e começa a recitar:

— O amor é uma flor roxa, que nasce no coração dos trouxas. — Meu queixo caí, enquanto Lisa ri igual uma hiena. — Ela cresce e vira galho na cabeça do otário.

Estou em estado de choque. Jisoo continuava a falar besteira, Rosé sumiu e Lisa estava quase tendo um ataque. Dei um beliscão nela, para que parasse de rir e me ouvisse.

— Lisa, vai tirar Jisoo do palco.

Ela concorda e se levanta, ainda rindo. Ela sobe no palco e cochicha algo no ouvido de Jisoo. Chu acena positivamente e dá o microfone para Lisa. Quase dou graças a Deus, até ouvir ela se pronunciar.

— Meu nome é Lisa, e também irei recitar um poema.

Eu juro que travei. E se ela vier com uma declaração de amor? Só que meus instintos me afirmam que não. E estava ele estava certo sobre isso.

— No alto daquele cume, plantei uma roseira. — Escondo meu rosto, mas não deixo de gargalhar. — O vento no cume bate, a rosa no cume cheira.

Não sei se foi o álcool, o pessoal rindo, ou a felicidade genuína, só sei que eu ria altamente. Não foi o maior mico que paguei, então comecei a relaxar. Logo Rosé apareceu e deixou mais uma rodada de chopp. A última.

— O que a gente faz com essas duas?— Pergunto, retoricamente.

— Ama. — Rosé diz, simplista. — Ou interna, é uma opção.

As duas loucas chegam na mesa, sendo aplaudidas. A sorte que as pessoas levaram na zoeira. O sorriso cúmplice que ambas davam, era de pura parceria. Tenho a leve impressão que isso não foi a primeira vez.

— Gostou do poema, amor? — Jisoo cutucou Rosie.

A loira apenas sorriu e beijou os lábios de minha prima. Lisa se aproximou atrás de mim, me abraçando enquanto estava sentada.

— O que achou de minha apresentação? — Ela teve a audácia de perguntar.

— Apesar de achar hilária, pensei que talvez você devesse fazer uma apresentação mais privativa para mim.

Não consegui me conter. Sei que o clima não era propicio, apenas a vontade de dar era maior do que a vontade de beber e rir.

— Vou avisar as meninas e chamar um uber. — Ela respondeu.

Mordi o lábio em expectativa. Acho bom ela não demorar e voltar para terminar aquilo que começou na pista. Levanto minha mão e admiro o brilho do anel e como fica agradável em mim.

Está na hora de comemorar meu novo relacionamento.

 


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